"Órgão decidiu manter suspensas as visitas por conta de danos ambientais. Informação foi divulgada ao G1 pelo ICMbio na tarde de ontem, quarta-feira (30)".
As visitas ao igarapé da comunidade Jamaraquá, localizado na Floresta Nacional do Tapajós (Flona do Tapajós), em Belterra, oeste do Pará, que estavam proibidas entre 16 de janeiro e 31 de março vão continuar suspensas por tempo indeterminado. A decisão foi tomada no dia 11 de março em reunião entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e moradores da comunidade. A informação só foi divulgada ao G1 na tarde de ontem, quarta-feira (30).
De acordo com o chefe da Flona, José Risonei Silva, o motivo da suspensão das visitas ao igarapé é por conta dos danos causados ao manancial com o aumento das chuvas na região. Nesse período, o igarapé fica mais vulnerável aos danos ambientais, entre eles a erosão, que provoca o deslocamento de terra e a seca. O ICMbio ressalta ainda que os problemas de erosão também podem ser agravados com o trânsito de veículos no local, por isso a preocupação em proibir as visitas.
Durante uma vistoria feita na área por técnicos do ICMBio, foi constatada também que a ponte construída sobre o igarapé e a estrada de acesso à comunidade Jamaraquá estão em precárias condições, o que pode comprometer a segurança dos comunitários e visitantes. Por isso, o tráfego de veículos foi proibido.
Ainda segundo Silva, o ICMbio pretende começar trabalhos de recuperação ambiental no igarapé nos próximos meses e não há previsão para que o espaço volte a ser liberado para visitas.
Entenda
O igarapé do Jamaraquá fica situado dentro da Floresta Nacional do Tapajós (Flona). O manancial começou a ser um dos atrativos turisticos mais frequentados da região por conta da beleza natural, com águas cristalinas, frias e por ser um ambiente tranquilo e agradável. Desde então, o igarapé passou a receber muitos visitantes, principalmente aos fins de semana. Por ser um local pequeno, o igarapé já não suportava a quantidade de visitantes.
Devido ao aumento de visitantes, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estabeleceu algumas regras com a intenção de ordenar o uso do local e a prevenção da degradação ambiental. As recomendações começaram a valer no dia 9 de janeiro de 2016, mas por causa do descumprimento das normas estabelecidas para visitas, o ICMBio decidiu proibir a presença de visitantes, que passou a valer no dia 16 de janeiro e terminaria dia 31 de março.
Fonte: Via Amazônica
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