segunda-feira, 23 de maio de 2016

Nem apito, nem cartão vermelho para o revezamento da Tocha Olímpica

 

 

Árbitro de futebol desde o final da década de 50, Ismaelino Castro, 86 anos, será condutor da Tocha Olímpica Rio 2016, no revezamento que acontece em Santarém no dia 17 de junho. Conhecido como árbitro linha dura, Ismaelino garante que para o revezamento não haverá apito nem cartão vermelho.

“As olímpiadas representam a paz entre os povos e a chama olímpica é símbolo desse congraçamento, da doação dos atletas pelo país que eles representam. E carregar a Tocha Olímpica é um sonho que milhares de pessoas têm e eu terei a felicidade de fazer isso na minha terra. Então, não tem como dar cartão vermelho para o revezamento, pelo contrário, é sinal verde para a chama olímpica”, declarou.

Ismaelino que começou a apitar partidas de futebol amador meio que por acaso, quando era jogador do São Francisco, no ano de 1957, foi selecionado dentro de uma campanha de um dos patrocinadores dos Jogos Rio 2016 (Coca-Cola) para conduzir a tocha olímpica. A inscrição foi feita por um neto do árbitro, no ano passado.

“Nem eu sabia que tinha essa vocação. Num determinado dia, precisaram de alguém para apitar um jogo e eu fui escolhido. Apitei, tomei gosto pela coisa e só parei durante um determinado período, há mais de 20 anos, quando sofri um atentado em que quase perdi a vida devido a insatisfação de torcedores com o resultado desfavorável para o time deles”, recorda.

Das boas lembranças da arbitragem do futebol profissional, Ismaelino destaca sua atuação em jogos do Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo, em Santarém.

Quem vê o sorriso largo de Ismaelino, nem imagina que ele já esteve à beira da morte em várias ocasiões. Teve tuberculose, já infartou, passou por duas angioplastias, fez cateterismo e teve câncer de laringe. Ele credita sua vitória sobre todos esses males à sua fé inabalável em Deus. “Costumo brincar com as pessoas que já morri, mas como eu era um anjo muito feio, Deus não me quis e mandou eu voltar”, diz às gargalhadas e acrescenta “Não sou a palmatória do mundo. Sou apenas um cristão que confia muito em Deus. Eu sempre acredito que é possível dar a volta por cima se a gente crer no Pai Altíssimo. Sou cursilhista, participo da Renovação Carismática Católica e Deus está presente em todos os momentos da minha vida e da minha família”.

Em 57 anos atuando como árbitro de futebol, Ismaelino já apitou mais de 2000 jogos. Hoje, apesar da idade e de já ter passado por sérios problemas de saúde, ele continua apitando jogos pelo menos uma vez por semana no campo da Base Aérea (dentro do Parque da Cidade) e em campeonatos de futebol amador, sempre que solicitado.

 

Assessoria de Comunicação

PMS/SEMJEL/CCOM

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