sábado, 15 de novembro de 2025

PATRÍCIA DECADÊNCIA POSTA FOTO PARA IMPULSIONAR PRÉ-CANDIDATURA, MAS INTERNET REAGE COM ONDA DE CRÍTICAS



A prefeita Patrícia Decadência, conhecida como prefeita TikTok, tentou transformar uma foto com o presidente da Alepa, Chicão, em combustível para as pré-campanhas, ela à Câmara Federal, e ele ao Senado. Mas o tiro saiu pela culatra.


Os comentários explodiram, mas quase todos foram de crítica, ironia e rejeição. A publicação virou palco para a insatisfação popular com a política e com o nome dos dois.


Entre as mensagens, os internautas chamaram a dupla de:

“pilantras”

“vampiros”

“duplinha de bilhões”

“dupla dinâmica kkkkk” (em tom de deboche)

“encontro de milhões”

“dupla imbatível kkkkkk” (ironia)


E a cada comentário, a revolta ia crescendo. Teve quem pedisse “Alô, PF, vem ver uma coisa aqui”, quem afirmasse que “não param de roubar”, quem lembrasse problemas na saúde (“UPA em greve por falta de pagamento”) e até quem debochasse: “me rouba logo”.


Também teve quem citasse operações policiais passadas, quem comparasse a foto a “quadrilha junina” e quem dissesse que “a política está desacreditada no Pará e no Brasil, basta olhar os comentários”.


O clima geral foi claro: a maioria rejeitou a ideia da dupla.

A tentativa de fortalecer a imagem política acabou virando um termômetro do desgaste com a classe política e com nomes ligados ao poder estadual.


Enquanto isso, a publicação continua viralizando, não pelo motivo que Patrícia esperava, mas pela enxurrada de reações negativas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

30 anos de emancipação de Belterra: a evolução da Assistência Social e o protagonismo da primeira-dama Herica Bechara

Primeira-dama foi a primeira na história do município a assumir oficialmente a Secretaria de Assistência Social


Há três décadas, quando Belterra foi emancipada, o então prefeito Oti Santos, primeiro gestor do município, não nomeou sua esposa para o cargo de secretária de Assistência Social. Sua gestão foi marcada por diversas nomeações políticas, mas a pasta social ficou a cargo de outros nomes.



Em seguida, o ex-prefeito Geraldo Pastana, que governou Belterra por oito anos, também manteve a tradição de não envolver diretamente sua esposa, Toninha, na estrutura administrativa, embora ela exercesse forte influência política e comunitária.



Depois, a prefeita Dilma Serrão, que administrou o município por quatro anos, igualmente não nomeou seu esposo para a secretaria. Durante seu mandato, a área social continuou sendo conduzida por indicações partidárias.



Mais tarde, o médico e prefeito Dr. Macedo também seguiu o mesmo caminho. Em seus dois mandatos, não nomeou sua esposa, Edna Carneiro, como secretária de Assistência Social. Edna, assim como Toninha, possuía militância e influência dentro da gestão, mas nunca ocupou cargo formal.



Com a renúncia de Dr. Macedo em 2023, o vice-prefeito Ulisses Medeiros assumiu a Prefeitura de Belterra e trouxe uma novidade na condução da política social do município. Logo no início de sua gestão, nomeou sua esposa, Herica Bechara, como secretária de Assistência Social, tornando-se a primeira-dama da história de Belterra a ocupar oficialmente o cargo.



Mesmo sem trajetória política anterior, Herica Bechara, rapidamente se destacou pelo perfil humanizado e participativo. Seu trabalho é reconhecido especialmente entre os idosos, que vivem hoje uma nova fase de valorização e integração social. As atividades promovidas pela secretaria, como os Jogos da Terceira Idade, vêm transformando a rotina e o bem-estar da população da melhor idade.



Reeleito em 2024, o prefeito Ulisses Medeiros manteve Herica Bechara à frente da Secretaria de Assistência Social, consolidando um modelo de gestão voltado ao cuidado com as pessoas, à inclusão social e à valorização das famílias belterrenses













A história da Assistência Social em Belterra mostra que, ao longo desses 30 anos, as primeiras-damas sempre exerceram influência, mas foi com Herica Bechara que a atuação ganhou caráter institucional e resultados visíveis. A mudança marca um novo capítulo na história administrativa e social do município.


segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Crise em Marituba: Prefeita TikTok Patrícia Alencar vê popularidade despencar após escândalos e prisões

Aliada do deputado estadual Chicão, presidente da ALEPA, prefeita enfrenta forte desgaste político após a prisão e exoneração da vice-prefeita e investigações que atingem o núcleo de seu grupo político.


A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, conhecida nas redes sociais como “Prefeita TikTok” pelo estilo descontraído e vídeos de grande alcance digital, vive seu pior momento político desde que assumiu o comando do município. Após uma sequência de escândalos, prisões e exonerações dentro de sua própria gestão, a popularidade da prefeita caiu drasticamente.


O episódio mais recente foi a exoneração da vice-prefeita, que acumulava o cargo de secretária municipal de Educação, após denúncias que se somam às investigações sobre supostos desvios e irregularidades na administração.


A crise também atinge seu principal aliado político, o deputado estadual Chicão, presidente da Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA). Chicão, que tem sido apontado como uma das figuras de apoio mais próximas da prefeita, viu seu nome envolvido em investigações após a prisão de seu chefe de gabinete, o que aumentou ainda mais a pressão sobre o grupo político.


Antes vista como uma liderança carismática e símbolo de modernidade na política local, Patrícia agora enfrenta uma onda de críticas nas redes sociais. Seus vídeos, antes repletos de elogios, são hoje dominados por comentários de decepção e cobranças.


Analistas políticos afirmam que a prefeita parece estar “caindo sozinha” e levando consigo aliados importantes, em meio a um cenário que mistura desgaste de imagem, investigações e perda de apoio popular.


O futuro político da prefeita e do grupo que a cerca é incerto, mas o fato é que a “Prefeita TikTok” deixou de ser fenômeno de aprovação para se tornar símbolo de crise e desconfiança em Marituba e no Pará.




















Equatorial Pará orienta clientes quanto às mudanças na carta de reaviso



Alterações foram feitas em 2025 e consumidores em débito com a distribuidora já recebem o novo modelo.



Os consumidores mais atentos já devem ter percebido algumas mudanças na identidade visual da carta de reaviso, em 2025. O documento é entregue aos clientes que possuem débitos com a Distribuidora.


Agora os consumidores podem receber dois tipos de documentos sobre os pagamentos pendentes: o primeiro é o “Reaviso de Vencimento”, que poderá ser entregue ao cliente após a data de vencimento ou automaticamente na próxima fatura, caso o cliente ainda esteja com faturas em atraso. O segundo é a “Visita de Relacionamento”, quando um agente de campo, devidamente uniformizado e com crachá da Equatorial Pará, entregará o documento em mãos ao morador, apresentando a possibilidade de pagamento ou negociação direta com o colaborador.


O layout deste reaviso, que anteriormente era um documento na horizontal em preto e branco, hoje assemelha-se ao layout da fatura de energia, mas contendo outras informações para reforçar ao cliente a importância da quitação do valor devido, além do código de barras para pagamento e o QR Code para efetuar o pagamento via Pix.


Segundo o Executivo de Serviços Técnicos e Comerciais, Pedro Veiga, é importante ficar atento à todas as informações. “Nosso trabalho é também aumentar a confiança que os nossos clientes possuem no recebimento dos nossos documentos oficiais, seja ele a fatura de cobrança ou o reaviso de vencimento”, afirma.


*Segurança* - Para garantir a segurança de seus clientes, a Equatorial Pará informa que os colaboradores estarão devidamente uniformizados, com a logomarca do Grupo Equatorial. O crachá de identificação também é obrigatório e traz o nome completo do profissional e a empresa prestadora de serviço. 


*Orientações para pagamentos*


Os clientes devem ficar atentos na hora do pagamento das contas de energia, para realizá-lo somente pelos meios oficiais: Qr Code do pix, que vem descrito na própria conta; internet banking, casas lotéricas e bancos; site oficial da distribuidora ou maquinetas de cartão, disponíveis nas agências de atendimento.


No caso de pagamento de débitos em campo, com os agentes de negociação, a Distribuidora reforça que eles estarão devidamente caracterizados. Vale ressaltar que os colaboradores da Equatorial jamais recebem dinheiro em espécie ou por meio de chaves Pix. Pagamentos e negociações em campo são feitos exclusivamente por máquinas de cartão de crédito ou débito identificadas com a logomarca da Equatorial.


Certifique-se sempre de que o nome do beneficiário corresponde à Equatorial Energia. Esta é a melhor forma de confirmar a autenticidade do pagamento e evitar cair em golpes. É importante também sempre conferir o CNPJ da distribuidora de energia que é o 04.895.728/0001-80.


A Distribuidora orienta que ao receber o Reaviso, a regularização do débito seja efetuada prontamente para evitar a progressão para as etapas subsequentes do processo de cobrança, como a suspensão do fornecimento de energia, a Pré-Negativação e Negativação.


A Equatorial Pará preza pela segurança e atendimento de qualidade a toda população e em caso de dúvidas, os clientes podem ir a uma agência de atendimento da Equatorial ou acionar a empresa pelo telefone 0800 091 0196.

Prisão preventiva: o erro judiciário que custou a vida de uma jovem

 

Damaris foi presa em agosto de 2019, após ser denunciada pelo Ministério Público por suposto envolvimento na morte de Daniel Gomes Soveral, em novembro de 2018. De acordo com o MP, ela teria sido responsável por atrair a vítima ao local do crime, em Salto do Jacuí, no noroeste gaúcho.

A defesa alegou que a jovem era inocente e que apenas relatou ao namorado que teria sido estuprada por Daniel. Por essa razão, o homem teria assassinado a vítima e ateado fogo ao corpo.



Jovem, presa preventivamente por 6 anos, morre de câncer após ser absolvida

No último dia 3, foi noticiada a morte de Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, por câncer de colo do útero, dois meses após ter sido absolvida da acusação de participação em homicídio qualificado.

Chamam a atenção neste caso variadas ocorrências: a idade da jovem, a gravidade da doença que a acometeu, a morte após a absolvição, dentre outras. Mas, possivelmente, o que mais chama a atenção é a presença do odioso erro judiciário.

E este erro judiciário se configurou pela manutenção de uma prisão preventiva por seis (6) anos!

Sem entrar na discussão dos elementos que justificavam tal prisão, por ser preventiva, por essa sua natureza, por seu conceito de criação e existência, por sua essência e razão de ser no processo penal, nenhuma prisão preventiva poderia durar tanto tempo.

Depois da Lei nº 12.403/2011, que trouxe as medidas cautelares alternativas à prisão preventiva, lei esta que relegou a último plano a aplicação do citado tipo prisional, o que justifica seu uso tão recorrente?

E o que fundamentaria um encarceramento tão longo, que praticamente configurou o cumprimento de uma sentença condenatória?

O dano, neste caso, vai muito além da privação da liberdade em si. A prisão, que deveria ser a última e excepcional medida, tornou-se, por sua duração desproporcional, o fator determinante para a perda de seis anos da vida de uma jovem e, tragicamente, para a impossibilidade de tratamento adequado de sua saúde. A morosidade da Justiça não apenas falhou em aplicar a lei, mas contribuiu decisivamente para a consumação de uma injustiça irreparável.

Algo vai muito mal na nossa prática judiciária forense – e não é a inexistência de leis, como muitos dizem!

O que caminha mal é a falta de compreensão das leis, aliada ao desconhecimento da função do processo penal (que caminha mais ao som dos tambores midiáticos do que das lições da doutrina e da jurisprudência); caminha mal porque normas e decisões são criadas e determinadas para agradar à opinião pública, para atender a requisitos ideológicos e não para cumprir o chamado da Justiça.

Porém, o que traz mais desesperança é ver que casos como este, desta desaventurada e injustiçada jovem, não provocarão a devida reflexão nos responsáveis pela guarda do precioso instrumento que deveria ser o direito processual penal.


GJoão Ibaixe Jr.
 Advogado criminalista e ex-Delegado de Polícia. Doutor em Filosofia (UERJ) e mestre em Direito (PUC/SP), é coordenador do Grupo de Criminologia Filosófica (GCRIMFIL).

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O Prêmio Nobel da Paz e a democracia

Lula está na região do Tapajós para produzir vídeos para a COP 30


Recentemente, a candidata que foi impedida de concorrer às eleições presidenciais na Venezuela em 2024 e líder da oposição naquele país, María Corina Machado, venceu o Prêmio Nobel da Paz. Quase todos os países do mundo a cumprimentaram. O Presidente Lula não o fez, o que, mais uma vez, demonstra que ele é favorável ao governo do farsante Nicolás Maduro, que preside a Venezuela, não obstante o fato de ele  ter perdido as eleições com apenas um terço do eleitorado a seu favor e dois terços contrários, de acordo com as legítimas atas de todas as zonas eleitorais. O gover no brasileiro, entretanto, silenciou diante dos resultados.

María Corina Machado  teve um papel tão extraordinário na luta incansável para que a Venezuela volte a ser um país democrático que, apesar de muitos esperarem que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fosse o laureado - por estar conseguindo um acordo entre palestinos e israelenses -, foi ela quem mereceu a honraria.

Nessa esteira, impressiona-me muito a relação do Presidente Lula com a corrupção no Peru: trouxe uma condenada naquele país para o Brasil em avião da FAB ( ex-primeira-dama do Peru, condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a construtora Odebrecht, que solicitou asilo alegando perseguição política). Na Argentina, visitou outra condenada por corrupção, criticando o sistema jurídico e o judiciário daquele país. Outro ponto é a relação com a ditadura de Cuba, para a qual o Brasil emprestou dinheiro e ainda não recebeu de volta. Há, ainda, a relação com a Venezuela, a ponto de mandar a embaixadora brasileira à posse, considerada absolutamente ilegítima de Maduro, que fraudou as eleições, jamais mostrando o resultado das urnas. Lembremo-nos de que a Venezuela também deve dinheiro ao Brasil.



Por outro lado, o Brasil, o Presidente Lula e o Itamaraty não tiveram a coragem de cumprimentar María Corina Machado pelo recebimento do Prêmio Nobel da Paz; ela que, sendo considerada a principal representante da oposição democrática na Venezuela, é a voz da democracia e da liberdade. Ora, inúmeros países do mundo civilizado a cumprimentaram.

Trata-se, pois, da primeira mulher da América do Sul a receber um Prêmio Nobel, algo que é muito significativo para todas as mulheres, em especial as latino-americanas, para o Brasil e, enfim, para quem tem procurado valorizar as mulheres. Contudo, repito, não foi cumprimentada pelo governo brasileiro.


Parece-me que quem fala tanto de democracia deve ser coerente com seus gestos, pois democratas são aqueles que defendem a democracia e cumprimentam aqueles que lutam por ela.


Ora, no Brasil muito se fala de um golpe que nunca houve — é apenas uma narrativa -, pois é importante lembrar que as pessoas que estão presas não tinham uma arma sequer no dia 8 de janeiro. Por outro lado, tenho absoluta convicção de que os comandantes das três Forças (pelo menos do Exército, que detém dois terços dos contingentes armados no Brasil) jamais dariam um golpe. Falo como professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde ministrei aulas sobre a Constituição brasileira para aqueles que seriam generais.

Ainda assim, o que vemos é que, no exterior, os amigos do Presidente Lula são grandes ditadores. As relações com Israel estão praticamente interrompidas, pois ele protege sempre o grupo terrorista Hamas, que tudo faz para que não haja paz na Palestina.

A impressão que tenho é que há um discurso pela democracia, mas uma prática de imensa cordialidade com os ditadores. Esse silêncio sepulcral em relação à concessão do Prêmio Nobel da Paz para quem luta pela democracia contra a ditadura de um fraudador como Nicolás Maduro demonstra, efetivamente, que o discurso presidencial não corresponde à prática.

Entendo que o Brasil é um país que ama a democracia, tanto que vemos pessoas lutando pela liberdade de expressão, algo que caracteriza uma democracia autêntica, e temos que continuar nessa luta.

Sendo assim, o Presidente Lula poderia, analisando melhor suas relações internacionais, demonstrar que também é favorável a que tenhamos democracia na América Latina e, portanto, cumprimentar María Corina Machado. 
 Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da F ecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

FLONA TAPAJÓS : GOVERNO VEM GRAVAR VÍDEO, MAS OUVE COBRANÇAS DE UM POVO ABANDONADO

 


Bolsa Verde de R$ 600 a cada três meses é apresentada como conquista, mas mostra o abismo entre o discurso do governo e a realidade das comunidades.


Durante a visita recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à região do Tapajós,  mais precisamente à Floresta Nacional do Tapajós e à aldeia Vista Alegre do CAPIXAUÃ, na Resex Arapiuns — o discurso oficial tentou mostrar um governo comprometido com a Amazônia. Mas o que se viu de perto foi outra realidade: um povo que quer trabalhar, mas encontra no governo federal apenas burocracia e promessas.


O presidente ouviu de Sérgio Pimentel, presidente da Federação da Flona Tapajós, um pedido direto: as comunidades nunca tiveram acesso a crédito, apoio técnico ou incentivo para desenvolver suas atividades com biojoias e óleos naturais, produtos sustentáveis e de valor agregado.

A resposta do presidente foi de promessa, que iria “buscar ajuda”. Mas a verdade é que a ajuda nunca chega, e quando chega, é insuficiente.

BOLSA VERDE DE R$ 600 A CADA TRÊS MESES: UM RETRATO DO DESCASO COM O POVO DA FLORESTA




A própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que mais de mil famílias já recebem o Bolsa Verde, um programa que paga R$ 600 a cada três meses. Um valor que o governo tenta apresentar como conquista, mas que na prática é uma afronta à dignidade de quem vive e protege a floresta.

Enquanto isso, um ministro de Estado recebe mais de R$ 40 mil por mês, fora benefícios e auxílios.

É justo celebrar um benefício de R$ 200 mensais para quem vive isolado, sem infraestrutura e sem oportunidade de trabalho?



A vinda do presidente Lula ao Tapajós não foi para ouvir o povo, foi para gravar um vídeo promocional da COP30. Mas o que ele encontrou foi a insatisfação generalizada: cobranças, denúncias e o clamor de comunidades esquecidas.

Foi dito ali, frente a frente, que o governo federal é ausente, e quem de fato sustenta as ações dentro das áreas federais, como a Flona do Tapajós, é o governo municipal, que cuida de estrada, energia, escolas e saúde sem ser convidado sequer para a comitiva presidencial.



Enquanto o ICMBio é o gestor legal da floresta, quem mantém o funcionamento do território é o município, sem apoio e sem reconhecimento.

O povo quer trabalhar, quer produzir, quer estudar. O que se pede é a criação de uma universidade e um campus do IFPA dentro da Flona, para formar técnicos e profissionais da própria região.

Querem também um hospital federal, porque vivem de apoio do governo local, embora estejam em áreas federais.