sábado, 27 de setembro de 2025

Escândalos em Ananindeua ameaçam planos eleitorais de Dr. Daniel para 2026

Ananindeua (PA) – A menos de um ano das eleições de 2026, o prefeito e presidente estadual do PSB, Dr. Daniel Santos, enfrenta uma série de escândalos que podem comprometer seus planos de disputar cargos maiores. Desde janeiro de 2025, investigações do Ministério Público do Pará (MPPA) e operações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) colocaram a gestão municipal sob forte escrutínio.


Linha do tempo dos principais episódios


Janeiro – Março/2025


  • Indícios de fraudes em licitações: o MPPA aponta que editais da Prefeitura de Ananindeua, entre 2021 e 2023, somando cerca de R$ 114,5 milhões, continham exigências técnicas abusivas e possível direcionamento a empresas ligadas a agentes públicos.



Abril/2025


  • Avanço da Operação Hades/Aqueronte II: a investigação revela suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e uso de empresas de fachada. Surgem relatos de que valores desviados teriam sido usados para aquisição de bens particulares de aliados e do próprio prefeito.



Julho/2025


  • Documentos do MPPA citam “enriquecimento ilícito” e pedem providências judiciais, sinalizando que a apuração entrou na fase final.

5 de agosto/2025


  • Afastamento cautelar: a Justiça atende ao Gaeco e determina a saída de Dr. Daniel por 180 dias, sob acusação de corrupção, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro.

6 de agosto/2025

  • Retorno ao cargo: decisão liminar do STJ suspende o afastamento, permitindo que o prefeito reassuma o comando do município, embora as investigações continuem.

Setembro/2025

  • Novas oitivas e quebras de sigilo: o MPPA reforça que a apuração segue, agora com acesso a movimentações bancárias e fiscais de empresas contratadas pela prefeitura.

Impacto político


O prefeito é um dos nomes cotados para disputar o Governo do Pará em 2026 ou, ao menos, manter protagonismo estadual dentro do PSB. No entanto, aliados admitem reservadamente que a sucessão de denúncias pode fragilizar alianças e inviabilizar uma candidatura majoritária.


Ruptura com o PL


Um dos maiores baques recentes para a pré-campanha foi a mudança de rumo do PL, partido que já vinha articulando apoio a Dr. Daniel por meio do ex-presidente estadual Éder Mauro.


  • Troca de comando antecipada: a presidência estadual, que seria alterada apenas em janeiro, foi antecipada e assumida por Joaquim Passarinho.
  • Resolução nacional: logo em seguida, o diretório nacional publicou norma proibindo campanhas em favor de pré-candidatos de outras legendas.
  • Divergência ideológica: o PL tem demonstrado desconforto com a proximidade de Daniel a figuras do governo federal, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Flávio Dino, ambos do PSB.


Com isso, a sigla de direita já decidiu lançar candidato próprio ao governo do Pará em 2026, restando apenas definir o nome. Para analistas políticos, perder esse apoio reduz significativamente a base de direita que Dr. Daniel esperava agregar.


Fontes consultadas


  • O Liberal – série de reportagens sobre a Operação Hades (ago–set/2025)
  • Veja – coluna de Matheus Leitão sobre fraudes em licitações (ago/2025)
  • Blog do Branco – análise dos contratos suspeitos e das fases da operação (jul–ago/2025)


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