_Cerca de 27 mil pessoas serão beneficiadas nos municípios com a conexão dos clientes ao Sistema Interligado Nacional, que vai garantir ainda mais qualidade no serviço._
A Equatorial Pará conclui nesta semana uma etapa fundamental para transformar a realidade energética do Oeste do estado: o lançamento de cabos aquáticos no Rio Trombetas, parte do projeto que vai interligar os municípios de Terra Santa e Faro ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e vai garantir mais energia com qualidade e sustentabilidade.
A obra vai marcar um novo capítulo para a região, proporcionando também mais segurança e estabilidade no serviço. Além de beneficiar diretamente milhares de moradores paraenses, a iniciativa abre caminho para, no futuro, conectar o município de Nhamundá, no Amazonas, à mesma rede.
Atualmente, as duas cidades paraenses funcionam com sistemas isolados, abastecidos por usinas a óleo diesel. Só essas usinas consomem mais de 800 mil litros de diesel por mês, gerando cerca de 2.130 toneladas de CO₂ no mesmo período. A nova estrutura vai permitir que essas térmicas sejam desativadas de forma definitiva, contribuindo para uma matriz mais limpa e sustentável.
Com investimento de R$ 317 milhões, o projeto inclui a construção de 134,4 km de linhas de transmissão e duas novas subestações, em uma obra de alta complexidade, que atravessa o Rio Trombetas.
Para os cerca de 27 mil habitantes dos dois municípios, a chegada da energia interligada vai muito além da eletricidade: representa oportunidades reais de crescimento, atração de investimentos e melhoria nos serviços essenciais, como saúde, educação e segurança pública.
Conforme o Superintendente das regionais Centro e Oeste, Brunno Margato, a interligação ao SIN trará confiabilidade energética e permitirá o avanço de empreendimentos nas áreas de comércio, por exemplo, com grandes empreendimentos que poderão se instalar na região.
“É um projeto desafiador, tanto pelo volume de investimento quanto pela complexidade técnica da obra. Enfrentamos desafios como a construção de linhas extensas em áreas remotas e ambientalmente sensíveis, mas seguimos com responsabilidade, buscando soluções sustentáveis e eficientes para conectar essas cidades ao futuro”, reforçou o superintendente.
Para o gerente de Construção de Alta Tensão da Equatorial Pará, Diego Erdmann, a obra é um grande desafio de engenharia, exigindo planejamento e soluções inovadoras por estar no interior da floresta amazônica. Ele destaca que até a fabricação do cabo, de uso de uma tecnologia pioneira no Brasil, levou mais de um ano e que o projeto superou muitos obstáculos de forma sustentável, representando um avanço importante para o desenvolvimento do Oeste do Pará.
“Muitos desafios foram vencidos pela distribuidora para viabilizar esse empreendimento pioneiro na região, onde o trabalho de execução responsável e sustentável garantiram um passo importante para o desenvolvimento e melhoria no oeste do Pará”, comemora.