sexta-feira, 4 de abril de 2014

Encerramento das buscas pela FAB não vai interferir nas buscas das vitimas do acidente aéreo em Jacareacanga

 A filha do piloto Luiz Feltrin, Jessica, ainda aguarda notícias do pai. O piloto e os quatro passageiros do bimotor Beechcraf Baron desapareceram entre os municípios de Itaituba e Jacraecanga, sudoeste do Pará, no dia 18 de março.  “A gente está arrasado. Eles não nos deram esperança”, conta.

Na última quinta-feira (3) a Força Aérea Brasileira (FAB) suspendeu por tempo indeterminado a operação de salvamento aéreo que envolvia um helicoptero Blackhawk e um avião Amazonas. As aeronaves retonaram para suas bases após 17 dias de buscas e ficam de sobreaviso até que sejam encontrados novos indícios do paradeiro da aeronave e seus ocupantes.

Familiares afirmam que o encerramento das buscas pela FAB não vai interferir nas buscas que eles próprios estão organizando. “Acordamos com vontade de continuar. As buscas continuam. Desde cedo tem gente da nossa empresa voando, tem gente no mato, não vamos parar”, afirma Jessica, que é sócia do pai em uma empresa de táxi aéreo.
De acordo com Jessica, eles não descartam nenhuma possibilidade de onde o avião possa estar. “No mesmo momento que soubemos do acidente estamos procurando. As aeronaves sobrevoam o rio e a mata. Vamos continuar procurando e não descartamos nenhuma possibilidade”, afirma a filha do piloto.
Entenda o caso
A aeronave decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 do dia 18 de março e sumiu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizava buscas na região. Além das buscas aéreas, voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga, funcionários do Distrito Sanitário Indígena e indígenas da tribo Munduruku fazem buscas diárias na mata.
O Ministério da Saúde divulgou o nome das pessoas que estavam a bordo: as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, o motorista Ari Lima, além do piloto Luiz Feltrin.
Mensagem 3 desaparecida (Foto: Luana Leão/G1)Rayline Campos avisou dos problemas no avião.
(Foto: Luana Leão/G1)
Uma das passageira chegou a mandar mensagens de celular avisando que o avião passava por problemas. No primeiro SMS, enviado às 12h47, a técnica em enfermagem Rayline Campos avisava o tio Rubélio Santos sobre o perigo que enfrentava. "Tio to em temporal e um motr parou avisa a mae q amo muit tods ...to aflita..to em pânico...se eu sair bem aviso...to perto do jkre...reza por nos...n avisa a tia ainda... (sic)", dizia a mensagem. No segundo torpedo, emitido às 12h48, a passageira pediu socorro. "O motor ta parando.socorro tio tio (sic)."
Um avião P-3 Orion, com capacidade de identificar metais, o mesmo modelo usado nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines foi deslocado para ajudar nas buscas.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor por favor assine o comentário, pois não publicaremos comentários de anônimo