A visibilidade que o PSC ganhou com o caso do
deputado Marco Feliciano (SP) na presidência
da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
fez o partido começar a sonhar com outra
presidência: a da República. Tradicional
coadjuvante nas alianças capitaneadas pelo
PMDB, seu maior aliado, o PSC já fala em
lançar candidato próprio à sucessão da
presidente Dilma Rousseff em 2014. A
candidatura faz parte da estratégia do partido
de ampliar as bancadas federais e eleger, pelo
menos, um governador. Internamente,
Feliciano e o vice-presidente e homem forte do
PSC, pastor Everaldo Pereira, disputam a vaga
de candidato.
“A decisão é que teremos candidatura própria
à presidência da República”, afirma Everaldo.
“Ser inteligente é fazer o que outros
inteligentes fizeram. E o PT foi inteligente em
fazer o Lula ser candidato à Presidência três
vezes, antes de ganhar a eleição”, completa.
Cauteloso, ele desconversa ao ser questionado
sobre a própria candidatura: “Sou soldado do
PSC, que é um partido democrático. Todos os
que quiserem podem disputar”.
Embora o nome de Everaldo seja referendado
pelas principais lideranças, Marco Feliciano
também colocou seu nome à disposição do
partido. Em uma reunião de presidentes de
diretórios em Salvador no ano passado, ele
declarou que conhece bem o Brasil, já que
percorre todo o país em suas pregações a
milhares de pessoas, o que lhe daria condições
de impulsionar a candidatura. Recentemente,
seus apoiadores passaram a estimular a ideia
nas redes sociais. Mesmo assim, aliados e
companheiros de partido defendem que o
deputado aproveite o destaque e volte à
Câmara com uma votação estrondosa. “Do jeito
que conheço o meio evangélico, o Feliciano se
elege com mais de um milhão de votos no ano
que vem e traz com ele uns três deputados”,
diz o líder do PMDB na Câmara, Eduardo
Cunha (RJ).
Fonte: Veja
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