Karina Pinto denuncia sujeira nas ruas de Altamira

Caminhar pelas ruas de Altamira fica cada vez mais difícil, o motivo é bem simples, na cidade um migrante ilustre resolveu tomar posse de cada centímetro das vias, calçadas, muros e até telhados. Nos deixando em uma situação complicada.

No bairro Jardim Independente II, o caminhão coletor passa todas as segundas, quartas e sextas-feiras, mas os urubus não. Eles estão perambulando pelas ruas o dia todos, todos os dias da semana, sempre a procura de uma sacola para destruir. Com tanto lixo a disposição, não é de se estranhar que isso tenha acontecido.

Em 2010, durante uma sessão na câmara dos vereadores, Wéligton José, vereador pelo PMDB, tocou no assunto, já naquela época. Segundo o nobre vereador, a cidade estava sendo invadida por uma superpopulação de urubus e o fato deles se reproduzirem com uma inacreditável rapidez logo nos obrigaria a deixar a cidade em suas mãos. A citação do vereador chegou a ser tida como brincadeira, mas na verdade a preocupação tinha um outro tom, Wélington estava preocupado com a enorme quantidade de alimento ao alcance dos animais na cidade.

Preocupado com a situação, o parlamentar fez uma observação “Como eliminar esses animais é crime, podemos afasta-los simplesmente limpando nossas ruas” a idéia brilhante faria um enorme favor a todos, aqueles que não gostam dos urubus e principalmente, que odeiam ver lixo em todo lugar.  

Com uma produção diária de 1 tonelada de lixo domiciliar, a cidade tem pontos que são reconhecidamente “sujos”. No centro da cidade, a calçada da feira do produtor, hoje um pequeno trecho da Avenida Djalma Dutra, nunca tem menos do que 3 barracas despejando todo tipo de sujeira, de copo descartável, sacos plásticos a restos de alimentos como cascas e outros. No terreno ao lado da Universidade Federal do Pará, a caixa coletora não é suficiente para uma produção tão intensa e sempre fica rodeada de lixo. Mas os maiores pontos de “coleta” irregular da cidade são mesmo os terrenos baldios, parece que o fato de estar vazio deixa implícito “Jogue lixo aqui”.

Não há um número exato de quantos terrenos estão abandonados pela cidade, mas eles são muitos e levam perigo não só por estarem à mercê de ocupações irregulares, como servir de depósito criminoso de lixo, que emporcalha a cidade e ainda serve de criadouro para o mosquito da dengue, outro probleminha de Altamira.

No jogo de empurra, o departamento de limpeza afirma que a coleta seletiva funciona normalmente, e percorre todos os bairros da cidade. Quanto aos terrenos, não há ao certo uma secretaria especializada para fiscalizar o caso, então, a SEOVI, secretaria de obras e viação e infra estrutura garante que áreas abandonadas são multadas e avaliadas com frequência. A população discorda, dona Francisca dos Santos Cordeiro moradora da Invasão Paixão de Cristo conta que no local há dezenas de terrenos abandonados e repletos de lixo, e desde que mudou pro local, nem a coleta nem a limpeza dos terrenos é feita regularmente. “Eles não vem aqui, não adianta, eles não vem. Sempre tem algum motivo, a lama, os buracos, sempre tem um motivo.” ressaltou.

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