Por Dayan Serique
Professor, blogueiro e vereador
A Liberdade de expressão, assim como a liberdade religiosa e tantas outras conquistas não podem retroagir, muito menos ser atacada, pelo contrário, devem ser fortalecidas a cada dia. É preciso que saibamos conviver com as diferenças e aprendermos que o certo nem sempre é aquele que concorda com que a gente fala ou pensa, pois vivemos em um país democrático, onde o Estado democrático de direito deve prevalecer assim como o pensamento plural e divergente.
Entristece-me muito ver agentes políticos ao ser interpelados pelas mídias sociais, blogs e jornais assacarem que estão sendo vítimas de perseguição, quando na verdade estão sendo apenas inquiridos, questionados e esse é o papel da imprensa, que tem a obrigação de trazer luz sobre os fatos, de investigar e buscar a realidade dos acontecimentos. O que não pode é sufocar, abafar ou tentar desqualificar o papel da imprensa, pois como já dizia Voitare “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o ultimo instante seu direito de dizê-la”. Esse é o espírito que deve reinar e não o de cercear o direito a informação e a liberdade de imprensa e expressão.
Quem detém um mandato eletivo, é pessoa pública, então, já sabe que suas ações serão sempre alvo de jornais, blogs, sites e das mídias sociais, desta forma, não adianta achar que a imprensa é inimiga ou que é isso ou aquilo, a imprensa nada mais é do que o canal de informação que a população tem, é quem divulga as mazelas, os corruptos, as leis, os direitos dos cidadãos, e para chegar aonde chegou, muito lutaram, muitos foram mortos, lutando pelo fim ditadura, pela liberdade de expressão e de imprensa.
Finalizando, quero aqui citar a frase da presidente da República Dilma Rousseff, ocupante do maior cargo político do Brasil, tanta vezes criticada pelos meios de comunicação, mas com espírito elevado, destacou a importância da imprensa, na abertura da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, e assim se pronunciou “Estou convencida de que, mesmo quando há exageros, e sabemos que em qualquer área eles existem, é sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio das ditaduras”.
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