terça-feira, 24 de maio de 2016

SANTARÉM: PSB MOSTRA FORÇA EM ENCONTRO E IMPRESSIONA DIRIGENTES DO PARTIDO

No último final de semana o PSB-Partido Socialista Brasileiro, realizou o seu primeiro encontro municipal sob a presidência do Vereador Rogelio Cebuliski.
Ademir Andrade ficou imprecionado com militância do PSB em Santarém 
 O evento foi realizado no plenário da Câmara Municipal e contou com a presença maciça de seus filiados e lideranças regionais do partido como o Deputado Cássio Andrade e o Presidente Regional do PSB no Pará Ademir Andrade que ficaram impressionados com militância e organização do partido em Santarém. Quem tambem prestigiou o evento foi o prefeito Alexandre Von-PSDB, que vem buscando entendimento para que o PSB caminhe junto novamente com o PSDB  em busca da sua reeleição.
Ver. Rogelio Cebulisk (Gaúcho)  mostrou habilidade e liderança para montar um grande time.
O PSB apresentou um time competitivo de pré-candidatos a vereadores onde muitos já obtiveram boa votação em eleições anteriores, mostrando  que o partido está consolidado e pronto para o embate eleitoral, o que agradou os dirigentes regionais do partido, os filiados e principalmente os postulantes a um futuro mandato.

FERNADA MONTENEGRO: Se ela não for ministra, então não adianta criar Ministério da Cultura no Governo Interino

Fernanda Montenegro é sem dúvida o melhor nome para o Ministério da Cultura 
Fernanda Montenegro, nome artístico de Arlette Pinheiro Esteves Torres (Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1929), é uma premiada atriz brasileira.
Considerada tanto pelo público quanto pela crítica como uma das maiores damas dos palcos e da dramaturgia brasileira de todos os tempos, foi a primeira latino-americana e a única brasileira já indicada ao Oscar de melhor atriz, sendo nomeada por seu trabalho em Central do Brasil (1998) e a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação em Doce de Mãe (2013).
Dentre os inúmeros prêmios nacionais e internacionais que recebeu em seus mais de sessenta anos de carreira, em 1999 foi condecorada com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, "pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras", entregue pelo então presidente Fernando Henrique CardosoEm 2013 foi eleita a 15ª celebridade mais influente do Brasil pela revista Forbes.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

OLHO DE CURURU: ELEIÇÕES EM BELTERRA DESTE ANO PODERÁ SER IGUAL À 2012

BELTERRA ELEIÇÕES 2016

Está sendo articulado  nem tanto nos bastidores uma candidatura alternativa igual a de 2012. Com Ulisses Prefeito, Juva Vice, Reginaldo Lobo coordenador e Jonas Palheta nos bastidores. A candidatura dos sonhos do PT. Vale resaltar que essa parceria rendeu a este grupo a Secretaria de Trabalho e Promoção  Social  no Gov. Dilma, onde Ulisses indicou "Lobo" para Secretário e  Jonas foi convidado a ficar por perto.

Acontece que Regi Lobo deixou o Governo para ser candidato e ainda tem influencia no governo Dilma atraves de seu indicados.

Juva apesar de ser filiado ao PTN tem sua filha vereadora no PT e sua outra filha é nutricionista da SEMED. OLHO DE CURURÚ👀

EM ALGUMAS HORAS ROMERO JUCÁ DEVERÁ ANUNCIAR SEU AFASTAMENTO DO CARGO DE MINISTRO

Em apenas 11 dias   o Governo interino de Michel Temer enfrenta seu primeiro escândalo. Tudo por conta de um audio vazado nesta segunda-feira, que mostram o ministro do Planejamento, Romero Jucá, dizendo a um interlocutor que o impeachment de Dilma Rousseff resultaria em um pacto para deter a operação Lava Jato.

O áudio ganhou  as redes sociais de forma viral e embora, mais cedo Jucá, tenha dito que não tinha preocupação com o teor do áudio divulgado, deverá anunciar seu afastamento do cargo de ministro dentro de algumas horas, para evitar maiores desgastes ao governo do Presidente Michael Temer.
Vamos guardar.

PRESIDENTE MICHEL TEMER ENTREGA "META FISCAL" AO PRESIDENTE DO SANADO

Presidente, em exercício, Michel Temer chega ao Congresso Nacional para entregar ao presidente do Senado Federal,  Renan Calheiros, a meta fiscal. Os ministros do Planejamento, Romero Jucá, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Fazenda, Henrique Meirelles, também estão reunidos na Presidência do Senado.

DEPUTADO ERALDO PIMENTA PARTICIPA DE SEMINÁRIO QUE DISCUTIRÁ CONSTRUÇÃO DE GRANDES PROJETOS NA BACIA TAPAJÓS


O Deputado Estadual do Pará, Eraldo Pimenta (PMDB), participa hoje e amanhã, 23 e 24 de maio, em Itaituba (PA), do Seminário “Impactos, desafios e perspectivas dos Grandes Projetos na Bacia do Tapajós”, debatendo soluções para grandes investimentos na Bacia do Tapajós.

O evento acontece no Parque de Exposições e é promovido pelo Ministério Público Federal no Pará e tem como foco principal os impactos aos municípios que compõem a Bacia – Santarém, Itaituba, Belterra, Placas, Aveiro, Mojui dos Campos, Novo Progresso, Juruti, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão.

FALSO ADVOGADO É PRESO EM SANTARÉM

Juiz da ordem de prisão para falso advogado

Um incidente incomum ocorreu hoje pela manhã, na 3ª Vara Criminal da Comarca de Santarém.  O juiz Gerson Marra Gomes deu voz de prisão a um cidadão que se apresentou como advogado de réus presos sob suspeita de agir com tráfico de entorpecentes. 

Trata-se de um cidadão que se apresentou como EDILENO S. S. MORAES, alegando ser advogado dos réus Alessandro Aquino Pereira, Marcelo Pereira de Araújo e Angela Maria Sousa de Almeida. Já havia informações que chegaram ao juiz de tratar-se de estelionatário. 

Ao cobrar a carteira da OAB, este retrucou que não tinha trazido, informando um numero de da OAB/RJ, mas ao consultar o banco de dados da instituição, o juiz constatou não existir ninguém com aquele nome e número. Após alguns instantes, Edileno confessou não ser advogado, mas disse que sua esposa, Dária Simone Dias da Silva, seria advogada e que falava em nome dela, porém, no autos constava a participação da referida pessoa como estagiária da Ulbra em outra audiência.

Na presença do promotor Rodrigo Aquino e do presidente da OAB, Ubirajara Bentes, o juiz chamou os familiares dos réus que disseram ter pago ao mesmo a quantia de 11 mil reais, tendo se apresentado como Dr. Sérgio. Disseram ainda, que ele cobrou mais 2,5 mil reais que deveriam ser dados ao juiz do caso.

 

Diante de tais informações, o juiz deu voz de prisão e mandou que a guarda da PM o acompanhasse até à delegacia de polícia para as providências cabíveis contra ele e sua esposa.

Por João Georgios Ninos  (Jota Ninos) 

SOCORRO PENA DIZ QUE O PT NÃO ESTÁ A VENDA

"Pois é,  o PT tá em crise  mas não está a venda Patrocínio".
Disse a pré- Candidata a Perfeita pelo PT, Socorro Pena, ao ser perguntada se por falta de dinheiro para bancar uma campanha majoritária o PT poderia declinar de sua candidatura para apoiar o governo.

SANTARÉM: CINCO CORPOS DE POSSÍVEIS LADRÕES DE GADO FORAM ENCONTRADOS

Homens do Corpo de Bombeiros, mergulhadores juntamente com a Polícia Militar estiveram empenhado resgatar 5 corpos de possíveis ladrões de gado na região do Ituqui. As busca foram bem sucedidas sendo que 5 corpos foram encontrados e também carne de gado dentro e fora de uma bajara que foi a pique após os tripulantes terem trocado tiros com uma guarnição GTO. Um dos corpos foi reconhecido, trata-se de um elemento conhecido pelo apelido de “Likinho” já conhecido da Policia, é ex-presidiário e que dias atrás foi preso em uma bajara com um rifle de cal, “44”, porém, ele pagou fiança e foi liberado. Outro corpo foi identificado. Trata-se do elemento de pré-nome Natanael, de 40 anos de idade.

ENTENDA O CASO

Após denúncia de um fazendeiro de que uma quadrilha estava roubando gado na região do Ituqui, na quinta- feira (19) uma bajara com 5 indivíduos, foi interceptada por uma guarnição do Grupo Tático Operacional (GTO). Na ocasião, os elementos trocaram tiros com a Polícia, que reagiu. A bajara onde a quadrilha estava foi a pique, sendo que alguns dos bandidos foram atingidos pelos tiros disparados pela Polícia, desde então o empenho foi grande para resgatar os tripulantes acusados de fazerem parte de uma perigosa quadrilha especializada em roubo de gado na região.

Nem apito, nem cartão vermelho para o revezamento da Tocha Olímpica

 

 

Árbitro de futebol desde o final da década de 50, Ismaelino Castro, 86 anos, será condutor da Tocha Olímpica Rio 2016, no revezamento que acontece em Santarém no dia 17 de junho. Conhecido como árbitro linha dura, Ismaelino garante que para o revezamento não haverá apito nem cartão vermelho.

“As olímpiadas representam a paz entre os povos e a chama olímpica é símbolo desse congraçamento, da doação dos atletas pelo país que eles representam. E carregar a Tocha Olímpica é um sonho que milhares de pessoas têm e eu terei a felicidade de fazer isso na minha terra. Então, não tem como dar cartão vermelho para o revezamento, pelo contrário, é sinal verde para a chama olímpica”, declarou.

Ismaelino que começou a apitar partidas de futebol amador meio que por acaso, quando era jogador do São Francisco, no ano de 1957, foi selecionado dentro de uma campanha de um dos patrocinadores dos Jogos Rio 2016 (Coca-Cola) para conduzir a tocha olímpica. A inscrição foi feita por um neto do árbitro, no ano passado.

“Nem eu sabia que tinha essa vocação. Num determinado dia, precisaram de alguém para apitar um jogo e eu fui escolhido. Apitei, tomei gosto pela coisa e só parei durante um determinado período, há mais de 20 anos, quando sofri um atentado em que quase perdi a vida devido a insatisfação de torcedores com o resultado desfavorável para o time deles”, recorda.

Das boas lembranças da arbitragem do futebol profissional, Ismaelino destaca sua atuação em jogos do Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo, em Santarém.

Quem vê o sorriso largo de Ismaelino, nem imagina que ele já esteve à beira da morte em várias ocasiões. Teve tuberculose, já infartou, passou por duas angioplastias, fez cateterismo e teve câncer de laringe. Ele credita sua vitória sobre todos esses males à sua fé inabalável em Deus. “Costumo brincar com as pessoas que já morri, mas como eu era um anjo muito feio, Deus não me quis e mandou eu voltar”, diz às gargalhadas e acrescenta “Não sou a palmatória do mundo. Sou apenas um cristão que confia muito em Deus. Eu sempre acredito que é possível dar a volta por cima se a gente crer no Pai Altíssimo. Sou cursilhista, participo da Renovação Carismática Católica e Deus está presente em todos os momentos da minha vida e da minha família”.

Em 57 anos atuando como árbitro de futebol, Ismaelino já apitou mais de 2000 jogos. Hoje, apesar da idade e de já ter passado por sérios problemas de saúde, ele continua apitando jogos pelo menos uma vez por semana no campo da Base Aérea (dentro do Parque da Cidade) e em campeonatos de futebol amador, sempre que solicitado.

 

Assessoria de Comunicação

PMS/SEMJEL/CCOM

domingo, 22 de maio de 2016

Após cinco anos e nove meses preso, goleiro fala sobre a vida no cárcere, promete livro e diz que está se preparando para retorno ao futebol em 2018: "Eu vou voltar"

Bruno na cadeia: tentativa de suicídio, facada, faxina e reencontro com a bola

Por Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral

A área rural acessada por quatro quilômetros de estrada de terra dá um ar convidativo e sereno, quebrado pelo som das grandes trancas de ferro. A música "Aleluia" na entrada e as muitas frases remetendo a Deus e perdão recebem quem visita a Apac de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde o goleiro Bruno, hoje com 31 anos, está preso há oito meses. No regime fechado, o canto do ex-futuro camisa 1 é a cama dois da cela 18 do bloco 3. Um dos 68.810 presos do estado de Minas Gerais, Bruno cumpre pena de 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samúdio em 2010. Mas, com a progressão por dias trabalhados, a liberdade poderá ser respirada já em 2018, segundo seus cálculos. Bruno está sem advogado no momento, mas juristas consultados pela reportagem atestaram ser possível que o goleiro consiga o regime semiaberto em 2018, como o próprio almeja.

O goleiro recebeu a reportagem doGLOBOESPORTE.COM entre as suas funções na limpeza da capela e a prova de soldador. A rotina começa às 6h, tem três paradas para oração, refeições e horário de lazer a partir das 18h. De lá, acompanha jogos pela televisão, com misto de saudade do Flamengo e paixão pelo Atlético-MG, este estampado na meia que usou durante a entrevista e na calça que sujou de terra com as defesas no treinamento também registrado pela reportagem. 

Goleiro Bruno treina atrás das grades (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

- Reconheço que eu tenho que pagar a minha dívida com a Justiça. Tudo que aconteceu vai servir de experiência. Eu vou voltar. Chega de sofrer, sabe? Eu sofri muito e fiz muitas pessoas sofrerem.

Do sistema de presídio comum, onde passou cinco anos entre as penitenciárias Nelson Hungria e Francisco Sá, sobraram traumas e lembranças ruins. Tentativa de suicídio, uma facada que deixou marca e depressão tratada com remédios. Agora, foco no trabalho, nos cursos e nos treinamentos na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), uma ONG que administra prisões e trabalha em conjunto com diversos estados e os respectivos tribunais de justiça buscando "a humanização no cumprimento das penas privativas de liberdade". O método tem inúmeros elementos, mas principalmente a confiança no detento, que passa a ser tratado pelo nome, usa crachá, não enverga uniformes da secretaria penitenciária e não passa pelas privações e lotações do sistema comum. 

O uso do crachá é obrigatório na Apac (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Dados da Secretaria de Estado de Defesa Social apontam que os presos da Apac, chamados de recuperandos, custam ao estado um terço dos presos do sistema comum. Isso ocorre porque os próprios detentos cuidam da alimentação, limpeza e todos os demais afazeres da cadeia. São eles que fazem o pão e a comida, a limpeza e a pintura, a manutenção das instalações e cuidam até da portaria, por isso a per capita por condenado é considerada baixa. Além disso, trabalham com artesanato, confecção de tapetes, origami, aulas de violão, coral, diversos cursos profissionalizantes, capacitação à distância e educação em vários níveis com professores voluntários que marcam presença diariamente entre as grades. 

O trabalho diário, a disciplina e o bom tratamento com a família, que não precisa passar por revistas como o agachamento em espelhos no caso das mulheres, fazem com que o índice de recuperação gire em torno de 85%. Hoje no sistema comum estima-se que mais de 70% voltam a reincidir no crime. 

Goleiro Bruno entre os paredões da Apac de Santa Luzia (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Sem o convívio com armas e algemas por perto - não há polícia e agentes penitenciários -, o clima é bem mais leve. A religião é aliada na recuperação. A disciplina, o carro-chefe. Quem se atrasa para as atividades perde benefícios como ligação para familiares e momentos de lazer, como ver televisão. Isso tudo controlado pelo CSS, o Conselho de Sinceridade e Solidariedade, espécie de órgão regulador administrado pelos próprios detentos. Outra grande diferença para o sistema convencional está na taxa de ocupação. No sistema fechado da Apac de Santa Luzia, há espaço para 120, mas atualmente há apenas Bruno e outros 92.

Bruno está sem advogado no momento, mas especialistas consultados pela reportagem atestaram ser possível que o goleiro consiga o regime semiaberto em 2018, como o próprio calcula em função da progressão de pena

 - Aqui nós temos no máximo 200 presos (contando regime fechado e semiaberto), enquanto no sistema comum chega a 2 mil, 3 mil por complexo. Então a gente acaba sabendo qual é a dificuldade de cada um. Na Apac todos os recuperandos fazem a segurança. Por isso que as chaves estão na mão deles. Todos têm uma função de confiança, o porteiro, o cozinheiro, o padeiro... Rebelião nós nunca tivemos, fuga tem, até porque nós estamos trabalhando com ser humano, uns bem resolvidos, outros nem tanto. Mas muito pouco perto do que acontece no sistema convencional. Ano passado, por exemplo, não tivemos fuga. É a confiança que leva a isso tudo. Se você compartilha a responsabilidade, eles se sentem co-gestores da situação - afirma Humberto Andrade, diretor de segurança da Apac de Santa Luzia. 

- O mais bacana é quando você esbarra com um preso em liberdade na rua e vê o cara recuperado, trabalhando, com família forte - emenda Alexandre Nery, um dos voluntários que trabalham sem receber na Apac. 

Goleiro trabalha na limpeza e faz curso de soldador (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Cada preso tem direito a visita íntima a cada 15 dias. O contato com a família por telefone se dá três vezes por semana, com ligações de cinco minutos, tudo dentro da lei de execução penal. Nas primeiras terças-feiras de cada mês acontece o dia do ato socializador, quando os recuperandos ficam trancados para lembrarem do sistema comum. É neste ambiente que Bruno tenta se recuperar do crime cometido em 2010.

- Com um erro cometido, eu fiz pessoas sofrerem. Uma decisão meio que inconsequente, eu fiz pessoas chorarem. Eu vou lutar e vou dar a volta por cima. 

Saiba mais sobre a APAC no vídeo abaixo:

Orientações para visitantes na Apac de Santa de Luzia, onde Bruno está (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Claudio Amaral)

Nesta conversa com o GLOBOESPORTE.COM, Bruno não quis transitar pelos detalhes do crime pelo qual foi condenando, garantindo que está escrevendo um livro com a "verdadeira história". A amizade com Macarrão é coisa do passado, e o presente aponta conformismo com a pena. 

De volta aos 90kg da época de Flamengo após chegar a ter perdido 16kg, o goleiro relatou momentos dramáticos pelos presídios, lembrou com saudade a época do Flamengo, mostrou mágoa com muitos companheiros do ex-clube, contou como acompanha o futebol atualmente, garantiu ter perdido todo o dinheiro que juntou na carreira, falou do amor pelo Atlético-MG, disse que se inspira em Edmundo para suportar a pressão quando voltar a jogar, afirmou que a primeira coisa que fará quando ganhar a liberdade é pedir perdão para muitas pessoas e calculou para 2018 o ano em que conseguirá o regime semiaberto e, consequentemente, a possibilidade de voltar aos gramados. 

Goleiro Bruno treina diariamente na Apac de Santa Luzia (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Confira a entrevista:

O período preso

- São cinco anos e nove meses recluso de liberdade. Um tempo muito grande. Uma vida, uma história. Mas já me serve de aprendizado. Se a pessoa pegar isso aqui como punição, é bem pior. A pessoa tem que aceitar para sobreviver nesse lugar. 

Quem é o Bruno hoje?

- Um cara bem maduro, experiente. Um pai, um filho, um marido. Bem mais responsável que o Bruno de seis anos atrás. 

De camisa azul, Bruno no pátio do regime fechado da Apac (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Traumas do cárcere

- Quando você chega no sistema convencional, você é muito maltratado pelos agentes penitenciários, pela direção, mas o que dói mais é você receber a sua visita, a sua mãe, a sua esposa, e essas pessoas chegarem chorando. Isso me doía mais, ver o sofrimento da minha família. 

Tentativa de suicídio

Bruno pediu para Adriano não visitá-lo (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

- Quando você vai para uma cadeia de segurança máxima, vai para um lugar chamado COC (Centro de Observação Criminalística). Um lugar de observação durante 15 dias. Mas eu fiquei 10 meses nesse lugar. Na Nelson Hungria, eu sempre fui muito perseguido e maltratado. Os agentes penitenciários faziam muita covardia. A pressão era muito grande. Eu cheguei ao ponto de perder o equilíbrio, acabei tentando o suicídio amarrando um lençol na grade e me joguei. Acabou que Deus botou a mão naquele momento ali e não permitiu que eu tirasse a minha própria vida. Quando eu saltei da ventana, o lençol partiu. Impressionante. Foi um dos momentos mais difíceis da minha caminhada. 

Dificuldade para dormir e o uso de remédios

- Eu tive a infelicidade de me deparar com a depressão. Eu tentava dormir, virava para um lado, para o outro, o sono não vinha. Eu tentei procurar uma saída nos remédios. Isso é muito comum nos presídios. Me fez muito mal. Quando a minha família chegava era nítido como eu estava abatido. Minha mãe se deparava com aquela situação e chorava muito.

Trabalho dentro da cadeia no sistema comum

 No sistema comum, aprendi várias profissões. A primeira foi trabalhar na faxina. Não é muito legal, não, mas era o que tinha para fazer. Mas eu sabia que era a oportunidade para reduzir a minha pena. Trabalhei na lavanderia, depois fui para a turma da capina, um serviço bem árduo e pesado. Mesmo assim era muito oprimido. Você está fazendo a sua função e os agentes penitenciários ficam em cima de você com fuzil na mão, te oprimindo. Se você para um pouco para descansar o cara já acha que você vai fugir. E isso dentro de um presídio de segurança máxima. 

Relação com outros presos e facada 

Bruno mostra marca da facada (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

- Mente vazia é a oficina do diabo. Eu preferia, mesmo com toda a dificuldade, estar trabalhando do que estar dentro de uma cela. Fui condenado pela justiça por um crime no qual a justiça acredita que eu tenha participação. No sistema comum, o meu relacionamento com outros presos, no início, foi um mar de rosas. Fiquei quatro anos no pavilhão de trabalho da Nelson Hungria. Passei seis meses na Francisco Sá e depois voltei para Nelson Hungria, aí sim eu fui para o convívio, no pavilhão 12, com outros presos. Quando lá cheguei os presos me olharam com outros olhos. Um dia o Bruno foi amado por muita gente, agora era odiado por muitos. Devido à irresponsabilidade de algumas pessoas em programas sensacionalistas, eu fui agredido por terem divulgado inverdades falando que eu era de um grupo de extermínio (um programa de TV relacionou Bruno ao grupo de Bola, ex-policial civil e também condenado pela morte de Eliza Samúdio). Não foi uma coisa muito legal de ser dita no pavilhão que eu estava. Os caras não queriam nem saber. Para eles, tirar a vida de alguém lá tanto faz. É a mesma coisa de tirar a vida de um animal. Num banho de sol, fui agredido. Foi um corte no braço, mas graças a Deus pegou de raspão. Consegui superar essa situação e vir para Apac. 

Cartas de fãs

- Na Nelson Hungria, nos dois primeiros anos, eu recebia mais de cem cartas por semana. Com o passar do tempo, vai caindo. E hoje, depois de quase seis anos, eu ainda recebo cartas de algumas pessoas. São atitudes como essa que nos fortalecem. Na situação que eu me encontro, a pessoa dar uma palavra de carinho mesmo sem saber se você é inocente ou não, fiquei muito feliz. São pessoas assim que nos motivam a dar a volta por cima. 

Como acompanha futebol?

Goleiro deu entrevista com meia do Galo (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

- Eu vejo jogos. Sou atleticano. Mas acompanho pouco. Na Nelson Hungria, não assistia. Quando via o Flamengo sofrendo, naquela cela escura e fria, eu pensava "poxa, poderia estar ajudando os companheiros e por causa de um deslize meu eu me encontro aqui afastado dos gramados". Aquilo me doía muito, sofria muito. Só fui voltar a ver jogos com mais frequência aqui na Apac. Seleção brasileira eu também não acompanho desde 2010 porque todo mundo sabe que em 2010 eu poderia estar lá. Se falava muito dentro da CBF que meu nome estava na pré-lista. E devido a uma irresponsabilidade minha, o Dunga estava assistindo ao jogo contra o Avaí. Eu tinha autoconfiança, fui tentar driblar o rapaz e o cara quase tomou a bola. Tive que chutar para fora. E por causa daquele lance me custou muito caro e eu acabei não indo para a Copa de 2010. E a meta era chegar na de 2014 aqui no Brasil. Mas devido ao que aconteceu comigo fiquei fora. Vejo os jogos do Atlético Mineiro, acompanho. Mas não consigo ver jogos do Flamengo porque eu poderia estar ali. É até difícil de falar porque é muito forte, mas devido ao que aconteceu comigo não posso estar presente. 

Bruno torcedor

 - Agora eu posso cornetar, né? A vantagem é essa. Mas quando alguém falha, fura, eu tento explicar pros caras aqui que é o cansaço, que é psicológico, que são frações de segundos, mas os caras não perdoam. O Bruno torcedor é bem mais tranquilo. 

Flamengo

- Não guardo mágoa do Flamengo, pelo contrário, agradeço muito ao Flamengo por ter me ajudado a chegar além. Eu achava que só de ter me profissionalizado eu já tinha alcançado meu objetivo. A torcida do Flamengo é diferenciada. Quando entrei no Maracanã pela primeira vez... aquele frio na barriga de jogar em time grande eu senti do primeiro ao último jogo. Eu sinto muita saudade de entrar no Maracanã e ver aquele mar de pessoas. Até das cobranças eu sinto falta. Eu vivi um momento muito marcante.

Antigos companheiros

Camisa de time amador e calça do Galo no treino (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

- Essa pergunta é difícil de responder. Eu tinha muitos jogadores daquele grupo como meus amigos, mas para muitos eu não passava de um colega de trabalho. Tem pessoas que marcaram a minha vida e demonstraram lealdade. O Adriano me ajudou muito, nunca deixou de ser amigo de verdade, sempre demonstrou preocupação. O Sheik foi um cara que demonstrou carinho. O Fábio Luciano.. aprendi muito com ele sobre liderar uma equipe. A gente ajudava o companheiro que tava para baixo, estendia a mão. O Álvaro é amigo. O Juan, lateral-esquerdo baixinho, é um cara fenomenal. O Zé Roberto era show de bola. O Marcelo Lomba... Essas pessoas sempre ficaram preocupadas comigo. São pessoas que eu sinto saudade. Eu não sei se terei um dia a oportunidade de reencontrá-los, mas são pessoas que vou guardar com muito carinho no meu pensamento e no coração. Mas as pessoas que eu mais sinto falta são as pessoas que eu aprendi a ter como minha família, a pessoa que dobra a roupa, a tia da lavanderia, o cara que cortava a grama do campo, o Gigante, um dos preparadores físicos, um cara que só dava boas ideias. Eu sei que muitas pessoas ficaram preocupadas comigo, mas eu quero dizer para essas pessoas que eu estou bem, que eu estou feliz, independente de estar na situação que eu me encontro hoje. Eu estou feliz, com objetivo de vida, com metas a seguir. Voltei a ter esperança e vou lutar até o fim. 

Bruno diz que contrato com o Montes Claros já não vale mais (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Adriano

- Falaram que eu teria proibido a entrada do Adriano na Nelson Hungria. Mas não foi assim. Ele queria me visitar, mas sendo uma pessoa pública não seria bom para ele. Eu pedi que chegasse essa informação nele para não deixá-lo ir lá. Quando falaram que ele iria me visitar, houve uma movimentação muito grande lá na Nelson Hungria. O Adriano é meu eterno amigo.

Mágoa

- A Patrícia Amorim proibiu o meu nome de ser mencionado dentro da Gávea, mas aquele grupo não precisava falar meu nome na imprensa. Daquele grupo eu queria ter recebido só uma carta. Independente se fosse uma crítica, mas eu faria daquilo ali algo positivo. As pessoas esqueceram do Bruno.

Longe dos gramados há quase seis anos, Bruno treina reposição de bola (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Quase ida para Europa

- Poucas pessoas sabem que naquele momento eu já estava praticamente com pré-contrato assinado com o Milan, já tinha aceitado sair do Flamengo devido a Patrícia Amorim ter mandado o meu treinador de goleiro embora (Robertinho). 

Sem dinheiro

- Muitos acham que eu ainda tenho dinheiro. Mas devido aos anos recluso e aos problemas que tive nessa caminhada, perdi tudo. Não tenho vergonha nenhuma de assumir. Tudo que eu tinha conquistado num período de cinco anos de carreira, nesses seis anos eu perdi. O que sobrou é a vontade de dar a volta por cima, de vencer, de lutar, de reconquistar. Falando da parte financeira, talvez eu não chegue onde cheguei um dia. Mas que eu possa ter o suficiente para cuidar da minha família. 

Bloco 3 do regime fechado da Apac, onde fica a cela de Bruno (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Claudio Amaral)

Voltar a jogar

- Se eu tivesse ficado no sistema comum, eu teria encerrado a minha carreira. Mas depois que eu vim para a Apac, onde tenho condição de estar treinando, de estar trabalhando, aprendendo novas profissões... Depois que eu vim para cá eu voltei a ter esperança. Acendeu uma luz no fim do túnel. Reconheço que eu tenho que pagar a minha dívida com a justiça. Existem muitas coisas para acontecer nesse processo. Mas quando eu conseguir o semiaberto eu vou correr atrás do tempo perdido. Tudo o que aconteceu vai servir de experiência. Eu vou voltar. Chega de sofrer, sabe? Eu acho que sofri muito e fiz muitas pessoas sofrerem. Mas está na hora de fazer essas pessoas felizes. Quando eu fui preso, eu não fui preso sozinho. Eu trouxe a minha família para dentro da cadeia. Um erro cometido, eu fiz todas essas pessoas sofrerem. Uma decisão meio que inconsequente, eu fiz essas pessoas chorarem. Eu vou lutar e vou dar a volta por cima. 

Clubes interessados e fim do acordo com o Montes Claros

- Eu brinco que hoje eu posso ter proposta do Real Madrid, do Barcelona, mas enquanto eu não quitar parte da dívida com a justiça, nada disso vale. Eu quero viver com os pés no chão, com a realidade. Lógico que a pessoa tem que sonhar. E eu sonho alto. O meu contrato com o Montes Claros deixou de ser contrato a partir do dia que eles não cumpriram com o que estava no contrato. Não foi concedido (o semiaberto para voltar a jogar) porque eu me encontro no regime fechado. Não deu certo e eu acabei voltando. Os advogados já falaram que o contrato já não serve para mais nada.

Bruno calcula saída do regime fechado em 2018 (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Vai sair quando?

- A realidade, com a progressão de regime, pelas contas que eu faço, é lá para 2018. Lógico que tem muita coisa para acontecer no processo. Apelação para redução de pena, alguma coisa assim. O que a justiça achar que é justo, é isso mesmo. Pés no chão, cabeça erguida e bola para frente. 

Treinamento dentro da cadeia

- A Apac te dá as condições, desde que você cumpra os seus deveres. Ela te dá as condições para crescer. E como eu era um atleta profissional de futebol, eu preciso cuidar da ferramenta. Por isso tenho a oportunidade de fazer um trabalho físico. E com isso inseri outras pessoas. Além de estar cuidando da saúde da rapaziada, ao mesmo tempo me motiva. Porque treinar a parte física, algo que o atleta não gosta de fazer, sozinho, com o passar do tempo, vai diminuindo a vontade. Mas é isso aí, vivendo um dia de cada vez. 

O Bruno preparador físico

- Eu cobro para os recuperandos aqui sempre estarem evoluindo. Não é só um treinamento físico para o Bruno. Existem outros recuperandos treinando. Quando eu vejo um resultado, como um recuperando que perde 19 quilos e fica satisfeito com seu corpo, isso é gratificante. Não é só uma questão estética, é uma questão de saúde. 

Bruno treina e comanda atividade física ao lado de outros presos (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Futebol na prisão

- Eu jogo na linha para manter a parte física e trabalhar a parte técnica. Sempre fui um goleiro técnico, com capacidade de sair jogando com a bola nos pés. A gente estava invicto, o Pep Guardiola (é como chama o Tarcísio, um dos companheiros de cela e treinador da equipe) estava bem, mas veio um time com uma panela e meteram uma sacolada na gente aqui dentro. Mas queremos revanche. Não pode perder em casa, não. 

O dia em que tomou um frango na cadeia

- Faz parte. O cara foi chutar lá do meio de campo, eu fui pegar a bola e ela passou no meio do cotovelo, que tava meio aberto. Passou debaixo da perna e não ficou muito bom pra mim, não. Os caras me zoaram muito, pegaram muito no meu pé. Mas eu levei na boa. 

Entrada do regime fechado da Apac Santa Luzia, onde Bruno está preso (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Pressão pelo crime quando voltar ao futebol

- Se eu falar para você que eu tô pronto, eu vou estar mentindo. Mas tenho que me preparar a cada dia. Tem pessoas que me inspiram, que eu pego como exemplo. Tudo que aconteceu na vida do Edmundo, do Belo, do Guilherme, do Alexandre Pires. Essas pessoas me motivam. Conseguiram dar a volta por cima. Muitos diziam "a carreira acabou". Mas souberam lidar com essa situação. O Edmundo, teve um Flamengo x Vasco no Maracanã que após ele perder um pênalti que eu defendi, eu vi que ele estava bem cabisbaixo, com a moral baixa, e a torcida do Flamengo começou a pegar no pé. Eu vi que ele estava exausto psicologicamente. Naquele momento, eu abracei ele, falei "levanta essa cabeça". Da mesma forma que um dia eu cheguei perto de um Edmundo, um ídolo que precisava de um incentivo, eu quero acreditar que num momento difícil que eu vou passar, tenho certeza que certas pessoas podem me motivar, para trazer uma palavra de força. 

Goleiro Bruno diz que, hoje, não estaria pronto para voltar ao futebol (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Bruno pai e a família

- Até isso a Apac me devolveu. Além de ter me devolvido a dignidade, o respeito, me trazido confiança, me devolveu o direito de eu ver as minhas filhas, a Bruna Vitória e a Maria Eduarda. Eu não vejo o Bruninho não é porque eu não quero. É porque eu não posso. O sistema comum me tirou o direito de eu ver as minhas filhas. Fiquei três anos sem vê-las. Fiquei dois anos sem ver a minha mãe. A Apac restituiu a minha família. Minha família hoje é a Ingrid, minha esposa guerreira, a minha mãe, que mesmo com todos os problemas de saúde vem me visitar, minhas filhas, meus tios. Eu incluo o meu sogro, o pai da Ingrid. Desde o primeiro dia ele falou: "eu tô deixando minha filha namorar não é com o goleiro do Flamengo. É com o Bruno. Não pisa na bola, não". E eu pisei. Mas ele me deu uma nova oportunidade e depois que aconteceu tudo isso comigo, ele abraçou a causa, independente se eu estava certo ou errado. 

Presos da Apac de Santa Luzia fazem artesanato e pintura (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

A ida para Apac

- No sistema comum, quando eu já estava a ponto de me entregar, Deus usou o Humberto Andrade (um dos diretores da Apac de Santa Luzia) para me resgatar naquele lixão. O sistema convencional é isso, um lixão, um depósito de gente. Na Apac, a pessoa consegue mudar de vida. Deixei de ser tratado como um número. Me devolveram meu nome. Deixei de usar um uniforme vermelho da Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional) e voltei a usar a roupa que eu gosto. Na Apac você não pode raspar a cabeça. Tem que manter um corte de cabelo, a barba bem feita. Aqui a pessoa tem que querer mudar. O presidente Gustavo Salazar, o vice-presidente Hilton. Todos me trataram muito bem. E sem falar nos recuperandos, pessoas que me ajudaram muito, como o Ivo Marcos, o Tarcísio, que me ensinou muita coisa, as regras e a disciplina daqui, e o Alonso, que é um cara sensacional. Tenho certeza que com ajuda dessas pessoas vou sair daqui uma pessoa bem melhor. Aqui você vê resultado. No sistema comum, uma pessoa entra um ladrão de galinha e sai um megatraficante. Na Apac, se mata o criminoso e recupera o homem. 

Na Apac de Santa Luzia, presos precisam cumprir normas de limpeza (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Primeira coisa a fazer quando ganhar a liberdade

- A primeira coisa que eu vou fazer é pedir perdão para todas aquelas pessoas que eu devo perdão. Eu devo muita satisfação para muita gente. Mas é pedir um perdão verdadeiro, do coração mesmo. É a primeira coisa que vou fazer quando chegar lá fora. 

Onde vai morar?

- Com certeza quero voltar para o Rio. A minha esposa mora lá. Assim que ganhar a minha liberdade quero ir para lá. Nem que seja para passar um tempo. Depois começar a colocar a minha vida em ordem. Aí sim pensar o que eu quero para minha vida. 

O reencontro com a bola na Apac de Santa Luzia (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Escrevendo um livro

- Quando aqui cheguei, tive a oportunidade de conhecer um menino chamado Bruno Carlos. Ele falou: "Poxa, Bruno, por que você não faz um livro? Eu até comecei a fazer esse livro na Nelson Hungria, mas era tanta porrada, um dia a dia tão pesado, que acabou que toda vez que tinha uma geral na minha cela eles rasgavam tudo. Eu perdi o material e isso me desanimou. Mas quando aqui cheguei, nós iniciamos esse livro, começamos a escrever. E tá saindo. É um livro que vai surpreender muita gente. Vou falar sobre tudo. Sobre a infância do Bruno, como o Bruno profissionalizou no Atlético, a minha saída do Atlético, o que realmente aconteceu já que ficou um clima ruim e a torcida até hoje não sabe por quê eu saí. A minha ida para o Corinthians e o que aconteceu lá, o tempo que eu passei no Flamengo, os bastidores, o que acontecia no dia a dia, festas. Posso acrescentar alguma coisa do fato que aconteceu comigo, o que realmente aconteceu, a verdadeira história que quase ninguém sabe. Mas eu não posso fazer um livro sem um final feliz. Eu não posso fazer um livro e simplesmente terminar dentro da cadeia. Todo livro tem que ter um final feliz, e eu estou esperando esse final acontecer na minha vida. 

No G1: confira todos os detalhes do caso Bruno

NOVO PROGRESSO: PROGRAMA PROFISSÃO REPÓRTER DEVE MOSTRAR OS CRIMES AMBIENTAIS NA REGIÃO


Foco do Profissão Repórter é desmascarar nacionalmente a extração de ilegal de madeira, desmatamento e as infrações dentro da Flona do Jamanxim.

SUSPENSE!!! Equipe do Profissão Repórter da Rede Globo desembarca em Novo Progresso. No inicio da semana o jornalista Caco Barcellos e sua equipe do Profissão Repórter chegaram em Novo Progresso, estão na companhia dos fiscais ambientais do IBAMA. A Primeira investida que tornou publica a presença deles, foi no distrito de vila Isol (Km Mil), distante 85 quilômetros da cidade de Novo Progresso. Na oportunidade o radialista daquela comunidade conhecido popularmente como Kurica, na tarde desta quinta-feira, (19), aproveitou a oportunidade de registrar a presença do ilustre repórter.

O que não sabemos ainda o conteúdo da visita, mas tudo indica que pelas investidas dos fiscais ambientais que tinha esquecido Novo Progresso, e agora retornaram com a companhia da reportagem da Rede Globo, que coisa boa não deve vir. O fato é que durante toda semana foram vistos acompanhando os agentes do ICMBio e Ibama, de helicóptero  acompanhando as ações dos fiscais ambientais.

Informações Jornal Folha do Progresso 

Presente: na saída, Dilma ganhou cargos "filé" de Renan


Aprovado o afastamento de Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu aliado, concedeu-lhe várias regalias como seguranças, do Alvorada, aviões da FAB e assessores. Fixou em 35 o número de assessores de Dilma enquanto ela estiver afastada, mas não os especificou, possibilitando a manobra esperta de Dilma, ainda presidente, de reservar os cargos mais caros para sua turma.

A turma de 35 dilmistas terá remuneração que varia de R$ 10 mil a R$31 mensais, durante o afastamento da presidente, por até 6 meses.

No dia 12, quando foi tocada para fora do Planalto, Dilma publicou no Diário Oficial atos de “promoção” de assessores como Giles Azevedo.

Além de reservar os 35 melhores cargos para sua turma, Dilma ainda orientou outros assessores a solicitar “quarentena remunerada”.

Mais de 80 assessores e ex-ministros como o advogado-geral de Dilma, José Eduardo Cardozo, pediram “quarentena remunerada”.  (Do blog Magno Martins)

BELTERRA: FEIJOADA BENEFICENTE FOI UM SUCESSO


Eu co Dr. Tabajara, Danton e Camila
Hoje (22) estivemos participando de uma feijoada beneficente em prol da saúde de Elmara Mota, filha do ex-vice prefeito de Belterra Ednaldo Mota que está em tratamento em São Paulo.
Parabéns aos organizadores pelo empenho e colaboração.
Nelma e Seila com amigas voluntarias
Auseni Monteiro e família e amigo Márcio 

Vereador Serjão, esposa Márcia e filho, cuidando da feijoada
 Paulo Feitosa com amigos de  Dom Amando
Amigo Nelton Pantoja ladeado de amigos


DELEGADO PAIXÃO - Pode ficar fora do Pleito eleitoral deste ano

Caso seja confirmada a retirada da pre-candidatura do Delegado Paixão ao cargo de Prefeito, o mesmo estará impedido de participar do pleito eleitoral desse ano, uma vez que para concorrer ao cargo de Vereador a Lei exige que Delegado de Polícia se afaste de suas funções 06 meses antes do pleito, prazo esse que já passou.

Vários Delegados de Santarém se afastaram de suas funções para estarem aptos a concorrerem ao cargo de vereador, o Delegado Paixão não se afastou já que a lei determina que para concorrer ao cargo de Prefeito o vereador deve se afastar 04 meses antes do pleito.

Agora, das duas uma: ou o Delegado Paixão é confirmado como pre-candidato a prefeito ou está fora do pleito.

O Delegado Paixão é um bom nome e caso tivesse se afastado poderia ser um forte concorrente ao cargo de vereador, mas a decisão do partido só foi feita agora infelizmente para o Delegado.