quarta-feira, 8 de setembro de 2021

POSSÍVEIS CASOS DA "DOENÇA DA URINA PRETA" DEIXA SANTARÉM E REGIÃO SOBRE ALERTA

 

O caso suspeito de doença de Haff, também conhecida como ‘doença da urina preta’, registrado em Santarém, no oeste do Pará, que teve como vítima o mototaxista por Genivaldo Cardoso de Azevedo, 55 anos, que morreu na manhã de terça-feira (7), no Hospital Municipal de Santarém, acendeu o alerta para o risco de consumo de três espécies de peixe em municípios da região. 

Apesar de não ter sido comprovada se a morte de Genivaldo foi por infecções e complicações casadas pela rabdomiólise, síndrome associada à ‘doença da urina preta’, um comunicado atribuído a dois setores da Secretaria Municipal de Saúde de Juruti, informa estar proíbido o consumo de três espécies de peixes: pirapitinga, pacu e tambaqui, provenientes do estado do Amazonas. Na manhã desta quarta-feira, a Prefeitura de Juruti confirmou a informação e o documento foi publicado.

 

 

 De acordo com a nota, além do consumo, a comercialização dessas espécies está suspensa, sobretudo os peixes oriundos do estado do Amazonas, mesmo que sejam de criatório.

 

O estado do Amazonas confirmou nesta terça-feira (7), mais um caso de rabdomiólise, após cinco dias sem novas notificações da síndrome, e passou a ter 55 casos confirmados. É a terceira vez que o estado enfrenta um surto da doença.

 

Chamada popularmente de “doença da urina preta”, a infecção alimentar é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes e crustáceos — como salmão, pacu-manteiga, pirapitinga e tambaqui.

 

Neste ano, cinco pessoas foram identificadas com a Síndrome de Haff em Pernambuco. No ano passado, 45 casos também foram identificados na Bahia.

 

Segundo informe de uma organização social adminitradora de hospitais, "quando a urina escurece, é sinal de uma insuficiência renal, complicação grave da doença de Haff. Outro agravante é o aumento da pressão arterial nos órgãos. Ambos diagnósticos podem causar óbitos. Contudo, não dá para saber se o peixe está infectado, pois não se sabe qual toxina transmite a doença e ela não altera sabor nem cor do alimento — também não é destruída após o cozimento."

 

A OS ressalta que "é importante procurar um serviço de saúde logo após o início dos sintomas e assim iniciar o tratamento. Normalmente é indicado que a pessoa fique bem hidratada nos próximos três dias para tentar eliminar a toxina pela urina. Analgésicos também podem ser recomendados para conter as dores, assim como diuréticos, que promovem a limpeza do organismo."

 

Um dos municípios amazonenses que teve registro de casos da doença é Parintins, vizinho ao município de Juruti. 

 

O município de Oriximiná fez uma alerta à população sobre a doença da urina preta. Leia o texto no final desta matéria.

 

Santarém

 

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), informa que foi notificada pela Núcleo de Epidemiologia Hospitalar do Hospital de Santarém sobre um possível caso suspeito de Doença de Haff. A equipe de  vigilância epidemiológica local, com apoio da CRS está realizando a investigação para confirmar ou descartar a suspeita.  O Cievs/Sespa segue acompanhando o caso.


 
O médico Vinícius Savino, diretor técnico do Hospital Municipal de Santarém, explicou que em relação ao caso suspeito da doença atendido pela unidade médica, os sintomas do paciente podem ter sido decorrente de várias outras patologias que se assemelham com os sintomas da síndrome de Haff. "Encaminhamos os dados e amostras de sangue para Belém para que seja feita uma melhor avaliação e chegue a um diagnóstico preciso".

 

O médico confirmou que a cor da urina de Genivaldo estava preta, mas sem exames detalhados não pode confirmar se realmente se trata da doença de Haff.

 

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Prefeitura de Oriximiná

NOTA DE ALERTA(03.07.2021)

Síndrome de rabdomiólise, associada à "doença da urina preta" (Doença de Haff).

A Diretoria de Vigilância em Saúde, através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica alerta sobre os casos de síndrome de Haff ou Rabidomiólise, doença da urina preta com ocorrência no Estado do Amazonas.

É uma doença rara e é correlacionada com a ingestão de certos peixes e crustáceos de água doce, conservados em condições inadequadas, sendo causada por uma toxina não identificada.

A doença de Haff não possui tratamento específico. É importante observar a coloração da urina, caso esteja escurecida, deve ser entendido como sinal de alerta.

Em casos suspeitos, estabelecer vigilância, evitar uso de antibióticos e em casos de manifestações clínicas compatíveis procurar atendimento médico para avaliação.

O Governo Municipal informa que está tomando todas as medidas de prevenção em Oriximiná devido aos casos notificados no Estado do Amazonas e que não há motivo para pânico.


Com informações de Estado Net

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