O julgamento do crime da Mega-Sena recomeçou na tarde desta terça-feira no Fórum de Rio Bonito. As duas primeiras testemunhas previstas para o dia já foram ouvidas. Róbson Andrade Oliveira, amante de Adriana Almeida, reafirmou que mantinha relacionamento com a viúva até poucos dias antes da morte de Renné Senna. Já o administrador da fazenda do milionário, ROberto Ramalho, contou que foi demitido por Adriana e intimidado por seguranças. Cinco irmãos de Renné estão acompanhando a audiência.
Ramalho também confirmou que a viúva impedia Renné de receber visitas ou ir encontrar familiares. Ele contou que foi dispensado por Adriana, que afirmou querer trocar de administrador do imóvel. Aceitando a decisão, ele afirmou que só esperava a chegada do milionário que fora quem o contratou. Então, o chefe de segurança e falso PM, Anderson, tentou intimidá-lo, dizendo "respeite a decisão da dona Adriana". Roberto Ramalho respondeu que não estava desrespeitando ninguém e virou as costas, foi quando o segurança, que havia deixado a arma em cima da mesa da sala disse "você não dê as costas para mim".
A noite, horas depois da conversa, o administrador conversou com Renné Senna, que disse concordar com decisão da esposa e que ele deveria cumprir aviso prévio de 30 dias.
Caso e convite para 'morar junto'
Antes de Roberto, Róbson Andrade Oliveira, reafirmou que estava envolvido com Adriana até poucos dias antes da morte de Renné, e que a viúva afirmava que iria se separar e chegou a convidá-lo para que morassem juntos em um apartamento que ela comprou sem o conhecimento do milionário.
Adriana teria comprado apartamento sem o consentimento de Renné | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Segundo Róbson, ele conheceu a viúva em 2005, quando era motorista de van, na linha Rio Bonito-Alcântara. Eles mantiveram relacionamento por quatro meses e depois se separaram. Voltaram a se encontrar entre setembro e outubro de 2006, quando ele já trabalhava em uma concessionária de Rio Bonito. Ela, já casada, foi até lá para comprar um carro. A venda não se concretizou, após isso eles passaram a se falar com frequência até concretizar a venda e retomaram o caso. Ele afirmou que passou a se encontrar cerca de duas vezes por mês com a ex-viúva.
Em dezembro de 2006, Adriana teria comprado um apartamento em Arraial do Cabo, sem o conhecimento do marido, que deu o dinheiro sem saber que era para a aquisição de um imóvel. Segundo Róbson, Renné Senna descofiava que a mulher mantinha um relacionamento com um segurança, chamado Da Silva. O amante afirmou que Adriana queria se separar e que o convidou para morar com ela na Região dos Lagos. Eles passaram juntos o reveillón de 2007, mas, no dia 4 de janeiro se viram pela última vez, quando foram duas vezes para o apartamento, a segunda inclusive, por causa de uma briga de Adriana com o marido.
Ele afirmou que soube do assassinato de Renné Senna quando estava no posto de gasolina e que, na noite do mesmo dia, Adriana telefonou para ele, perguntando se sabia o que tinha acontecido com o marido. Segundo Róbson, ela parecia nervosa ao telefone. Após o novo rompimento, eles só teriam voltado a se encontrar no dia 23 ou 24 de janeiro, quando o antigo advogado da viúva pediu para que ele o levasse para um hotel no Rio. O próprio advogado pediu para que ele confirmasse toda a história do romance e que a ajudasse a mantê-la fora de casa, na eminência da expedição de algum mandado de prisão, para que houvesse tempo de conseguir um habeas corpus.Amiga é convidada a sair de sessão
A melhor amiga da viúva Adriana Almeida foi retirada da sala do júri na noite desta segunda-feira e impedida de acompanhar o julgamento no seu segundo dia, nesta terça-feira. Segundo a jovem, ela estava no salão do júri quando uma senhora ao seu lado disse que estava orando para que Adriana fosse absolvida. Elas teriam trocado poucas palavras em voz baixa, mas, uma jurada teria solicitado a juíza Roberta Braga que retirasse a amiga do local, o que foi acatado.
Nesta terça-feira, o advogado da viúva, Jackson Costa Rodrigues, chegou a assegurar que a amiga iria se comportar, e que ela apenas ouviu o que uma senhora falava, sem ter a intenção de coagir ninguém. Mesmo assim, ela foi impedida de entrar no local pela juíza.
Previsão de término na madrugada de quinta-feira
A juíza do caso Renné Senna, Roberta Braga, afirmou que espera ouvir pelo menos 12 testemunhas ainda nesta terça-feira. De acordo com a magistrada a fase de debates deve ser iniciada na quarta, quando defesa e acusação devem começar a confrontar argumentos e questionar versões de parte a parte. Roberta disse ainda que a previsão é de que o veredicto saia na mandrugada de quinta-feira.
Ela contou que já observou possíveis contradições das testemunhas que ainda não foram exploradas nem pelo Ministério Público e nem pela defesa. O julgamento dos acusados de envolvimento no assassinato do ganhador da Mega-Sena vai recomeçar na tarde desta terça. O advogado de defesa da viúva Adriana Almeida, de 33 anos, Jackson Costa Rodrigues, disse que está otimista com o resultado do julgamento, pois não há "nenhuma prova cabal" que tenha sido ou que vá ser apresentada.
Juíza pediu reforço na segurança
A magistrada afirmou nesta segunda-feira que teve sua segurança pessoal reforçada pela Polícia Militar por trabalhar no caso da morte de Renné Senna, assassinado em 2007. Ela reafirmou que o júri deve durar de três a quatro dias. Segundo Roberta, apesar da defesa dos acusados ter alegado problemas de segurança no Fórum, ela acredita que o julgamento deve ser concluído ainda nesta semana.
A personal trainer Janaína Oliveira, de 35 anos, chegou até o Fórum com sua filho de pouco mais de 1 ano nos braços, pois o bebê está em fase de amamentação. Janaína era casada com um dos acusados que já foi condenado, o ex-PM Anderson Sousa, mas se separou e casou novamente com um homem que conheceu na prisão Bangu 8.
A filha do milionário da Mega-Sena Renné Senna, Renata Senna, chegou por volta das 9h40 desta segunda, para o julgamento dos acusados de envolvimento na morte de seu pai. Ela estava acompanhada de seu marido quando chegou ao local. Alguns parentes da acusada de ser a mandante do crime, a viúva Adriana Almeida, de 33 anos, também já estão no Fórum. A população local começa a se aglutinar no entorno do local onde será realizado o julgamento.
Quatro pessoas serão julgadas, entre elas, a viúva acusada pelo Ministério Público (MP) que teria oferecido recompensa financeira aos demais envolvidos no crime. Além de Adriana, serão julgados a personal trainer Janaína Oliveira, de 35 anos, e os policiais militares Marco Antonio Vicente e Ronaldo Amaral, conhecido como China.
Marco Antonio é acusado pelo MP de ter prestado “auxílio moral” para o homicídio, tendo participado do planejamento do crime. Já Ronaldo foi denunciado por ter prestado “auxílio material”, tendo emprestado a motocicleta que transportou os executores do milionário.
Janaína vai a júri por ter, segundo o processo, apresentado o ex-PM à viúva. Há dois anos, ele e Ednei Gonçalves Pereira, ex-funcionário da Prefeitura de Niterói, foram condenados como executores da morte de Renné. A última data marcada para o júri foi dia 4 de outubro, mas o advogado de Adriana, Jackson Costa Rodrigues, apresentou documentos médicos pedindo o adiamento do júri. O advogado informou ter sofrido um AVC.
Desta vez, caso a defesa de Adriana apresente novamente argumento de enfermidade, a viúva será representada pela Defensoria Pública, de acordo com determinação da juíza que presidirá o julgamento, Roberta dos Santos Braga Costa, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito.
Fortuna hoje é de R$ 70 milhões
Renné Senna faturou sozinho R$ 52 milhões na Mega-Sena, em 2005. Atualmente, a fortuna está avaliada em R$ 70 milhões. Desde o crime, nenhuma das duas herdeiras pôde dispor do dinheiro, já que todas as contas bancárias e bens foram bloqueados pela Justiça.
Reportagem de Alessandro Ferreira e Gabriela Moreira- O julgamento do crime da Mega-Sena recomeçou na tarde desta terça-feira no Fórum de Rio Bonito. As duas primeiras testemunhas previstas para o dia já foram ouvidas. Róbson Andrade Oliveira, amante de Adriana Almeida, reafirmou que mantinha relacionamento com a viúva até poucos dias antes da morte de Renné Senna. Já o administrador da fazenda do milionário, ROberto Ramalho, contou que foi demitido por Adriana e intimidado por seguranças. Cinco irmãos de Renné estão acompanhando a audiência.
Ramalho também confirmou que a viúva impedia Renné de receber visitas ou ir encontrar familiares. Ele contou que foi dispensado por Adriana, que afirmou querer trocar de administrador do imóvel. Aceitando a decisão, ele afirmou que só esperava a chegada do milionário que fora quem o contratou. Então, o chefe de segurança e falso PM, Anderson, tentou intimidá-lo, dizendo "respeite a decisão da dona Adriana". Roberto Ramalho respondeu que não estava desrespeitando ninguém e virou as costas, foi quando o segurança, que havia deixado a arma em cima da mesa da sala disse "você não dê as costas para mim".
A noite, horas depois da conversa, o administrador conversou com Renné Senna, que disse concordar com decisão da esposa e que ele deveria cumprir aviso prévio de 30 dias.
Caso e convite para 'morar junto'
Antes de Roberto, Róbson Andrade Oliveira, reafirmou que estava envolvido com Adriana até poucos dias antes da morte de Renné, e que a viúva afirmava que iria se separar e chegou a convidá-lo para que morassem juntos em um apartamento que ela comprou sem o conhecimento do milionário.
Adriana teria comprado apartamento sem o consentimento de Renné | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Segundo Róbson, ele conheceu a viúva em 2005, quando era motorista de van, na linha Rio Bonito-Alcântara. Eles mantiveram relacionamento por quatro meses e depois se separaram. Voltaram a se encontrar entre setembro e outubro de 2006, quando ele já trabalhava em uma concessionária de Rio Bonito. Ela, já casada, foi até lá para comprar um carro. A venda não se concretizou, após isso eles passaram a se falar com frequência até concretizar a venda e retomaram o caso. Ele afirmou que passou a se encontrar cerca de duas vezes por mês com a ex-viúva.
Em dezembro de 2006, Adriana teria comprado um apartamento em Arraial do Cabo, sem o conhecimento do marido, que deu o dinheiro sem saber que era para a aquisição de um imóvel. Segundo Róbson, Renné Senna descofiava que a mulher mantinha um relacionamento com um segurança, chamado Da Silva. O amante afirmou que Adriana queria se separar e que o convidou para morar com ela na Região dos Lagos. Eles passaram juntos o reveillón de 2007, mas, no dia 4 de janeiro se viram pela última vez, quando foram duas vezes para o apartamento, a segunda inclusive, por causa de uma briga de Adriana com o marido.
Ele afirmou que soube do assassinato de Renné Senna quando estava no posto de gasolina e que, na noite do mesmo dia, Adriana telefonou para ele, perguntando se sabia o que tinha acontecido com o marido. Segundo Róbson, ela parecia nervosa ao telefone. Após o novo rompimento, eles só teriam voltado a se encontrar no dia 23 ou 24 de janeiro, quando o antigo advogado da viúva pediu para que ele o levasse para um hotel no Rio. O próprio advogado pediu para que ele confirmasse toda a história do romance e que a ajudasse a mantê-la fora de casa, na eminência da expedição de algum mandado de prisão, para que houvesse tempo de conseguir um habeas corpus.
Amiga é convidada a sair de sessão
A melhor amiga da viúva Adriana Almeida foi retirada da sala do júri na noite desta segunda-feira e impedida de acompanhar o julgamento no seu segundo dia, nesta terça-feira. Segundo a jovem, ela estava no salão do júri quando uma senhora ao seu lado disse que estava orando para que Adriana fosse absolvida. Elas teriam trocado poucas palavras em voz baixa, mas, uma jurada teria solicitado a juíza Roberta Braga que retirasse a amiga do local, o que foi acatado.
Nesta terça-feira, o advogado da viúva, Jackson Costa Rodrigues, chegou a assegurar que a amiga iria se comportar, e que ela apenas ouviu o que uma senhora falava, sem ter a intenção de coagir ninguém. Mesmo assim, ela foi impedida de entrar no local pela juíza.
Previsão de término na madrugada de quinta-feira
A juíza do caso Renné Senna, Roberta Braga, afirmou que espera ouvir pelo menos 12 testemunhas ainda nesta terça-feira. De acordo com a magistrada a fase de debates deve ser iniciada na quarta, quando defesa e acusação devem começar a confrontar argumentos e questionar versões de parte a parte. Roberta disse ainda que a previsão é de que o veredicto saia na mandrugada de quinta-feira.
Ela contou que já observou possíveis contradições das testemunhas que ainda não foram exploradas nem pelo Ministério Público e nem pela defesa. O julgamento dos acusados de envolvimento no assassinato do ganhador da Mega-Sena vai recomeçar na tarde desta terça. O advogado de defesa da viúva Adriana Almeida, de 33 anos, Jackson Costa Rodrigues, disse que está otimista com o resultado do julgamento, pois não há "nenhuma prova cabal" que tenha sido ou que vá ser apresentada.
Juíza pediu reforço na segurança
A magistrada afirmou nesta segunda-feira que teve sua segurança pessoal reforçada pela Polícia Militar por trabalhar no caso da morte de Renné Senna, assassinado em 2007. Ela reafirmou que o júri deve durar de três a quatro dias. Segundo Roberta, apesar da defesa dos acusados ter alegado problemas de segurança no Fórum, ela acredita que o julgamento deve ser concluído ainda nesta semana.
A personal trainer Janaína Oliveira, de 35 anos, chegou até o Fórum com sua filho de pouco mais de 1 ano nos braços, pois o bebê está em fase de amamentação. Janaína era casada com um dos acusados que já foi condenado, o ex-PM Anderson Sousa, mas se separou e casou novamente com um homem que conheceu na prisão Bangu 8.
A filha do milionário da Mega-Sena Renné Senna, Renata Senna, chegou por volta das 9h40 desta segunda, para o julgamento dos acusados de envolvimento na morte de seu pai. Ela estava acompanhada de seu marido quando chegou ao local. Alguns parentes da acusada de ser a mandante do crime, a viúva Adriana Almeida, de 33 anos, também já estão no Fórum. A população local começa a se aglutinar no entorno do local onde será realizado o julgamento.
Quatro pessoas serão julgadas, entre elas, a viúva acusada pelo Ministério Público (MP) que teria oferecido recompensa financeira aos demais envolvidos no crime. Além de Adriana, serão julgados a personal trainer Janaína Oliveira, de 35 anos, e os policiais militares Marco Antonio Vicente e Ronaldo Amaral, conhecido como China.
Marco Antonio é acusado pelo MP de ter prestado “auxílio moral” para o homicídio, tendo participado do planejamento do crime. Já Ronaldo foi denunciado por ter prestado “auxílio material”, tendo emprestado a motocicleta que transportou os executores do milionário.
Janaína vai a júri por ter, segundo o processo, apresentado o ex-PM à viúva. Há dois anos, ele e Ednei Gonçalves Pereira, ex-funcionário da Prefeitura de Niterói, foram condenados como executores da morte de Renné. A última data marcada para o júri foi dia 4 de outubro, mas o advogado de Adriana, Jackson Costa Rodrigues, apresentou documentos médicos pedindo o adiamento do júri. O advogado informou ter sofrido um AVC.
Desta vez, caso a defesa de Adriana apresente novamente argumento de enfermidade, a viúva será representada pela Defensoria Pública, de acordo com determinação da juíza que presidirá o julgamento, Roberta dos Santos Braga Costa, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito.
Fortuna hoje é de R$ 70 milhões
Renné Senna faturou sozinho R$ 52 milhões na Mega-Sena, em 2005. Atualmente, a fortuna está avaliada em R$ 70 milhões. Desde o crime, nenhuma das duas herdeiras pôde dispor do dinheiro, já que todas as contas bancárias e bens foram bloqueados pela Justiça.
Reportagem de Alessandro Ferreira e Gabriela Moreira (Jornal O Dia Online)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor por favor assine o comentário, pois não publicaremos comentários de anônimo