sexta-feira, 6 de março de 2015

Novela da vida real:Paixão,traição, tentativa de assassinato, jagunços, réus condenação e absolvição

RÉ É ABSOLVIDA NOVAMENTE DA ACUSAÇÃO DE TENTAR MATAR EX-MARIDO
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Faltando três dias para o Dia Internacional da Mulher, uma ex-comerciante gaúcha que vive na região a pelo menos uma década recebe nova sentença favorável em processo do qual foi acusada de ser mandante da tentativa de homicídio do ex-marido. 

Por volta das 21h00 desta quinta (05/03), Eronita de Souza voltou a ser absolvida (por maioria de votos dos 7 jurados) da acusação de tentar matar Eroni Anjos da Rosa, em 23/11/2008. Ela já havia sido julgada e absolvida desse crime há quatro anos (numa sessão que durou três dias), mas o Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça anulou o júri. A sessão estava prevista para dois dias, mas as partes dispensaram a maioria das testem unhas, o que possibilitou encurtar o julgamento.

Os jurados entenderam que Eronita não participou da trama para assassinar seu esposo Eroni Anjos da Rosa, que escapou de um atentado contra sua vida naquele dia. Os jurados acataram a tese da defesa de Eronita, representada pelos advogados Jarbas Cunha e Felipe Martiniano e rejeitaram a tese do promotor de Justiça Mário Brasil. O juiz Gerson Marra Gomes leu a sentença de mais uma absolvição e a ré chorou abraçada com seus familiares.

Novela Crise de transtorno bipolar, traição, separação litigiosa, emboscada, baleamento e extorsão em meio às famílias gaúchas e paraenses. O processo que já teve três julgamentos (e deve ter ainda mais um) tem ingredientes de uma trama que quase acaba em morte do comerciante Eroni dos Anjos Rosa, paraense nascido em Itaituba, mas filho de gaúchos. 

Eroni e Eronita cresceram juntos na Colônia São José (região do Cupari), na Transamazônica, município de Rurópolis. Ela nasceu no Rio Grande do Sul e veio morar no Pará com dois meses de idade, enquanto ele nasceu em Itaituba. Os dois faziam parte da colônia de gaúchos que se instalou naquela região nos idos de 1970, quando o regime militar buscava colonizar a Amazônia.

O casamento aconteceu numa igreja sem que os pais houvessem consentido. O pai de Eroni carregava a fama de ter um temperamento difícil e de ser violento, sendo que o filho herdou esse mesmo comportamento, segundo depoimentos. Eroni, segundo constatado por exames médicos, sofre de transtorno bipolar o que o levava a ser dócil e cortês quase todos os dias, mas de repente surtava e passava ser violento. Mesmo assim, os dois viveram 10 anos juntos "entre tapas e beijos".

Amantes e pistoleiros - Depois de tentar a vida na cidade de Cachoerinha/RS, de onde as famílias se originavam, o casal resolveu recomeçar montando uma mercearia no bairro do Uruará, em Santarém. Mas os problemas se agravaram e os dois passaram a brigar cada vez mais até decidir pela separação. Eles conheceram o revendedor de cervejas Dorival Sousa, que frequentava o estabelecimento do casal seu maior cliente. Passou a ouvir os queixumes de ambos, e foi aumentando os laços de amizades com o casal. Até que surgiram as suspeitas de que ele estaria tendo um caso com Eronita.

Quando  Eroni e Eronita resolveram se separar houve litígio no momento de definir a divisão dos bens. Eronita passou a morar na casa de parentes, aguardando uma decisão judicial. Nesse momento, Eroni acolheu em sua casa um casal de amigos dos dois, Rosangela e Miguel, juntamente com um bebê. Miguel deu calote em dois comerciantes, fugiu deixando a esposa e o filho na casa do amigo. Eroni apoiou a jovem e enfrentou os comerciantes que cobravam a dívida. Acabou se envolvendo com ela e tendo um caso, aumentando ainda mais o conflito com Eronita. Foi nessa época que dois homens numa motocicleta pararam em frente à Mercearia Lima, de propriedade do casal, e deram quatro tiros acertando apenas um no braço de Eroni, que escapou com vida.

Tiros sem recompensa - Dias depois de ser atingido, sem saber quem queria matá-lo, o comerciante foi procurado por um dos supostos assassinos que pediu dinheiro para lhe revelar o nome dos supostos mandantes. O comerciante marcou o encontro mostrando-se disposto a pagar a quantia, mas antes avisou a polícia que preparou uma emboscada. 

No encontro, os nacionais Antonio Nerivaldo de Brito Rabelo, vulgo "Valdo", e Ronaldo Rabelo da Silva, vulgo 'Novinho", revelaram-se como sendo os pistoleiros e que quem teria encomendado sua morte foi a própria esposa, Eronita de Souza, juntamente com seu suposto amante, Dorival Siqueira de Sousa, por 3 mil reais. Os dois eram parentes da mulher de Dorival, que também tinha se separado do marido. Como não concluíram o "serviço", os pistoleiros não receberam o dinheiro prometido e resolveram extorquir o comerciante para não saírem no prejuízo. Acabaram presos em flagrante pelo crime de extorsão, mas também pela tentativa de homicídio que confessaram.

O casal Eronita e Dorival, acusado de tramar a morte do comerciante, também acabou preso e foi julgado. Ele foi condenado, ela absolvida duas vezes. Os dois executores do crime foram condenados pela extorsão, mas um deles só foi condenado pela tentativa, o outro foi absolvido, e pode voltar a julgamento.

Mas Eronita, provavelmente não sentará mais no banco dos réus, já que a lei não permite novo cancelamento da decisão dos jurados, a menos que seja por alguma falha processual.
O Júri Popular volta a se reunir na próxima terça-feira.

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