Vereador e policiais são presos acusados de matar professor em Igarapé-Açu

Foto: Divulgação / PC

A polícia Civil prendeu ontem (17) três pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do professor e sociólogo Paulo Henrique Sousa, de 42 anos. O crime aconteceu no dia 27 de agosto de 2017, quando o professor chegava de moto em sua casa. As prisões aconteceram durante uma operação policial realizada nos municípios de Igarapé-Açu e Castanhal, no nordeste paraense.

Foram presos o vereador de Igarapé-Açu, Giancarlo Lopes Pontes, conhecido como "Gian Pardal", acusado de ser o mandante do crime; o policial militar Edias Filho Rodrigues Baía e o ex-PM Milton Junior de Aquino. Os dois últimos são apontados como executores da vítima.

A operação foi realizada por policiais civis da Divisão de Homicídio de Belém, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar e apoio de policiais civis do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) da Polícia Civil. O delegado Fernando Bezerra explicou que, desde o início do inquérito, surgiram algumas linhas de investigação. Uma das mais fortes é a que envolvia os presos. As investigações mostraram que a vítima, que era conhecida como PH ou Paulinho, era atuante nas questões políticas do município, onde fazia denúncias contra políticos, entre os quais, o vereador Gian Pardal.

As informações sobre a operação denominada "PH", que era como a vítima era conhecida, foram divulgadas em coletiva de imprensa presidida pelo delegado-geral Claudio Galeno e pelos delegados Marco Antônio Oliveira, diretor de Polícia Especializada, e Fernando Bezerra, diretor da Divisão de Homicídios, na sede da Delegacia-Geral.

Coletiva de imprensa na Delegacia-Geral em Belém. Foto: Divulgação / PC

Com base nas provas, o juiz da cidade decretou os mandados judiciais que foram cumpridos durante a operação. O vereador e o ex-PM foram presos em Igarapé-Açu, enquanto que o PM foi preso em Castanhal, onde é lotado. 

Durante a operação, no momento em que seria preso, o PM tentou se livrar de um celular, quebrando o aparelho para que o objeto não fosse apreendido. Mesmo assim, o aparelho foi apreendido e passará por perícias.

Os presos foram transferidos para Belém, na sede da Divisão de Homicídios, para serem ouvidos em depoimento.

Após as audiências, os presos ficaram de ser transferidos para o presídio Coronel Anastácio das Neves, no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará. As investigações continuarão em busca de identificar outros possíveis envolvidos no crime.

O crime

Dias antes do crime, o vereador teve uma acalorada discussão com a vítima, na sede da Câmara de Vereadores da cidade. Alguns dias depois da discussão, o policial militar foi visto rondando a casa do professor. "Durante as investigações, conseguimos outras provas do envolvimento deles no crime", ressaltou o delegado. 

A vítima foi alvejada a tiros por homens dentro de um carro branco. Edias e Milton são apontados como executores da vítima. As investigações apontaram que o professor foi morto porque "batia de frente" com políticos da região.

ÉN com informações da PC/ É Notícia Guamá