sábado, 21 de fevereiro de 2015

Jornalista Ronilma Santos faz esclarecimentos sobre a repercussão da sua matéria publicada na Folha de São Paulo com o titulo “ Eleita a mais bonita no Brasil, praia no Pará está com coliformes fecais

A matéria foi feita após entrevista realizada e “registrada” com a pesquisadora  responsável Graciane Fernandes, da Ufopa, e com o promotor Tulio Novaes.
Jornalista Ronilma Santos
Entenda o caso – Como resultado da pesquisa da Ufopa, realizada a pedido do Ministério Público, o resultado DIVULGADO no dia 13 de fevereiro no site da Ufopa apontou que em mais de 80% das amostras foi detectada a presença de coliformes totais e de termotolerantes. Os parâmetros foram baseados na Resolução nº 357 (2005) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
 O teste de potabilidade MOSTROU que a água de Alter é imprópria para ser consumida, com BASE na pesquisa e na resolução do Conama; se a água não serve para ingestão também não serve para recreação, banho etc. Por representar o MESMO RISCO DE CONTAMINAÇÃO, segundo AFIRMAÇÕES da PESQUISADORA.



A pesquisadora falou ainda da necessidade de a população ser informada do risco e citou como exemplo as praias do litoral brasileiro, que contêm avisos informando que “essa água está própria ou não banho”, porque então o banhista decide se entra ou não em contato com a água contaminada. Pelos resultados obtidos, acredito minha percepção quanto a isso é que a praia deveria sim ser interditada; a pesquisadora acredita que as medidas que foram adotadas durante o período do carnaval não serão suficientes para resolver o problema, só minimizar por um período.

Em entrevista o promotor Tulio Novaes explicou que não adianta apenas ter balneabilidade aprovada, porque um resultado não pode ser desvinculado do outro, para segurança da população. Segundo resolução do Conama, os dois resultados têm que estar ok. Para o promotor, o pedido de interdição é só a ponta do iceberg, porque o principal é a realização do pedido hidrossanitário de Alter, que não despejem mais matéria fecal no lago, havendo necessidade de uma estação de esgoto, “que é o que a gente pede na ação”,  explicou Tulio, já que a raiz do problema é o saneamento.

Minhas notas pessoais sobre a divulgação do resultado e publicação da matéria.


Após a publicação da matéria na Folha de S. Paulo, jornal do qual sou colaborada, fui alvo de criticas, tentativas de desmoralização e mentiras de alguns membros da equipe de assessoria da Prefeitura Municipal de Santarém, com o intuito de me intimidar por conta da imensa repercussão que a matéria teve.

1-  Nesse sentido, uma das ações da prefeitura foi divulgar nota para imprensa santarena, dizendo que a matéria estava errada.

2-     Mentindo para a população que a prefeitura não foi contatada por mim.

 

 O que não é verdade , como mostram os prints da conversa entre mim e uma das assessoras da prefeitura. 
3-   Ligações com palavras de baixo calão e SMS que eu divulgo aqui, recebido pelo chefe da divisão de imprensa  da prefeitura de Santarém
Quero dizer que, como jornalista, apenas cumpri meu dever de informar o resultado feito por uma pesquisa séria e que tem como único intuito colaborar com que a prefeitura tome medidas para o bem estar da população. Antes que algo mais grave aconteça.

Lamento a atitude que considero covarde, tomada por alguns assessores da prefeitura, despreparados, que pensam apenas em agradar ao chefe e que não sabem lidar com a imprensa e nem respeitar o trabalho dos jornalistas.

Lamento que a pesquisadora também venha sofrendo essas pressões, e que, como disse na matéria publicada pela Folha, também pode ate desistir da pesquisa, caso não haja comprometimento do poder publico.

Na certeza de que a população compreenda que a divulgação não tem como foco denegrir a imagem da vila, mas alertar quanto aos riscos, dando a possibilidade de a população decidir se tem contato com a agua contaminada ou não, e colaborar com a ação e principalmente COBRAR da prefeitura a continuidade e divulgação dessa IMPORTANTE PESQUISA, para que nossa mais bela praia, não seja destruída.

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