Na noite passada, véspera de seu aniversário de 80 anos, FHC recepcionou cerca de 500 convidados num jantar na Sala São Paulo, centro da capital paulista.
Em entrevista, foi inquirido sobre a crise que levou à demissão de Antonio Palocci e à substituição do coordenador politico Luiz Sérgio por Ideli Salvatti.
"Era melhor não ter perdido [os dois ministros], mas a presidente não é responsável por isso. Acontece", disse FHC.
Instado a julgar a gestão Dilma, respondeu: “É cedo”. Evocou sua própria experiência:
"Como fui presidente, eu sei disso: a gente tem que esperar que as coisas aconteçam. Eu ficava muito irritado quando julgavam as minhas intenções".
Foi ao ar o sítio "80 FHC", uma homenagem aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, que serão completados no sábado (18).
Em meio a mensagens de velhos admiradores, há um texto de Dilma Rousseff. Ela recobre o aniversariante de elogios.
Chama-o, por exemplo, de “acadêmico inovador” e “político habilidoso”. Enaltece-o por um feito ao qual o PT se opôs: o Plano Real.
Dilma refere-se a FHC como “ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação...”
“...O presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica”.
A certa altura, realça as diferenças: “Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes”.
E retoma: “...Justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias.”
Encerra o texto com um "parabéns". Dedica “um afetuoso abraço” a FHC, a quem chama de “querido presidente”.
Blog do Josias de Sousa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor por favor assine o comentário, pois não publicaremos comentários de anônimo