Crise institucional e parlamentares belterrenses descontentes com o descumprimento do regimento interno por parte da presidente interina

Vereadora Nilda Paixão, acusada de não cumprir o regimento

O legislativo belterrense está mergulhado num mar chamado crise institucional desde o mês de junho de  2011. Gerado ainda pelo então presidente Ademar Sanches (PT), que foi acusado pelos vereadores de atropelar o regimento da casa. Lembrando que na sessão de junho quando este blog formalizou a denúncia de suposto esquema de corrupção na Câmara municipal de Belterra (Caso viagem fantasma) os vereadores de oposição liderados pelos vereadores Ulisses e Reginaldo Lobo protocolaram na secretaria da Câmara uma Sessão extraordinária, para que fossem apurado os fatos. O vereador (Presidente) mal assessorado  abriu e encerrou a sessão sem dar o direito para que os outros vereadores se manifestassem a respeito da denúncia. No meu entender  naquele momento o Sr. Presidente poderia ter liquidado toda questão, já que naquele  momento a oposição não tinha a maioria absoluta dos votos, e ele tinha ( apoio incondicional do DEM do Dr. Macedo e Malú como seus aliados).

Como foi atropelando o regimento no decorrer dos meses subseqüentes, ficou inviável para os aliados acompanharem o presidente da casa em suas ações que a cada dia ficava insustentável sua permanência a frente daquele poder, obrigando aliados e oposição se juntarem no famoso G8. (Grupo de oito vereadores). Encurralado, mesmo com apoio de militantes de seu partido (PT) e funcionários do governo que chegaram ocupar a sede do legislativo belterrense, que inclusive tiveram que se retirar por ordem judicial e posterior força policial (TATICO), o imbróglio naquele momento só foi decidido por força judicial que considerou habitarias as atitudes do presidente e deu causa de ganho ao G8.

Com a decisão Judicial a juíza Josineide Gadelha Pamplona validou todos atos realizados pelos vereadores do G8, inclusive as sessões extraordinárias realizadas nos dias 27,28,29 de Dezembro de 2011, onde foram aprovados assuntos importantes como aprovação do Relatório da CPI da Saúde , afastamento do vereador Ademar da Presidência e aprovação da tão propagada LOA.

Com tudo isso conquistado assumiu de imediato a presidência de forma interina a vereadora Nilda Paixão (PSD) que exercia o cargo de primeira secretária da mesa diretora da Câmara. De lá pra cá  assessorada pelo seus assessores jurídicos ( um dos assessores da atual presidente é o mesmo que assessorou o ex- presidente José Maia (PMDB/PTB) quando este comprou sem licitação um Barco Motor e uma Caminhonete, compras estas que geraram grandes prejuízos políticos e jurídicos ao parlamentar) a presidente segundo alguns vereadores tem trocado os pés pelas mãos e tem cometido alguns erros, falhas absurdas e que da mesma forma como o vereador Ademar vinha comandando o legislativo a presidente atual vem fazendo, bem diferente da época em que cobrava mais democracia na Câmara, atropelando o regimento e emperrando os trabalhos do legislativo.

Teve vereador na sessão do dia (20) chegou apontar o dedo em direção da presidente pedindo o cumprimento do regimento interno da casa, em outro momento quando a presidente começou seu pronunciamento alguns edis deixaram o plenário em repúdio aos atos da presidente que insiste em permanecer na presidência sem a realização de eleição, diga se de passagem que o vereador Ademar renunciou a presidência numa negociação para que os recursos judiciais referente a sua volta fossem anulados, para que houvesse eleição imediata e desobstruíssem os trabalhos legislativos emperrados por seis longos meses.

Hoje a sessão ocorreu com tranqüilidade, mas ainda a maioria dos vereadores aguardam na expectativa que o regimento da casa seja respeitado e que na próxima sessão a presidente Nilda Paixão, coloque em votação a escolha do presidente (a) cargo este  que está vogo desde a renúncia do presidente irmão Ademar Sanches (PT).