sexta-feira, 15 de julho de 2016

Belterra receberá mais de 15 milhões para restauração do antigo hospital Henry Ford, do alojamento da Embrapa, das duas caixas d'água, da casa construída para que Ford morasse, e ainda o inventário da fauna e flora da região, o projeto museológico, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário do município.

Governo do Estado apoia implantação do Museu de Ciências da Amazônia em Belterra

O patrimônio histórico restaurado servirá de base, também, para hospedagem de pesquisadores e turistas interessados em conhecer as riquezas culturais e naturais desta parte da Amazônia.

Foto: Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

Em 1934, a Companhia Ford fundou a vila de Belterra, inaugurando um ambicioso projeto de tornar a região um polo produtor de borracha. Os planos do empresário Henry Ford fracassaram, mas boa parte do patrimônio arquitetônico do lugar foi preservado. Mais de oitenta anos depois, o governo do Estado, o BNDES, a Prefeitura de Belterra e a Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental (AmaBrasil) darão um novo uso à antiga vila americana, por meio da implantação do Museu de Ciências da Amazônia. Uma solenidade a ser realizada no dia 14 de julho, no centro histórico de Belterra, marcará o início das obras. 

A iniciativa envolve a restauração do antigo hospital Henry Ford, do alojamento da Embrapa, das duas caixas d'água, da casa construída para que Ford morasse, e ainda o inventário da fauna e flora da região, o projeto museológico, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário do município. O investimento será de cerca de R$ 15 milhões, sendo R$ 4,3 milhões em recursos próprios do governo do Estado. 

A implantação do Museu de Ciências resulta de articulações anteriores da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), responsável por coordenar o projeto em nome do governo estadual. "Esta iniciativa é uma demonstração de que, por meio da ciência e da tecnologia, tendo como âncora boas parcerias, os povos amazônicos, sua história e seu patrimônio cultural, podem ser resgatados em todo o seu potencial, e ainda que é possível induzir novas formas de desenvolvimento local, por meio da geração de oportunidades inéditas de promoção social e da participação direta das comunidades envolvidas", destaca o titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello.

O Museu foi idealizado para ser um espaço interativo, tecnológico e dinâmico focado nas riquezas naturais da Floresta Amazônica, com destaque para a Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, importante área de preservação localizada nos limites dos municípios de Belterra, Aveiro, Placas e Ruropólis. Entre os eixos de ação prioritários estão a educação ambiental, a economia verde e a pesquisa em torno da biodiversidade local.

Sediado no antigo Hospital, o Museu de Ciências contará com exposições interativas, tour virtual, laboratórios para pesquisa básica, coleção zoológica e locais apropriados para exibição de vídeos e oficinas culturais. O patrimônio histórico restaurado servirá de base, também, para hospedagem de pesquisadores e turistas interessados em conhecer as riquezas culturais e naturais desta parte da Amazônia. A previsão é de que o Museu entre em operação em 2018.

Por Ana Carolina Pimenta/ Agência Pará

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