segunda-feira, 15 de julho de 2013

DIomédio "O PMDB de Belterra está de luto!"

Por Oti Silva Santos

Um fato esperado diante do seu quadro de saúde, porém, indesejado, diante da condição de estar sempre a torcer que não o ocorresse tão logo.

Mas, o Criador, “Senhor dos Senhores”, o chamou com júbilo nesta data para o Reino Eterno, pois aqui soube combater o bom combate e guardar a fé. Cumprindo a missão que lhe foi confiada na terra com honradez, seriedade e acima de tudo muita disciplina.

Belterrense, natural de Alenquer onde nasceu em 09.03.1926, DIOMÉDIO CLEMENTE BORGES deixa o nosso convívio aos 87 anos de uma vida ilibada e rigorosamente pacata, caracterizada por ações que nunca prescindiam de retoques de quem quer que fosse.

Servidor público federal aposentado, apaixonado por Belterra, exímio cumpridor dos deveres e exemplar pai de família, daqueles que como ninguém sabia aconselhar e repreender sem escândalo, com um simples olhar. Passei a conhecer, a respeitar e a admirá-lo desde os tempos de criança, quando por volta de 1961 apenas uma parede separava a família “Borges” da minha, na Vila de 5 casas no Campo de Aviação.

Depois, enquanto a família do “Barra Limpa” migrava para o Pomar da Estrada 6 em busca de aproximar os filhos da escola, a do “Diomédio”, por motivo semelhante se mudava para a Estrada 1, passando a ocupar a casa que hoje abriga a família do amigo José Porfírio (Zé Arigó).

Foi a partir dali, da vila do “Campo de Aviação”, que recebendo educação familiar decente por parte de Maria (Neném), já falecida, e Diomédio, Luzia e Antonio (Barra Limpa), de imorredouras memórias, alicerçamos, desde a infância, através dos filhos mais velhos desses casais, o respeito e a amizade cultivada por todos até hoje.

Recordo, ainda, quando em 1966, diante da necessidade de se instalar em Belterra um núcleo do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) com o objetivo de apoiar a candidatura de Elias Pinto a prefeitura de Santarém, Diomédio Borges foi um dos poucos que se atreveram a filiar-se ao partido de oposição à ditadura militar.

Hoje, o sucedâneo do MDB lamenta a perda de um dos seus fundadores. O PMDB de Belterra está de luto!

Aliás, a Assembléia de Deus, também se despede de um servo fiel. Cuja lacuna, por sua vida ativa há décadas na Igreja, será sentida por muito tempo, principalmente quando o coral e os irmãos entoarem: “Grandioso és Tu”.

Por derradeiro, minhas condolências e o meu abraço fraterno à Iracema, sua esposa; Nelson, Lúcia, Socorro, Nonato (Louro), Edilson e Conceição, filhos vivos; netos e bisnetos.

Descansa em Paz, Amigo!


Advogado, Jornalista , ex-prefeito de Belterra e presidente do PMDB

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