Lúcio Santarém
Uma notícia muito triste para o esporte santareno. Segundo informações, Lúcio Santarém começou a passar mal, ainda na manhã de ontem, sexta-feira (26). Procurou atendimento no Pronto Socorro Municipal (PSM). No período da tarde, ele foi liberado e voltou para sua residência. À noite, voltou a passar mal e retornou ao PSM, onde faleceu por volta de 5h15, deste sábado (27), na sala de reanimação.
O ex-jogador e 1º Campeão Brasileiro da Série “D”, – como treinador – Lúcio atualmente era o responsável pela administração do Estádio Colosso do Tapajós. Entre os amigos a comoção é geral. Familiares parecem não acreditar, e procuram uma explicação para uma partida tão repentina.
O corpo de Lúcio Santarém será velado em sua residência, Beco José Almeida, entre as travessas D.Frederico Costa e Rosa Passos, no bairro da Prainha.
Lúcio Santarém foi um grande centroavante do futebol do Pará nos anos 70. Valente, artilheiro e raçudo, representava para o Pará mais ou menos o mesmo que Bife para o Mato Grosso e Sima para o Piauí.
Eles foram artilheiros maravilhosos, mas sem a mídia dominadora do sul, que sempre privilegiou o Rio, São Paulo, Minas e o Rio Grande do Sul; e também um pouquinho de Paraná, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina.
Lúcio Santarém, Sima e Bife não tiveram satélite, Embratel, Internet ou boa vontade da mídia.
Nascido em 08 de novembro de 1956, na cidade de Santarém/PA, também atuou com grande sucesso no futebol português, defendendo o Vitória de Guimarães e o Portimonense entre 1981 e 1984.
Regressou ao Brasil para jogar pelo Bahia, onde conquistou o campeonato estadual de 1984. Encerrou sua carreira pelo Atlético de Rio Negro, de Manaus, após sofrer um grave acidente. Ele estava no ônibus de seu time, que despencou em uma perigosíssima ribanceira paraense. Lúcio Santarém foi o mais afetado, com múltiplas fraturas nas pernas, joelhos, clavícula, braços e rosto.
Foi administrador do principal estádio de Santarém, o “Barbalhão” e como treinador dirigiu o Tuna Luso e o São Raimundo, onde, em 2009, dirigiu esta equipe na épica conquista da série D do Campeonato Brasileiro, em grande virada na finalíssima contra o Macaé, do Rio de Janeiro por 2 a 1.
O “Colosso do Tapajós” estava lotado e Lúcio Santarém conquistou mais uma glória em sua brilhante carreira. Mas ele quer mais:
“Que Santarém saia do domínio do Pará, precisamos criar o Estado de Tapajós, como foram criados os dois estados do Mato Grosso e como Tocantins deixou de ser goiano”, sonha o ex-artilheiro às margens do Amazonas. (Texto por Milton Neves).
Fonte: RG 15/O Impacto
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