segunda-feira, 9 de maio de 2016

"Insanidade”, diz Jucá sobre ato de Waldir Maranhão



Do G1
O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse nesta segunda-feira (9) que a decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de tentar anular a sessão que aprovou a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrida no dia 17 de abril, foi uma “insanidade”. Para Jucá, o rito na Câmara foi “juridicamente perfeito” e não deve ser “questionado”.
Nesta segunda-feira, o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu anular tentar as sessões da Casa que resultaram na aprovação do envio do processo de impeachment para o Senado. Ao todo, 367 deputados votaram a favor da continuação do processo que pede o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República.
Maranhão tomou a decisão ao acolher um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que pedia a anulação do processo. O argumento foi o de que houve "pré-julgamento" porque os partidos fecharam questão sobre o voto e os próprios deputados declararam publicamente, antes da votação, a posição que tomariam.
“Eu vi com surpresa e incredulidade porque é uma decisão estapafúrdia, sem nenhum sentido, sem base legal, sem base política. É algo extremamente inusitado. Agora, o Senado saberá se posicionar, o presidente Renan vai posicionar a casa sobre esta questão. Nós temos a consciência que, na Câmara, o rito foi juridicamente perfeito, cumpriu etapas, foi acompanhado pelo STF, não há o que questionar na Câmara, não há o que questionar também aqui no Senado”, disse o presidente do PMDB.
“Não é uma patetada, uma insanidade desta que vai tirar o Brasil do seu rumo”, completou Jucá. O senador disse ainda que não conversou com o vice-presidente Michel Temer sobre a decisão de Waldir Maranhão, mas que Temer deve estar “tranquilo” com relação ao tema.
Temer é parte diretamente interessada na tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, porque – caso o Senado decida pela abertura do julgamento na Casa – a petista será afastada por 180 dias e o vice assumirá a presidência.
A votação da abertura do processo no Senado depende da leitura do parecer da comissão especial, que recomenda a instauração do julgamento. O presidente Renan Calheiros ainda não definiu publicamente se manterá ou não a leitura de um resumo do parecer para esta segunda-feira, como estava previsto. Após a leitura, inicia-se um prazo de 48 horas para que os senadores decidam se acompanham ou rejeitam a decisão da comissão especial.

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