sábado, 11 de maio de 2013

Parte II - 1ª TESTEMUNHA: Sr. JOSCINALDO DELGADO, “CATRACA”

"Catraca" a peça que faltava.
Como já informado o depoimento na Justiça Eleitoral do Sr. Joscinaldo Delgado, conhecido como “Catraca”, foi o mais esclarecedor sobre como teria funcionado a compra e venda de votos em Belterra e que pode ter influenciado diretamente a eleição para os cargos de vereador e prefeito.

Leiam abaixo e saibam como tudo aconteceu, segundo o depoimento de “Catraca”, depoimento este requerido pelo Ministério Público e deferido pela juíza que entendeu que o depoimento poderá influir no julgamento.

AS PERGUNTAS DA EXCELENTÍSSIMA JUÍZA “CATRACA” RESPONDEU

Sobre a Prisão em Flagrante

No inicio do depoimento “Catraca” disse confirmou que foi preso no dia da eleição, quando entregou o valor de R$ 100,00(cem Reais) para Roberto em frente a casa do então candidato Marlisson (PT).

Confirmou que entregou o valor de R$ 100,00(Cem Reais) para Roberto e que o valor se referia a parte do pagamento pela compra do voto de Roberto e de mais 2 colegas de Roberto.

Sobre a compra de voto para a Prefeita Dilma Serrão(PT)

Afirmou ainda que Roberto mencionou que negociaria o voto de mais 2 colegas que teriam ido de Santarém para Belterra para votarem em Marllison(PT) na candidata a prefeita Dilma Serrão(PT), sendo que posteriormente seria entregue a Roberto um valor total de R$ 300,00(trezentos reais) pela compra dos votos.

Sobre o dia da eleição

Seguindo em seu depoimento “Catraca” Que trabalhava, na época, na prefeitura  municipal como agente administrativo e que no momento em que foi preso estava em frente a residência de Marllison(PT).

Falou conhecer Roberto que trabalhava na prefeitura, e que no dia da eleição logo pela manhã esteve na residência da genitora de Marllison, local onde este também residia, e pela parte da manhã do dia da eleição Roberto procurou a Zelma em sua residência e esta perguntou para o “Catraca” o que ele achava já que Roberto informava que teria 3 votos, sendo que “Catraca” teria comentado com Zelma que Roberto “estava com a gente”.

Já pela parte da tarde Roberto ligou para Zelma, porém “Catraca” teria atendido a ligação e combinaram para que Roberto fosse até a residência de Zelma para acertar o pagamento ressaltando que tanto “Catraca” quanto Zelma estavam cismados.

Afirmou ainda que foi a pessoa que entregou os valores para Roberto e após entregar o valor de R$ 100,00(cem reais) foi preso por policiais.

Sobre de quem recebeu o dinheiro da compra de votos

Dando sequência em seu explosivo depoimento “Catraca” disse que foi a sra. Zelma quem entregou o valor para que o ele repassasse para Roberto, sendo que Marlisson(PT) se encontrava na porta da casa e tinha o conhecimento da compra do voto de Roberto, esclarecendo que quem tomava frente era a mãe do candidato Marllison(PT), mas este tinha conhecimento de tudo o que acontecia.

AS PERGUNTAS FORMULADAS MINISTÉRIO PÚBLICO, “CATRACA” RESPONDEU:

Negociação de voto por emprego

A testemunha falou que trabalhava durante a campanha e relatou que ocorreu negociação anterior em troca de voto, inclusive de um rapaz para o qual foi oferecido emprego na prefeitura em troca de 7 votos de seus familiares.

Sobre envolvidos e quem trabalha na prefeitura

Seguindo o depoimento “Catraca” disse que não mais trabalha na prefeitura, não mantendo contato com Roberto Moroni, e que este continua trabalhando na prefeitura, pois seria concursado, inclusive que o pai e a irmã de Roberto também trabalham na prefeitura e também seriam concursados, informando também que tem um irmão de Roberto que trabalhava na prefeitura, mas seria contratado.

Sobre a distribuição de Combustível

Segundo o depoente no dia da eleição também houve distribuição de combustível, tanto diesel quanto gasolina, que ficaram estocados na residência da genitora de Marllisson(PT) para que fossem distribuídos no dia da eleição.

AS PERGUNTAS FEITAS PELO ADVOGADO DE MARLLISON(PT), DR. DILTON TAPAJÓS, “CATRACA” RESPONDEU:

Sobre seu relacionamento com Roberto

Que era conhecido de Roberto, mas não eram amigos; Que tenha conhecimento, os contatos com Roberto para compra do voto se iniciaram no dia da eleição pela parte da manhã;

Sobre seu trabalho e o envolvimento com a família de Marlisson(PT)

“Catraca” afirmou que trabalhava como auxiliar para a sra. Zelma e  para o próprio representado durante todo o período da campanha eleitoral, e que soube que Roberto pretendia vender o voto através de informações repassadas pela sra. Zelma, a qual relatou que havia recebido ligação de Roberto e que Messiane (irmã do representado) também já havia falado com Roberto.

Sobre o paradeiro de Marlisson(PT) no dia da eleição

Neste item “Catraca” confirmou que encontrou Marllison(PT) na hora do almoço e pela parte da tarde e que este também estava na residência, inclusive no momento em que foi preso o Marllison(PT) se encontrava na residência.

Sobre reunião na Delegacia de Policia

O depoente, afirmou que não teve conhecimento de reunião ocorrida na delegacia de polícia com a participação de Roberto, encerrando assim o seu bombástico depoimento.

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