sexta-feira, 21 de junho de 2013

PIONEIROS DA TRANSAMAZÔNICA LUTAM POR APOSENTADORIA



"Desenvolvimento, na ótica da colonização implantada pelo Governo Federal em 1970, era desmatar. O colono que não desmatava era tido como preguiçoso.”

Pioneiros discutem realização de audiência
Os pioneiros da Transamazônica reuniram nesta terça-feira, 18, no auditório da Prefeitura, para discutir uma audiência pública que será realizada em Uruará no próximo mês de julho. O dia ainda está sendo discutido, mas, se estuda o dia 25, Dia do Agricultor.

Reunião discute audiência dos
Pioneiros da Transamazônica
A reunião contou com a presença da vice-prefeita Maris Nicolodi, da secretária de Assistência Social Daniella Christofoletti, vereador Joãozinho do Sindicato, além de pioneiros da Transamazônica, com o senhores Adão Alves, Nelson Nardini, Dedeu e Cirilo Nicolodi. O objetivo desta audiência é a conquista de uma premiação de reconhecimento pelo serviço prestado ao governo federal por garantir a posse da Amazônia ao País.

Pioneiros da Transamazônica
Os primeiros moradores da transamazônica trazidos pelo INCRA para colonizar a região iniciaram há algum tempo uma luta para conseguir uma premiação de reconhecimento pelo serviço prestado ao governo federal por garantir a posse da Amazônia ao País.

Abertura da Rodovia Transamazônica
Uruará está bastante avançado com documentos considerados essenciais, como as cartas de depoimentos dos pioneiros relatando a situação que viveram ao chegarem à Transamazônica e a ficha de adesão ao movimento. No município, 500 pioneiros já assinaram a petição do benefício.
Abertura da Rodovia Transamazônica

Os pioneiros ainda relembram que no processo de ocupação da região da Transamazônica, as cidades de Marabá, Altamira e Itaituba eram os focos do projeto. E em intervalos regulares, foram estabelecidos núcleos urbanos (agrovilas e agrópolis) com agências administrativas, escolas e centros de saúde.

Em poucos anos, a grande extensão da rodovia estava ocupada por um grande número de colonos, pessoas que aqui se estabeleceram com suas famílias e todos os seus pertences. Receberam do Governo na época, apoio na forma de infraestrutura básica de habitação, saúde, educação e uma estrutura pública de assistência e acompanhamento através das unidades do Instituto de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, instaladas nos Municípios de Altamira e Rurópolis. Infelizmente isto não perdurou por muito tempo, esse apoio não permitia a sobrevivência das famílias na região.

A Região Transamazônica é muito rica em recursos naturais. O Estado do Pará constitui-se num dos últimos remanescentes de reservas florestais, isso porque 50% das terras ou são públicas ou ainda são pequenas propriedades rurais que estão nas mãos de agricultores familiares.

A Transamazônica tem 5.620 quilômetros e liga a cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre (fronteira com o Peru) à cidade de Recife, em Pernambuco. Os municípios de Altamira, Pacajá, Medicilândia, Anapu, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Uruará, Placas, Rurópolis e Itaituba compõem este cenário, onde se travam as lutas e as conquistas dos pioneiros.

Por: Cirineu Santos
Fotos: Cirineu Santos e arquivos da internet

Fonte: Uruara em Ação

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