sábado, 14 de abril de 2012

Escutas obtidas por ÉPOCA com exclusividade revelam que a turma de Cachoeira negociou propina para o secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa


ÉPOCA teve acesso a escutas telefônicas que mostram que, em abril do ano passado, a empresa Delta Construções resolveu pagar propina ao secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, para facilitar o recebimento das faturas por conta dos contratos para coleta de lixo em Brasília. De acordo com as gravações, o acerto com Rafael Barbosa – homem de confiança do governador Agnelo Queiroz e coordenador de sua campanha eleitoral – foi a solução encontrada para facilitar recebimentos de faturas e nomeações de apadrinhados da Delta no Serviço de Limpeza Urbana (SLU). As conversas gravadas entre o empresário Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, o sargento aposentado Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e o Marcello Lopes, o Marcelão, que foi assessor da Casa Militar do governo de Brasília, sugerem que, até o começo de abril, a propina era paga ao então chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro.
A troca dos supostos destinatários da propina é revelada numa conversa entre Dadá e Marcelão, no dia 13 de abril de 2011. “O Cláudio (Abreu) me disse que não vai mais pagar para ninguém. Nem para Ademar ( funcionário da SLU), nem para Cláudio Monteiro. E disse que já está alinhado com Rafael. Vai dar pro Rafael e ponto final”, disse Marcelão. Segundo a PF, Rafael é o secretário de Saúde do DF.

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