sexta-feira, 28 de julho de 2017

Delegado diz que o estado vem fazendo o seu papel, enquanto alguns políticos só sabem fazer discursos demagógicos


 Delegado Geral do Pará Rilmar Firmino

 

Presidente do PSD, Ricardo José Peçanha, vulgo “Ricardo Chegado”

 
Antônio Genival executor de Diego Kolling

O delegado geral Rilmar Firmino declarou em entrevista coletiva, em Tucuruí na manhã desta sexta-feira (28), que o assassinato do prefeito de Breu Branco Diego Kolling foi totalmente solucionado, que tanto o mandante como o executor foram identificados e presos, e que o assassinato do prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes “Russo”, foi quase que totalmente elucidado, faltando apenas um “x” para a conclusão total, mas, salientou que, tanto o executor e o mandante foram também identificados, segundo Firmino, ambos os crimes tiveram conotações políticas.

Rilmar Firmino foi contundente em rebater de forma direta, as críticas quanto às investigações relativas à série de execuções de políticos com mandato no sudeste do Pará, feitas pelo deputado federal Eder Mauro (PSD) durante o funeral do prefeito Jones William na tarde da última quarta-feira (27), em Tucuruí.  

Segundo o deputado Eder Mauro, o braço do governo não chega a esta região e os serviços de segurança nada fazem para solucionar estes massacres aos prefeitos, “hoje os prefeitos estão amedrontados pelos inúmeros crimes sem solução na região”, em um discurso fervoroso e apimentado, o deputado Eder Mauro exigiu mais empenho dos órgãos de segurança, salientou que “o Secretário de estado de Segurança, e um general, e que não conhece a realidade de nosso estado, e muito menos de Belém, são centenas de assassinatos por mês sem solução, e nada esta sendo feito para evitar este caos que o povo vive, na verdade nem no estado do Pará este general mora”.

“Temos que nos unir e dar uma reposta as estes governantes que nada fazem pela segurança de nossa população”, disparou Eder Mauro.

Tudo leva a crer, que o discurso caloroso do deputado federal Eder Mauro, machucou em muito o ego dos dirigentes dos serviços de segurança do estado, pois rapidamente se deflagrou inúmeras ações que resultaram no desbaratamento dos algozes do prefeito Diego do Alemão, assassinato em maio passado.

Segundo o delegado geral Rilmar Firmino, foram cinco os assassinatos de políticos na região, de janeiro do ano passado até hoje. 

Ele reafirmou não ter dúvida que vão colocar todos aos criminosos na cadeia, "ao contrário das declarações irresponsáveis de deputados que não têm compromisso com a verdade, que usam da imunidade parlamentar para semear a discórdia e dizer que a polícia não investiga", alfinetou. 

O delegado geral afirmou que, referente ao caso de Goianésia do Pará, pouca gente sabe, mais o prefeito João Gomes, o Russo, foi morto a mando do finado vereador Zé Ernesto (também assassinado a tiros, no dia 18 de fevereiro deste ano, menos de um mês depois da morte de Russo). 

O pistoleiro que executou Russo está preso, e foi capturado no Piauí, faltando apenas um “x” para esclarecer totalmente os crimes de Goianésia, e estaremos informando a todos o fechamento deste inquérito. 

Firmino também enfatizou que, ‘alguns políticos se aproveitam destes fatos tristes que comovem a sociedade para se promoverem’, haja vista estarmos às vésperas de eleições, mas o estado esta presente e conforme tínhamos afirmado em outra entrevista, “foi comprovado o que todo mundo já desconfiava, estes crimes estão interligados e é consequência do envolvimento dos políticos com uma máfia que atua na região”. 

Sem identificar ninguém ou esclarecer de que exatamente se trata, o delegado geral mencionou que, "infelizmente, na política, pessoas de bem acabam fazendo acordos espúrios, e assim acaba acontecendo como acontece no tráfico de drogas", e que "se trata de cobiça, de ambição pelo poder, como foram os casos de Goianésia, Breu Branco e agora aqui em Tucuruí, a exemplo, o mandante da morte de Diego Kolling em Breu Branco, foi “Ricardo Chegado” que era uma pessoa intima da família Kolling, e presidia o partido o qual o prefeito Diego Kolling foi eleito, como Diego do Alemão não aceitou as formas espúrias que “Ricardo Chegado” queria implantar como o principal fornecedor de serviços ao município, “Ricardo Chegado” decidiu ao vê suas ambições serem contrariadas, tirar a vida de Diego do Alemão".

“Os crimes políticos são os piores para serem apurados e elucidados”, por não se tratarem de latrocínio, os mandantes são aqueles “que vão ao velório, e até carregam o caixão da vítima, mas no fundo são os responsáveis por terem tirado a vida daquele pai de família que estava investido na função pública pela vontade popular”.

O delegado geral voltou a reafirmar que, os prefeitos assassinados - "pessoas de bem, que não tinham inimigos e não viviam na bandidagem" - fizeram articulações com gente errada, e concluiu que "dentro da política tem algumas articulações que acabam com as pessoas de bem pagando com a vida".

Assim como fizemos em Breu Branco, elucidando e anunciado que o mandante da morte de Diego Kolling foi o presidente do PSD, Ricardo José Peçanha, vulgo “Ricardo Chegado”, pessoa de relação muito próxima do deputado federal Eder Mauro por ser presidente do diretório Municipal do seu partido, também prendemos o executor Antônio Genival, inclusive de posse de uma arma de fogo Calibre 38, mesmo calibre usado para a execução do prefeito Diego, isso tudo só foi possível ser apurado, através do trabalho conjunto do Ministério Público, Justiça de Breu Branco, Policia Civil e Militar e seus setores de inteligência na região e na capital, além de pessoas de bem que se esporam e ajudaram na elucidação deste crime.

Cerca de 40 policiais realizaram o cumprimento dos mandados de prisões provisórias.


Fonte: Jornal de Tucuruí 

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