terça-feira, 14 de abril de 2020

CORONAVIRUS NOS ESTADOS UNIDOS- "Se tivéssemos, desde o início, fechado tudo, as coisas poderiam ter sido um pouco diferentes", diz médico conselheiro da Casa Branca

Os Estados Unidos "poderiam ter salvado vidas" se tivessem adotado mais cedo medidas restritivas para conter o avanço do novo coronavírus, disse neste domingo (12) Anthony Fauci, médico especialista em doenças infecciosas e um dos principais integrantes da força-tarefa criada pela Casa Branca para responder à pandemia.

"Se tivéssemos, desde o início, fechado tudo, as coisas poderiam ter sido um pouco diferentes", disse o médico à rede de televisão CNN, reconhecendo no entanto que outras circunstâncias dificultavam a tomada deste tipo de decisão.

Os EUA têm mais de 547 mil casos de coronavírus e 21.418 mortes, com Nova York sendo o epicentro da doença no país.

Fauci também sugeriu na entrevista que algumas localidades dos EUA poderiam voltar a uma rotina normal já em maio.

Regras de distanciamento social no país foram anunciadas pelo governo do presidente Donald Trump em 16 de março. Depois, estas foram estendidas para abril.

Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos desde 1984, Fauci, 79 anos, é um dos principais especialistas do mundo em epidemias. Ele serviu aos governos de seis presidentes de ambos os partidos republicano e democrata (Ronald Reagan, George Bush, Bill Clinton, George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump). Nesta trajetória, o médico teve papel crucial no combate a diversas epidemias anteriores, principalmente a de HIV/Aids, a partir dos anos 1980.

O que Fauci disse?

Quando perguntado por um âncora da CNN sobre uma reportagem do jornal "New York Times" que apontou que Fauci e outros conselheiros em saúde do governo sugeriram medidas mais agressivas no final de fevereiro, Fauci disse que técnicos como ele fazem recomendações "puramente do ponto de vista da saúde".

"Muitas vezes, a recomendação é aceita. Às vezes, não é. Mas as coisas são como elas são, e (o que importa) é onde estamos agora."
Fonte: G1

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