sexta-feira, 19 de maio de 2017

Propina para Cunha e Funaro era ‘alpiste’, diz executivo da JBS


O delator Ricardo Saud contou aos promotores que a propina paga a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como o operador de Cunha, era chamada de "alpiste".

Saud: Esse dinheiro foi o seguinte. Na verdade, isso que eu contei, já tinha vencido praticamente parte do acordo que nós tínhamos feito com o Lúcio. E numa conversa que Joesley teve com Michel Temer...

Saud: Já narrei, isso. Aí, o dinheiro do Eduardo Cunha tinha terminado e o Michel Temer sempre pedia para manter eles lá. O código era ‘Tá dando alpiste pros passarinhos? Passarinhos estão tranquilos na gaiola?’ Tal tudo, né. Começou com Geddel, depois passou, tal. Quando o Geddel foi abatido também no meio do caminho, o Joesley foi lá conversar com o Michel Temer. E nessa conversa o Joesley falou pra ele: ‘Ó, tá acabando o alpiste lá dos passarinhos. Como é que nós vamos fazer, o que é que nós vamos fazer para melhorar isso, o que pode fazer?’. Ele falou: ‘Não, continua, continua, isso é muito importante. Isso é muito importante’. O Joesley então naquele momento falou: ‘Olha, Ricardo, vamos continuar pagando mais uma ou duas aí pro Lúcio, até nós definirmos de onde vai vir esse dinheiro agora para pagar’.

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