O Ministério Público Estadual (MPE) decidiu investigar oficialmente o prefeito
Gilberto Kassab (PSD) no caso dos supostos pagamentos de propina a agentes
municipais, como o ex-diretor do Departamento de Aprovação de Edificações
(Aprov) Hussain Aref Saab. Após ouvir sete testemunhas e acumular documentos,
notas fiscais e outras provas, o MPE transferiu na sexta-feira (13) o processo
para o setor responsável pela investigação de crimes de prefeitos.
A assessoria de Kassab
afirmou que não há nenhum indício que justifique o pedido de apuração contra
ele e ressaltou que é "uma irresponsabilidade criminal a mais hipotética
alusão ao seu nome". A Prefeitura diz ainda que a investigação sobre as
irregularidades apontada no Aprov foi determinada pelo próprio prefeito, com
base em denúncias anônimas.
A investigação antes estava
a cargo do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco),
que encaminhou o caso para a Câmara Especializada em Crimes Praticados por
Prefeitos, um setor específico dentro do Ministério Público que atua na
investigação dos chefes dos Executivos municipais. O promotor Yuri Castiglione,
do Gaeco, sugeriu à Câmara que tome de novo depoimentos de duas testemunhas que
citaram o nome de Kassab durante as investigações. Esse grupo é subordinado
diretamente ao procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, e chefiado pela
procuradora Márcia Montenegro. Ela já investiga Kassab no caso da inspeção
veicular, no qual são apuradas supostas fraudes no contrato com a Controlar.
Ambos negam as acusações.
A menção não traz provas ou
documentos que comprovem a participação do prefeito. Segundo a própria
testemunha, a opinião de Chapela tinha base apenas nos altos valores que seriam
destinados a Aref - o relato diz que ao menos R$ 4 milhões teriam sido pagos em
subornos pelo Pátio Higienópolis. Aref e o shopping negam.
Chapela é o proprietário da
Seron Engenharia, empresa que era subcontratada pela BGE para lidar com
regularizações urbanísticas. Segundo ex-funcionárias da BGE, essa era uma das
empresas que emitiam notas frias para encobrir o pagamento das propinas. Ele
não foi localizado pela reportagem. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor por favor assine o comentário, pois não publicaremos comentários de anônimo