terça-feira, 14 de abril de 2015

Câmara discute tema da Campanha da Fraternidade 2015 

É de autoria do Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Vereador Reginaldo Campos (PSB), o requerimento que pediu a sessão especial desta terça-feira, 14/04, para discutir amplamente o tema da Campanha da Fraternidade de 2015. “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), buscando recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

 

Presidente defende a unidade religiosa 

Falando a ASCOM/CAMARA, o presidente da Casa de Leis, Reginaldo Campos (PSB), destacou a importância da unidade das religiões presentes na sessão através de Padres,  Pastores e Leigos Religiosos, “importantíssima essa unidade, pregada pelo próprio Jesus, temos que estar unidos em um só corpo e um só coração, é o que a Bíblia nos pede para fazermos e hoje a Igreja Católica está sendo homenageada na Câmara Municipal de Santarém, através do tema da Campanha da Fraternidade, onde várias igrejas e denominações religiosas estão presentes, juntando-se na busca de uma vida melhor e de uma harmonia na sociedade”, ressalta.

“O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é: “Fraternidade: igreja e sociedade”. Então é importante que estejamos unidos em favor da vida, dos valores e princípios cristãos, pregados pelas igrejas”, defende o presidente da Câmara.

Opiniões Foram vários os segmentos religiosos que participaram da sessão especial, numa resposta perfeita ao tema da campanha, “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.

Para o pastor Marcos Dirceu, da Igreja Batista Central, o tema é relevante por estar a Igreja presente na sociedade. “o Cristo da nossa fé, nos convoca como Igreja a sinalizar o seu reino aqui neste mundo, bem como pelas ações em trazer melhorias e estratégias de dignidade para a sociedade”, assegura.

Outro ponto importante focado pelo pastor Dirceu, foi o fato do diálogo que em sua opinião reina hoje entre as denominações religiosas, o que ele considera importante, quando se trata de trazer fator positivo para a sociedade. 

O Pastor Almir Manuel da Luz, da Primeira Igreja Batista entende que a igreja está presente no mundo para fazer a diferença. “Se nós não estivermos cumprindo a nossa parte, como fica a nossa sociedade”? Questiona.

“Percebemos hoje que o mundo, a escola e a sociedade estão perdendo seus valores, mas a Igreja não pode perdê-los porque são valores eternos, é nisso que se baseia fazer a diferença”, explana.   

Eva Rosane Gentil Lobato Sampaio, católica praticante, avalia o tema e a sessão com a participação dos diversos segmentos religiosos, como parte de uma sociedade, onde todos os cristãos fazem parte dela.

“Somos membros desta sociedade e o cristão precisa exercer a sua fraternidade nos vários momentos de sua atuação em família, no trabalho, na Igreja e na sociedade, daí a necessidade do cristão empenhar-se na proteção da vida em sociedade, é o que visa essa campanha”, destaca. 

O Pastor João Martins, da Igreja da Paz, considerou importante o tema da Campanha da Fraternidade, ser discutido pelos diversos segmentos religiosos. Segundo ele, a Igreja tem um papel preponderante na sociedade, exatamente para ajudar as autoridades, a ver e rever alguns assuntos, que desrespeitam a si própria.

“Esse tema Igreja e sociedade é muito importante, porque a Igreja não pode se omitir de cuida dos assuntos religiosos, do apascentamento das ovelhas de forma interna, mas também tem que ter o olhar para fora, exatamente para ajudar de uma forma equilibrada a solucionar os problemas da sociedade”, avalia João Martins.

O pastor acredita que o tema da campanha da fraternidade, é uma grande contribuição que a Igreja pode dar para as autoridades, que representam a sociedade, não só do Município, como do Estado e da Nação.

Com relação à presença na sessão de padres e pastores, João Martins disse que; “Nós não podemos nos digladiar, cada um vai fazer a sua parte e prestar contas diante de Deus, das suas ações. A Igreja como um todo, precisa ter essa visão de colaboração, esse é o seu papel, que outros briguem, façam o que bem entendam, mas a Igreja tem que ter um outro pensamento e sentimento”, adverte João Martins.

 

O tema da Campanha da Fraternidade de 2015 é ampliado  

Para o Padre Ademar Ribeiro, representante da Diocese de Santarém, o tema da Campanha da Fraternidade, tem um formato ampliado, não se restringindo apenas ao âmbito católico e a temática abordada, envolve a todos. “A igreja é feita de homens e mulheres e tem, portanto a importância em comprometer-se com aquilo que envolve a sua própria vida” avalia.

Em seu entendimento, Padre Ademar enfatiza que o tema abordado, faz essa ampliação da participação de todos os segmentos religiosos e sociais, responsabilizando as pessoas em assumirem o seu papel de ser cidadão, promovendo o diálogo em todas as esferas. 

“Essa ampliação religiosa, percebida na sessão de hoje da Câmara, esse ecumenismo que se ressalta, é de fundamental importância e só vem facilitar êxitos, para que a gente viabilize o bem estar das pessoas”, enfatiza.

Padre Ademar destaca que a sessão foi solicitada pela Diocese de Santarém, mas a iniciativa de convidar os diversos segmentos religiosos é da Câmara, pelo que ele agradeceu em nome da Diocese de Santarém. 

O presidente da Câmara, Reginaldo Campos, no final da sessão avaliou positivamente o debate. Segundo ele, o evento contou com a participação de segmentos das igrejas católica e evangélicas por meio do conselho de pastores, alunos, professores e órgãos de segurança de Santarém.

Reginaldo disse que estão de parabéns, a Igreja Católica e o Bispo de Santarém Dom Flávio Giovenale pela iniciativa de solicitar a Casa de Leis uma sessão para tratar de um assunto tão relevante, que é a Campanha da Fraternidade 2015.

O vereador disse ainda que a Câmara de Santarém sente-se honrada em participar e contribuir com o debate proveitoso em favor da sociedade, buscando uma vida melhor aos santarenos e ao povo do Oeste do Pará. “Precisamos lutar por uma sociedade onde a cultura de paz possa prevalecer e a unidade e o diálogo entre as igrejas possam se fortalecer a cada dia” avaliou. Segundo ele, esse é o papel do Poder Legislativo de congregar, de aproximar as diferenças para que se posse conviver e construir uma sociedade mais justa e fraterna e uma cultura de paz social. 

ASCOM/C.M.S

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