Apropriação para uso particular de um veículo pertencente à Polícia Militar do Pará e suposto envolvimento em tráfico de drogas, levaram à prisão na manhã de sexta-feira (16), o capitão Marcel de Jesus Duarte Wanzeler, que em 5 de outubro de 2017 assumiu o comando da 29ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) de Óbidos, no oeste do Pará.
Segundo nota oficial emitida pelo Comando Regional de Policiamento 1 - Santarém, após informações registradas pelo serviço Disque-Denúncia 181, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), o Comando de Policiamento Regional 1 abriu de imediato, por meio da Corregedoria, procedimento investigatório para apurar a veracidade das informações contra o capitão. A denúncia foi registrada no último dia 14 e repassada ao CPR 1 na mesma data.
"Após investigações e diligências realizadas na cidade de Óbidos, a equipe da Corregedoria constatou, em situação flagrante, o uso do veículo pela esposa do oficial e sem os adesivos padrões, assim como giroflex e todo os recursos de identificação visual do modelo Parati", diz a nota.
Ainda de acordo com o CPR 1, na sequência das investigações, a Corregedoria flagrou nova situação de irregularidade contra o capitão Marcel Wanzeler. Foram encontrados seis tabletes de maconha no gabinete do então comandante da 29ª CIPM.
Os 5,34 kg do entorpecente já foram periciados pelo Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”. A droga chegou em Santarém na madrugada deste sábado (17).
O capitão já foi ouvido pela Corregedoria na manhã deste sábado. Em seguida o militar foi submetido ao cadastro no sistema da Superintendência do Sistema Penitenciário e seguiu para o quartel do CME. O militar será enquadrado nos crimes baseados no artigo 324 do Código Penal Militar, que trata do prejuízo à administração militar e nos artigos 33 e 34 da lei 11.343, de 2006 – Lei de Entorpecentes.
"A prisão do oficial e as investigações instauradas são exemplos da transparência, legalidade e impessoalidade no atos da Polícia Militar para a manutenção da hierarquia e da disciplina de nossa tropa. A PM, sob hipótese alguma, tolera o desvio de conduta, independente da graduação, posto ou qualquer função desenvolvida, e cortará na própria carne quando preciso for", finaliza a nota assinada pelo comandante de Policiamento Regional 1 - Santarém, coronel Héldson Tomaso.
Fonte:G1 Santarém
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