sexta-feira, 6 de março de 2020

No mês da Mulher o HMS alerta sobre a saúde feminina


A comemoração do dia internacional da mulher, 8 de março, oportuniza também as pautas sobre a saúde da mulher

Câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade estão entre as principais doenças que afetam o sexo feminino, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por esse motivo o Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas alertam sobre a necessidade de se falar e orientar sobre a saúde da mulher e violência contra a mulher, na semana em que se dedica a falar D’elas.
De março a dezembro do ano passado o HMS e a UPA atenderam 175.179 pacientes. Desses, 97.180 foram mulheres com diferentes sintomas e patologias. Em 2019, no Hospital Municipal, foi registrado 139 internações de pessoas do sexo feminino com diabetes e 159 com doenças hipertensivas. Outro dado importante é para os acidentes vasculares cerebrais, as mulheres na faixa etária de 50 a 80 anos são as que mais chegam na Unidade em busca de atendimento, alcançado o número de 51% em comparação aos homens.

A clinico geral do Hospital, Dr. Isaura Marinho, aponta que as principais causas das entradas femininas nas Unidades de Saúde são pela glicemia alta, crises hipertensivas, infecção urinária, acidentes vasculares ou até mesmo chegam com casos terminais. Porém, a médica destaca que é fundamental ter atenção aos exames preventivos. “As mulheres são acometidas mais pelas doenças hormonais e ginecológicas, por isso a atenção periódica às consultas médicas e seus devidos tratamentos são fundamentais para manter a boa saúde”, disse. 
No ramo ginecológico o Hospital trabalha em parceria com a Casa da Saúde da Mulher que é referência no atendimento e na promoção da saúde feminina no oeste do Pará. A Coordenadora da Casa, enfermeira Dinauria Faria, explica como funciona o atendimento. “Nós recebemos pacientes reguladas, que apresentam gravidez que envolve riscos, suspeitas de câncer de mama e outros das especialidades ginecológicas, além de promover educação sexual e o planejamento familiar”, explicou.
Para além dos cuidados ginecológicos
Segundo o Ministério da Saúde as doenças cardiovasculares ou do aparelho circulatório e as mais relevantes doenças crônicas não transmissíveis são as maiores causas da mortalidade das mulheres no Brasil. O M. S., através do DataSus, mostra que em Santarém, no último ano, foram diagnosticadas com doenças no aparelho circulatório, 567 pacientes femininas. As que apresentaram doenças respiratórias 407 e cardiovasculares somaram 165.
“As mulheres encaram diferente rotinas de trabalho, o que afeta diretamente na saúde delas. É preciso que elas se voltem e olhe mais para sua saúde”, destacou a Dr. Isaura.
O IBGE mostrou o número de mulheres que são responsáveis financeiramente pelos domicílios vem crescendo a cada ano e já chega a 34,4 milhões, ou seja, quase metade das casas brasileiras são chefiadas por mulheres, em que ainda precisam realizar atividades dentro de casa. Por muitas vezes, essa dupla ou até tripla jornada não deixa espaço para os cuidados com a própria saúde. É o momento de se preocupar com a qualidade de vida. Dessa forma, assumir hábitos saudáveis.
Violência contra mulheres
O HMS e a UPA 24 horas registraram nos últimos três meses 10 casos de violência contra mulher e tentativa de feminicídio. A maioria chegou com fraturas e marcas de espancamento.
Além dos atendimentos clínico, também é fornecido o atendimento psicossocial. O setor é acionado para realizar a intervenção multiprofissional. A psicóloga do HMS, Ligia Ferreira, afirma que os atendimentos no HMS seguem um fluxo. “As mulheres vítimas de agressão são acolhidas e protegidas pelo hospital, que procura apoiar e orientar sobre o que fazer nessas situações”, enfatizou.
O Ministério da Saúde publicou em janeiro deste ano o boletim epidemiológico que retrata a realidade das vivências sociais e de acesso a saúde para as mulheres de populações ribeirinhas, extrativistas, agricultores familiares e quilombolas. O boletim evidenciou que essa população também está mais suscetível a sofrer violência doméstica. A baixa escolaridade ainda é um dos fatores que aponta uma vulnerabilidade socioeconômica, que por muitas vezes as vítimas são dependentes financeiramente de seus agressores. O difícil acesso as unidades de saúde intensifica essa problemática.
  

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Natashia Santana
Assessora de Comunicação HMS e UPA

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