sábado, 4 de maio de 2013

Nem sempre o babão visa o favorecimento pessoal

Por Ruy Lobo, via Facebook

Corrupção é constantemente confundida com o recebimento de propina, mas isso é somente sua manifestação na forma mais contundente. Corrupção é algo de cunho moral. É a venda do caráter. É a negociação da própria dignidade.

Por ser um desvio de caráter, manifestações de puxa-saquismo, babações e todas as formas nefastas de servilismo, deveriam ser reservadas à calada da noite, aos sussurros, longe das vistas de gente decente.

O descaramento é tanto que o puxa-saco posa de virtuoso, orgulhoso de sua própria condição de parasita. Ele mente tanto que acaba acreditando na própria falsidade. E acha que convenceu os outros.

Alguém pode perguntar: "como um cidadão desses consegue dormir?", é simples, como um certo tipo de caramujo ele acata aquele que assume o poder e reduz sua atuação a ponto de ficar confortável. Incapaz de brilhar por conta própria, o baba-ovo fica feliz em estar à sombra, comendo as migalhas que caem. E dorme tranquilo, porque perdeu a capacidade de sentir vergonha.

Nem sempre o babão visa o favorecimento pessoal, há aqueles que babam porque é da sua natureza. O simples apertar de mão, ou o mero conhecimento de seu nome pela autoridade idolatrada, é motivo de regozijo.

Mas o pior de todos é o babão disfarçado de revoltado que, após ter conseguido seu intento, que é fazer parte da canalhada, muda o discurso e passa de crítico a bajulador, num descaramento surpreendente (nem tanto) e revoltante.

Espero que haja um lugar no céu reservado aos hipócritas. Ou no inferno.

Deus seja louvado.

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