quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Urgência e emergência do HMS recebeu 20.038 pacientes nos últimos 3 meses


“Eu fui bem tratado desde a primeira vez que precisei do Hospital este ano. Eu posso falar por mim. Estou aqui há cinco dias e ainda não vi um leito desocupado, está sempre cheio. Mas não vejo descaso. A equipe médica atende a todos. Estou aqui finalizando meu tratamento, está tudo certinho”, falou o pescador, Paulo Oliveira, 60 anos, morador da comunidade Igarapé Açu do Ituqui. 

O Hospital Municipal de Santarém (HMS) conta com 200 leitos. No entanto, o atendimento realizado diariamente é bem maior que esse. No mês de setembro, por exemplo, foram atendidas 6.782 pessoas só no setor de urgência e emergência. Dessas, 60% precisaram ficar na Unidade, o que equivale a um número de cerca de 300 internações diárias.

Por ser um Hospital de portas abertas que atende Santarém e mais 20 municípios da região oeste do Pará, a demanda é muito alta. Segundo a supervisora de enfermagem da urgência e emergência, Josiane Pimentel, a equipe realiza um fluxo de atendimento por prioridade. “Esse modelo de trabalho não permite que o paciente de emergência espere para ser atendido. Eles são os triados com a fita vermelha. Os triados com a fita amarela levam em torno de 5 minutos para o acolhimento”, explicou. 

S. M., 4 meses, tem uma doença crônica chamada cardiopatia, ela está internada no HMS há uma semana. A mãe de Sara, Kesia Morais, 21 anos, conta que veio da cidade de Alenquer com a filha com quadro de saúde bem ruim. Considerado um caso grave. “Minha filha foi atendida por uma pediatra imediatamente, eu até me surpreendi. Em vista de outros Hospitais que eu já passei, aqui é ótimo. As enfermeiras cuidam com muito carinho dela. As pediatras mesmo em horário que não é de atendimento delas, das vezes que precisamos, elas saíram do conforto da casa e vieram atender minha filha”, relatou.

Segundo o diretor do HMS, Dr. Itamar Júnior, a principal função do Hospital deveria ser atender pacientes que estão com o quadro de saúde delicado. O diretor relata que não é fácil gerir uma Unidade com capacidade inferior ao que realmente é necessário para população. “Desde que nós assumimos, não houve um dia com menos de 200 solicitações de leitos. Nós estamos conseguindo avançar com foco e planejamento. A equipe é guerreira, atende todos que chegam. Eu estou presente no Hospital o tempo todo, não permito que falte medicação e observo o atendimento dos colaboradores e também as reclamações”, enfatizou.

UPA para dar agilidade ao atendimento sem gravidade

Por outro lado, enquanto a demanda do HMS é grande, a UPA tem tido atendimentos mensais inferiores a capacidade que possui. Nos últimos 3 meses a média mensal foi de cerca de 10 mil pacientes. Os dados da direção do Hospital Municipal mostram que muitos casos que chegam até a Unidade poderiam ter ido para UPA. “Nós nunca vamos deixar de atender ninguém, nós estamos aqui é pra trabalhar e atender da melhor forma possível. Mas a gente precisa da população conscientizada. Se a pessoa sentir que a sua doença não é grave, ela precisa entender que o melhor local para o caso dela é a UPA”, pediu o diretor das duas unidades hospitalares, Dr. Itamar.

A supervisora de enfermagem da urgência e emergência do HMS reforça que as pessoas que recebem a fita azul e verde podem aguardar enquanto os casos graves que chegam estão recebendo atenção médica. “Em respeito à vida dos pacientes em situação de emergência ou urgência, as que recebem fita azul e verde precisam ou aguardar pelo atendimento ou podem ir para a UPA. A gente entende que ninguém gosta de ficar esperando, esse é o principal motivo das reclamações. Mas nós temos a UPA que existe para dar agilidade aos casos menos graves”, finalizou.

Por Natashia Santana -
Fonte;: Assessora de imprensa do HMS e UPA 
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Foto 1: Frente do HMS 

Foto 2: Kesia Morais e sua filha

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