Senador Bairo Maggi (PR-MT) afirmou que bancada do partido no Senado passa a ser oposição ao governo Dilma |
Os senadores
do Partido da República (PR) anunciaram, nesta quarta-feira (14), que vão se
juntar aos partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff. O PR fazia parte da
base aliada do governo, mas após as denúncias e consequente demissão do
ex-ministro dos Transportes
Alfredo Nascimento, no ano passado, o partido anunciou a saída da coligação de
apoio a Dilma. Até então, a sigla se declarava "independente".
Segundo o
líder do PR no Senado, senador Blairo Maggi (MT), por enquanto, apenas a
bancada do partido no Senado fará oposição ao governo Dilma, mas a expectativa
é que os deputados também se juntem aos partidos de oposição, como PSDB e DEM.
"Cansei.
O governo nos empurra com a barriga o tempo todo. Eu, como líder, decidi que
não quero mais negociar.
Resolvemos em conjunto que estamos fora do governo e se a Câmara quiser
continuar com a Dilma, que o façam. Não temos definição nenhuma e quando a
gente vira as costas de lá eles mesmos vazam notícia para um lado e outra para
outro, desse jeito estamos fora", disse Maggi.
O
estopim para a decisão, segundo o líder do partido no Senado, Blairo Maggi
(MT), foi a demora do Planalto em nomear um ministro do PR para o Ministério
dos Transportes. Após a queda de Nascimento, Dilma nomeou o
secretário-executivo da pasta para assumir interinamente e deixou a cargo da
ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, as negociações
para encontrar um novo nome para o ministério.
O
descontentamento de Maggi veio hoje após a última de uma série de reuniões
feitas desde a saída de Nascimento, em julho de 2011. O próprio senador foi cotado
para assumir o cargo, mas recusou o convite.
Derrota do
governo
A
nova baixa foi anunciada um dia após a presidente trocar os líderes do governo
no Senado e na Câmara. No Senado, a troca foi Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo
Braga (PMDB-AM). Na Câmara, saiu Cândido Vaccarezza (PT-SP), que foi
substituído por Arlindo Chinaglia (PT-SP). A troca ocorreu menos de uma semana
após uma emblemática derrota sofrida por Dilma: a Comissão de Infraestrutura do
Senado rejeitou a recondução de Bernardo Figueiredo (indicado pela presidente)
na presidência da Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT).
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