COOMFLONA e ICMbio realizam encontro com executivo e legislativo de Belterra

No ultimo dia 04 estivemos na sede do empreendimento Ambé no município de Belterra, onde foi realizado um encontro com diversas lideranças entre elas a prefeita municipal de Belterra Dilma Serrão, secretários municipais assessores, a presidente do legislativo Laura Mota e vereadores, gestor da Floresta do Tapajós Fábio Menezes de Carvalho  representando o ICMbio, Sérgio Pimentel presidente da COOMFLONA e Orivaldo Serrão presidente da Federação da Flona. Esteve presente também o Vive- presidente da COOMFLONA Abdon Serrão e Aluizio Patrocínio ex- presidente da STTRB ( Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Belterra) atual coordenador de organização comunitária e institucional da COOMFLONA que ministrou a palestra sobre o empreendimentos Ambé.  

 

Sergio Pimentel (COOMFLONA) 

O evento faz parte da programação da Semana  do Meio Ambiente e segundo  Sergio Pimentel presidente da COOMFLONA tem o objetivo de mostrar para o município um pouco do projeto, bem como os benefícios que vem trazendo e o apoio as comunidades e também sua importância para o meio ambiente e para o município já que o projeto de manejo de madeira dentro da Flona Nacional do Tapajós é uma referencia e é mais conhecido fora da região onde está instalado o projeto Ambé, tanto que tem recebido visitas importante entre elas do presidente do ICMbio, ministros do TCU ( Tribunal de Contas da União)  e nos próximos meses vai receber a primeira ministra da Noruega, que vem aqui especialmente para conhecer o projeto. Sergio destacou ainda a importância da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA que tem ministrados cursos para os colaboradores do projeto e em contra partida tem feito seus estágios dentro do empreendimento Ambé. Isso pra nós é gratificante finalizou o presidente da Cooperativa da Flona do Tapajós – COOMFLONA.

O evento acontece em um momento oportuno onde o ICMbio juntamente com a COOMFLONA tem recebido duras criticas na Câmara Municipal de Belterra, principalmente  pelo líder do governo vereador Willames Sousa (PT), que reclama das cobranças feitas nas entradas da Floresta Nacional do Tapajós no valor de 5,50 reais que segundo o vereador não fica nada para as comunidades e em relação a madeira extraída da flona que fica dentro do município também não é deixado nada dos impostos para Belterra.

Vet. Uillames

O vereador esteve presente ao evento, mas não quis falar com a nossa reportagem a respeito do assunto e ouviu calado a explanação feitas pelos representantes da COOMFLONA e ICMbio .

Prefeita Dilma

 Já a prefeita Dilma Serrão (PT), em seu pronunciamento falou da importância do evento e reconheceu a importância do empreendimento Ambé para o município, inclusive agradecendo pelas parceria da COOMFLONA com o município como doação de madeiras para a construção de escolas e a parceria na recuperação das estradas dentro da Floresta Nacional e nos projetos do ICMbio para a geração de renda no município de forma sustentável que tem mudado a qualidade de vida de forma significativa do povo tradicional da FLONA. A prefeita falou ainda da parceria na construção das casas que vão ser construídas em parceria com o ICMbio e a prefeitura para os moradores que viviam na comunidade do Chibé e finalizou dizendo que espera que as parcerias continue e que possa ser ampliadas para que mais pessoas possam ser beneficiadas dentro do município.

Fabio Carvalho - Chefe da Flona (ICMbio)

Para o chefe da Floresta Nacional do Tapajós Fabio Carvalho a parceria com a COOMFLONA é total o Instituto Chico Mendes- ICMBio  apóia o projeto de Manejo Sustentável em total sintonia com a cooperativa. Segundo o chefe da Flona a COOMFLONA hoje é a cooperativa mais fiscalizada do Brasil é um modelo a ser seguido e que trás riquezas para as populações tradicionais da Floresta Nacional do Tapajós. Quanto ao valor cobrado nas entradas que dão acesso a Flona, Fabio nos disse que um valor estipulado pela legislação federal e que é cobrado em outras unidades de conservação e quem paga este valor de 5,50 reais é só os turistas e quem mora dentro das unidades não pagam e o valor arrecadado vai para os cofres da União não ficando nada para o ICMbio e nem para as comunidades. Outro ponto que é importante esclarecer é que segundo Carvalho existe um Conselho Consultivo da Floresta Nacional do Tapajós e foi este conselho quem solicitou a colocação dos portões nas entradas da Flona, até porque a população se sentia insegura  por conta de constantes assaltos e tiroteios que aconteciam dentro da unidade.

Empreendimento Ambé

A gestão de Fabio Carvarlho a frente da Floresta Nacional do Tapajós é bastante elogiada por lideranças de Associações e moradores segundo eles depois da sua chegada na Flona foi estabelecido um dialogo onde mais de vinte encontros já foram realizados e que levaram a conquista de vários pontos positivos. “Hoje vivemos com melhor qualidade de vida, graça ao Instituto Chico Mendes e a COONFLONA aprendemos a valorizar aquilo que sempre esteve ao nosso alcance que era a natureza e nós não enxergávamos, queríamos derrubar desmatar fazer pastos e criar gado. Hoje não, a história mudou sabemos que é possível viver sem destruir” disse um morador.

Outro encontro em data ainda indefinida deverá acontecer entre o ICMbio, Empreendimento Ambé, executivo e legislativo Belterrense, onde o objetivo será conhecer de perto o local onde é feito o manejo de madeira dentro da Floresta Nacional do Tapajós pelo empreendimento Ambé.