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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Prazo para concorrer à concessão na Flona do Crepori termina nas próximas semanas


Edital para Flona do Crepori recebe propostas até 26/11
Edital para Flona do Crepori recebe propostas até 26/11


Edital lançado pelo Serviço Florestal adotou modelagem econômica que amplia atratividade para empresas do setor florestal



O prazo para concorrer ao edital de concessão florestal para a Floresta Nacional (Flona) do Crepori, no Pará, está próximo de terminar. As empresas interessadas em participar deste processo têm até o dia 26 de novembro para encaminhar suas propostas.

A concessão na Flona do Crepori, que fica no oeste do Pará, destina mais de 440 mil hectares para o manejo florestal. A área é composta por quatro unidades de manejo, sendo a menor com 29 mil hectares e a maior com 219 mil hectares, dimensionadas com o objetivo de atender empreendedores de diferentes portes.
Com esta iniciativa, empresas têm a oportunidade de ter acesso a florestas para produzir madeira e produtos não madeireiros de forma legal e sustentável por meio do manejo florestal, e podem realizar investimentos de longo prazo pois os contratos de concessão duram até 40 anos.
Seleção 

Para se tornar concessionária florestal, a empresa participa de uma concorrência pública dividida em três fases. Na primeira, são avaliados os documentos de habilitação dos candidatos, como declarações de regularidade fiscal, trabalhista e ambiental.

As empresas habilitadas seguem para a etapa seguinte, que consiste na avaliação das propostas técnica e de preço. Os candidatos podem obter 500 pontos em cada uma delas, sendo que aquele com a maior pontuação vence a concessão para a unidade de manejo que disputou.
Na proposta técnica são avaliados os critérios de grau de processamento dos produtos florestais, adoção de inovações tecnológicas associadas ao manejo, implantação de sistema de desempenho da qualidade das operações florestais e investimentos em infraestrutura e serviços para a comunidade local.
A última fase consiste na avaliação da proposta de preço, em que o candidato diz o valor que pagará pelo metro cúbico da madeira extraída. Quanto maior o ágio sobre o preço mínimo, que é R$ 16,38/m³, maior a pontuação.
Atratividade

Na modelagem econômica deste edital, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) incorporou uma série de mecanismos que aproximam os contratos de concessão da dinâmica de operações de manejo florestal sustentável e do gerenciamento do negócio florestal.

A adoção do preço único por metro cúbico foi um desses mecanismos, assim como os prazos para apresentação da garantia contratual, que antes era paga em uma única parcela e agora é escalonada em três etapas, além da ampliação do mecanismo de bonificação, que gera descontos no preço a ser pago pelo metro cúbico de madeira extraída quando são alcançados indicadores de qualidade das operações.
Confira o edital e seus anexos neste link.
Contato para a imprensa

Serviço Florestal Brasileiro
Assessoria de Comunicação
(61) 2028-7130/ 7293 /7125/ 7277

quinta-feira, 4 de abril de 2013

MESMO COM RESTRIÇÕES DA ANVISA, FRUTA 'MILAGROSA' VIRA SENSAÇÃO EM PE

Noni é encontrado facilmente em mercados e feiras do Grande Recife. 
Produtos que contenham fruto, natural da Ásia, têm venda proibida.

Renan HolandaDo G1 PE


Noni (Foto: Renan Holanda / G1)Fruto exala um cheiro forte. (Foto: Renan Holanda / G1)
Uma fruta verde de tamanho médio e cheiro forte está entrando na rotina de muitas pessoas que vivem na Região Metropolitana do Recife e sofrem dos mais variados tipos de doenças. O noni, como é chamado o fruto da árvore Morinda Citrifolia, pode ser encontrado facilmente em feiras livres e mercados públicos e tem sido utilizado por pessoas que sofrem desde dores de cabeça até pacientes com diabetes. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impede a importação, comercialização e uso de produtos derivados da fruta. De acordo com a agência, os estudos científicos realizados até o momento, apesar de não conclusivos, revelam alguns casos de danos ao fígado e aos rins.


O taxista Paulo César Tavares, 44 anos, é um dos que defende a fruta. Diagnosticado com diabetes há três anos, ele enumera uma série de melhorias conquistadas desde que começou a tomar o suco de noni, forma mais popular de consumo. Tavares prepara a bebida por meio de uma mistura com uva. “Com apenas três semanas, eu perdi uns 5 kg e minhas taxas de glicose começaram a cair. As roupas estão todas frouxas”, conta. O taxista costuma comprar a fruta no bairro de Ouro Preto, em Olinda.


O noni é originário do Sudeste asiático e costuma ser encontrado largamente no Taiti, ilha da Polinésia. Apesar de, supostamente, ter efeitos terapêuticos e medicinais, produtos derivados da fruta têm a comercialização proibida no Brasil. A empresa norte-americana Morinda, que produz o suco Tahitian Noni, encerrou as operações no país em maio de 2009, alegando ser alvo de “muitas exigências dos órgãos governamentais”.
Venda de sucos, extratos e vitaminas extraídos do Noni são proibidas pela Anvisa (Foto: Renan Holanda / G1)
Venda de sucos e vitaminas extraídos do Noni é
proibida pela Anvisa (Foto: Renan Holanda / G1)
Os vários produtos da empresa, incluindo o suco, continuam sendo comercializados em cerca de 30 países, incluindo alguns sul-americanos como o Uruguai, Chile, Peru e Paraguai. Para a Anvisa, não há respaldo científico para as supostas propriedades medicinais ou terapêuticas do noni. "São falaciosas as promessas de cura com base no consumo”, diz a agência.


A nutricionista e professora da faculdade Maurício de Nassau Ana Lígia Lins explica que o noni se encaixaria na categoria de alimento funcional, aquele que traz benefícios além dos meramente nutricionais. No entanto, há uma carência de comprovações dos benefícios da fruta. “Essa comprovação requer várias etapas, como a quantidade a ser ingerida, a toxicidade do produto. O noni não tem essas comprovações, portanto não há propriedade para prescrevê-lo a um paciente”, afirma.


Ana Lins, todavia, ressalta que não há restrição ao consumo saudável do alimento (uma fruta a cada dois dias, por exemplo), quando o noni é parte integrante de uma dieta, assim como qualquer outro alimento. O problema, diz ela, está no fato de tratar a fruta enquanto remédio: “As pessoas costumam consumir o suco de noni acreditando que ele fará milagre, argumentando que é algo natural. Também existe veneno natural. Ainda há vários questionamentos sobre o noni a serem respondidos”, pondera.
No quintal de casa
O radialista e funcionário público Geraldo Clemente, 52 anos, é outro defensor do noni. Ele virou consumidor da fruta há cerca de um ano, quando procurava uma forma de resolver problemas na próstata. “Conheci por meio de um colega, aí fui pesquisar na internet. Como a ‘garrafada’ era muito cara, resolvi plantar umas sementes e fazer tudo em casa mesmo”, conta. Clemente, morador de Tejipió, Zona Oeste do Recife, tem três pés do fruto no quintal e prepara dois litros da “garrafada”, usando três nonis e 50g de uvas pretas.

Funcionário público Geraldo Clemente e o pé de Noni que plantou em casa (Foto: Renan Holanda / G1)
Geraldo Clemente tem três pés de noni em casa
(Foto: Renan Holanda / G1)
Ele perde as contas quando enumera os benefícios conquistados desde que começou a beber o suco com frequência: disposição sexual, boas taxas de colesterol e triglicerídios, além de ter curado a incontinência urinária, decorrente da doença na próstata. “Coloco dois dedinhos num copo e tomo pela manhã, em jejum, e também à noite, antes ou depois do jantar. Os resultados são tão bons que nem tomo mais a medicação receitada pela urologista”, afirma.


O taxista Paulo César Tavares começou a tomar o suco de noni no começo de março e também pretende cultivar a fruta por conta própria. Assim como Clemente, o condutor só enxerga benefícios ao falar das propriedades do noni. “Eu era depressivo, não conseguia acordar cedo. Agora, levanto às 4h30 todos os dias e nem tiro mais um cochilo depois do almoço, como sempre fazia”, conta.


Foi por causa de Tavares que o também taxista Sales Damasceno, 50 anos, virou consumidor do noni. Mesmo achando o gosto ruim, ele faz e bebe o suco. “Comecei a tomar só para manter minha saúde em dia mesmo. Não tenho nenhum problema grave”, diz. Damasceno chega a gastar cerca de R$ 50 a cada duas semanas para poder comprar a fruta.
Preço salgado
O noni é encontrado facilmente nos mercados públicos e feiras livres da Região Metropolitana do Recife. O preço, no entanto, não é dos mais convidativos. No Mercado de São José, no centro da capital pernambucana, é possível encontrar o quilo da fruta por R$ 15. Uma unidade é vendida por R$ 2. “Eu vendia (o noni) muito bem há um tempo, mas hoje em dia a procura caiu bastante. Todo mundo está plantando em casa”, reclama o comerciante Rivaldo Souza, responsável por uma barraca de frutas no Mercado de São José. No centro de compras, ainda dá para achar abertamente vitaminas e extratos de noni, cuja venda é proibida. O preço é mais acessível do que o da fruta: uma garrafa com 500 ml sai por R$ 10.

Noni à venda em feira livre de Ouro Preto, em Olinda (Foto: Renan Holanda / G1)
Noni à venda em feira livre de Ouro Preto, em Olinda
(Foto: Renan Holanda / G1)
Na área comercial do bairro de Ouro Preto, em Olinda, o quilo da fruta sai mais barato: R$ 12. Há também outros locais onde o noni pode ser achado. O funcionário público Geraldo Clemente conta que costuma comprar no Mercado de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes.
Anvisa 
De acordo com a Anvisa, como se trata de uma fruta que não tem histórico de uso no Brasil, o órgão proíbe a comercialização de qualquer alimento que contenha noni. Um informe técnico publicado pela agência em 2001 afirma que a avaliação da segurança referente ao consumo de noni deve ser baseada em critérios rígidos. “É notória, ainda, a falta de estudos sistemáticos avaliando o suco de noni em humanos nos países onde o produto é comercializado”, diz o documento.


Ainda de acordo com a Anvisa, a fiscalização é de responsabilidade dos órgãos estaduais e municipais competentes. As multas por infração sanitária no Brasil variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. O valor é determinado por quem fiscaliza e varia de acordo com cada ocasião.


O gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, disse não poder fazer nada quanto ao fato de as pessoas produzirem o suco de noni em casa, de forma artesanal, mas afirmou que a fiscalização na rua será reforçada. “Nós já havíamos dado informações à população sobre a proibição da venda desses produtos (extratos, vitaminas, sucos). A partir de agora, vamos intensificar a fiscalização para impedir que estabelecimentos sigam comercializando material proibido”, afirmou.


A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Recife informou que cabe à Vigilância Sanitária municipal inspecionar o comércio de alimentos. A prioridade são os estabelecimentos que oferecem maior risco, como farmácias, hospitais, fábricas de gelo e restaurantes em geral. O Distrito Sanitário I, responsável pelos bairros da área central da capital, comprometeu-se em realizar inspeções nos mercados públicos da cidade, incluindo o de São José. As penalidades para quem for flagrado comercializando produtos proibidos variam de advertências e interdição do estabelecimento até multa.
Fonte: G1 - Portal de Noticias Globo