quinta-feira, 7 de julho de 2016

Na reta final do processo de impeachment, dois lados se concentram em senadores que podem mudar voto

Os 17 alvos de Dilma e Temer na batalha final


El País - Afonso Benites

Enquanto a Comissão do Impeachment do Senado encerra sua fase de instrução com a presidenta afastada Dilma Rousseff (PT) dizendo ser injustiçada, os aliados da petista e do presidente interino Michel Temer (PMDB) articulam nos bastidores pelos votos de 17 senadores que sinalizaram que poderiam mudar de lado no julgamento do impeachment. Rousseff mira especificamente em nove parlamentares, Temer, em quatro, e ambos disputam o voto de outros quatro.

Para se configurar o impeachment são necessários ao menos 54 votos dos 81 senadores. Quando o Senado admitiu a abertura do processo e Rousseff foi automaticamente afastada, 55 entenderam que ela deveria ser alvo de uma investigação jurídico-política e 22 foram contrários. Isso não significa, no entanto, que esses congressistas já admitiam de antemão que ela cometera os crimes de responsabilidade dos quais é acusada.

No próximo dia 2 de agosto, a Comissão votará o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), que será pelo impedimento da petista. A expectativa é que, na segunda quinzena de agosto, o plenário aprecie a questão em definitivo. Até lá, porém, muitas negociações deverão ser feitas. As diferenças, são o que cada um dos principais interessados tem a oferecer.

 

QUEM SÃO OS SENADORES POR QUEM DILMA E TEMER BRIGAM

 Assediados por Dilma

Acir Gurgacz

PDT

RO

Antônio Carlos Valadares

PSB

SE

Dário Berger

PMDB

SC

Ivo Cassol

PP

RO

Omar Aziz

PSD

AM

Raimundo Lira

PMDB

PB

Reguffe

S/partido

DF

Roberto Rocha

PSB

MA

Sérgio Petecão

PSD

AC

Assediados por Temer

Armando Monteiro

PTB

PE

João Alberto Souza

PMDB

MA

Otto Alencar

PSD

BA

Roberto Muniz

PP

BA

Assediados por ambos

Eduardo Braga

PMDB

AM

Jader Barbalho

PMDB

PA

Cristovam Buarque

PPS

DF

Wellington Fagundes

PR

MT

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