ÉPOCA teve acesso a escutas
telefônicas que mostram que, em abril do ano passado, a empresa Delta
Construções resolveu pagar propina ao secretário de Saúde do Distrito Federal,
Rafael Barbosa, para facilitar o recebimento das faturas por conta dos contratos
para coleta de lixo em Brasília. De acordo com as gravações, o acerto com
Rafael Barbosa – homem de confiança do governador Agnelo Queiroz e coordenador
de sua campanha eleitoral – foi a solução encontrada para facilitar
recebimentos de faturas e nomeações de apadrinhados da Delta no Serviço de
Limpeza Urbana (SLU). As conversas gravadas entre o empresário Cláudio Abreu,
ex-diretor da Delta, o sargento aposentado Idalberto Matias de Araújo, o Dadá,
e o Marcello Lopes, o Marcelão, que foi assessor da Casa Militar do governo de
Brasília, sugerem que, até o começo de abril, a propina era paga ao então chefe
de gabinete do governador, Cláudio Monteiro.
A troca dos supostos
destinatários da propina é revelada numa conversa entre Dadá e Marcelão, no dia 13 de abril de 2011.
“O Cláudio (Abreu) me disse que não vai mais pagar para ninguém. Nem para
Ademar ( funcionário da SLU), nem para Cláudio Monteiro. E disse que já está
alinhado com Rafael. Vai dar pro Rafael e ponto final”, disse Marcelão. Segundo
a PF, Rafael é o secretário de Saúde do DF.
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