A eleição de 2024 trouxe surpresas em Santarém. Entre elas, destaca-se o fato de alguns vereadores eleitos não terem declarado nenhum patrimônio, apesar de registrarem campanhas caras. Um caso que tem chamado atenção é o da vereadora Bárbara Matos, do Partido Progressista (PP). Segundo os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bárbara não declarou bens, mas gastou aproximadamente 50 mil reais na campanha.
A situação levanta uma série de questionamentos. Como alguém sem patrimônio consegue arrecadar ou investir uma quantia significativa em uma disputa eleitoral? Quais foram as fontes exatas desses recursos? E, principalmente, o que esse cenário representa para a ética e a transparência da política local?
A legislação eleitoral permite que os candidatos recebam doações de pessoas físicas, partidos e fundos públicos, mas exige a prestação detalhada dessas contas. Situações onde os gastos superam de forma desproporcional a realidade financeira dos candidatos ou onde não há declaração de bens sempre geram dúvidas sobre a origem dos recursos.
Além disso, especialistas destacam que a ausência de bens declarados não significa necessariamente ausência de patrimônio. Em alguns casos, pode apontar omissões na declaração ou estratégias para evitar questionamentos sobre o uso de recursos na campanha.
A sociedade e entidades fiscalizadoras devem estar atentas para garantir que essas situações sejam investigadas e esclarecidas. Transparência é um princípio fundamental para o bom exercício da função pública. Vereadores, como representantes diretos do povo, precisam demonstrar compromisso com a ética desde a campanha até o exercício do mandato.
A população de Santarém tem o direito de acompanhar de perto a atuação dos novos vereadores e cobrar explicações claras sobre qualquer irregularidade aparente. Afinal, o combate à corrupção e o fortalecimento da democracia começam com uma gestão pública limpa e transparente.
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