Ações, em 12 Estados, contam com 150 promotores e 1.300 policiais.
Desvio em órgãos públicos e lavagem de dinheiro estão entre os crimes.
Mais de 150 promotores e 1.300 policiais fazem nesta terça-feira (9) operações de combate à corrupção em pelo menos 12 Estados. As ações são coordenadas pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas em parceria com diversos órgãos e têm como objetivo desmantelar esquemas criminosos cujos desvios de verbas podem ultrapassar R$ 1,1 bilhão.
A "Operação Nacional Contra a Corrupção" cumpre 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens e 20 mandados de afastamento das funções públicas.
Entre as irregularidades estão desvio de dinheiro em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e enriquecimento ilícito de agentes públicos.
As investigações são realizadas nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais
A operação, chamada de "Robusta", combate a sonegação fiscal na venda do café. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi preso nesta manhã um empresário suspeito de envolvimento no esquema de fraude, que consiste na venda do produto no Espírito Santo para comerciantes do mesmo estado, utilizando, no entanto, notas fiscais de empresas do Rio de Janeiro.
A operação, chamada de "Robusta", combate a sonegação fiscal na venda do café. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi preso nesta manhã um empresário suspeito de envolvimento no esquema de fraude, que consiste na venda do produto no Espírito Santo para comerciantes do mesmo estado, utilizando, no entanto, notas fiscais de empresas do Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério Público, são 20 empresas de fachada, que livram os comerciantes doEspírito Santo do ônus do imposto. De acordo com o órgão, o volume de notas fiscais emitidas pelas empresas envolvidas é da ordem de R$ 2 bilhões e o valor sonegado pode chegar a R$ 182 milhões só nos últimos três anos.
São Paulo
Batizada de "Fratelli", a ação investiga cerca crimes cometidos em 80 cidades do noroeste paulista. São cumpridos mais de 150 mandados de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisão. Em São Jospe do Rio Preto, os investigados são empresários e políticos.
Batizada de "Fratelli", a ação investiga cerca crimes cometidos em 80 cidades do noroeste paulista. São cumpridos mais de 150 mandados de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisão. Em São Jospe do Rio Preto, os investigados são empresários e políticos.
Rondônia
Em Porto Velho (RO), o ex-prefeito Roberto Sobrinho foi preso no início da manhã. Cinco mandados de prisão são cumpridos na capital após 25 servidores da prefeitura e da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur) serem investigados por desvios de dinheiro, por meio de uma organização criminosa instalada no órgão.
O ex-prefeito não foi algemado e, ao deixar a casa, disse não saber os motivos da prisão. “Isso é uma injustiça”, afirmou Sobrinho.
Rio Grande do Norte
O Ministério Público deflagrou a operação "Máscara Negra" para combater supostas fraudes em licitações para contratações de bandas para eventos festivos. Os mandados são assinados pela comarca de Macau, cidade a 180 km de Natal. A Polícia Militar apóia o cumprimento dos mandados.
Prefeituras de Macau e Guamaré, ambas na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte,foram responsáveis por desvios de mais de R$ 13 milhões, segundo o MP.
O Ministério Público deflagrou a operação "Máscara Negra" para combater supostas fraudes em licitações para contratações de bandas para eventos festivos. Os mandados são assinados pela comarca de Macau, cidade a 180 km de Natal. A Polícia Militar apóia o cumprimento dos mandados.
Prefeituras de Macau e Guamaré, ambas na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte,foram responsáveis por desvios de mais de R$ 13 milhões, segundo o MP.
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