Rio - A sessão da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) dos Ônibus que estava marcada para a próxima
quinta-feira está suspensa. Nesta segunda, a Justiça determinou a
suspensão dos trabalhos da CPI. A assessoria da Casa afirmou, no
entanto, que ainda não recebeu a notificação da Justiça sobre a decisão,
mas eles pretendem recorrer.
Na quinta, os vereadores pretendiam ouvir
representantes dos consórcios, da Rio Ônibus e o secretário de
Transportes do Rio, Carlos Roberto Osório, sobre o tema "Cumprimentos de
Contratos de Consessão".
O desembargador Agostinho Vieira, da 13ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça, tomou a decisão de suspender a Comissão. O
magistrado aceitou recurso de vereadores, que contesta a formação da
comissão, composta por maioria do bloco de apoio ao prefeito do Rio,
Eduardo Paes.
Protestos na frente da Câmara se tornaram rotina e questionam legitimidade da CPI
Foto: Alfredo Roza / Agência O Dia
Para frear a CPI, os vereadores
Teresa Bergher, Eliomar Coelho, Paulo Pinheiro, Reimont, Renato Silva e
Jefferson Moura alegaram que a composição não respeita a
proporcionalidade de partidos e blocos parlamentares entre governo e
oposição.
Antes, o mesmo argumento foi derrotado na
decisão da juíza da 5ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Roseli Nalin.
Ela negou pedido feito pelo grupo, que partiu para a 13ª Câmara Cível.
Na nova decisão, o desembargador Agostinho Vieira, suspeita da validade
da Comissão.
“Penso que existe fundada dúvida sobre a
validade da composição da CPI. Pelo raciocínio adotado para a composição
atual, se o requerimento fosse de iniciativa de representante da
maioria, não haveria qualquer integrante da minoria. Obviamente, foge à
razoabilidade que esse posicionamento prevaleça”.
O objetivo da CPI, protocolada em junho, é
garantir acesso público às planilhas de custo das empresas, com as quais
será possível saber a margem de lucro dos empresários e questionar o
valor das tarifas. Mas desde o primeiro dia útil de trabalhos, em 15 de
agosto, protestos violentos vêm marcando as sessões. Manifestantes pedem
a renúncia de quatro vereadores, incluindo o presidente da CPI,
Chiquinho Brazão.
Relator acha decisão ‘um absurdo’
Informado pelo DIA
sobre a suspensão da CPI, o relator da comissão, o vereador Professor
Uóston (PMDB), classificou a decisão como absurda e “extremamente
lastimável”. “É uma interferência de poderes em um momento em que
estamos trabalhando feito loucos”, disse.
O vereador Eliomar Coelho (Psol), que pediu a
criação da CPI, mas renunciou após ela ser tomada pela base governista,
festejou. “Espero que, com a medida, a composição da comissão seja
reconfigurada e apenas dois vereadores sejam da base governista,
garantindo a participação da minoria”.
Alguém pode me explicar qual é o fundamento dessa cpi dos ônibus? Ela deveria ser suspensa permanentemente! Não há mais o que ser investigado!
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