O Partido Liberal (PL) publicou uma resolução nacional proibindo seus filiados de apoiar qualquer pré-candidatura de políticos de outras siglas, sob pena de perda de financiamento de campanha para 2026. A medida, assinada pelo presidente nacional Valdemar Costa Neto em 29 de julho, reforça o controle da Executiva sobre diretórios estaduais e municipais.
De acordo com o documento, a Executiva Nacional poderá intervir diretamente em comissões estaduais ou municipais que descumprirem a determinação, podendo até mesmo dissolvê-las. Além disso, o grupo de Valdemar terá poder para cancelar candidaturas e anular convenções eleitorais em caso de desobediência.
O texto também prevê punições severas para casos “omissos ou duvidosos” de descumprimento, incluindo expulsão de filiados. A justificativa é de que a resolução traduz uma diretriz nacional para garantir unidade e alinhamento político-partidário em todo o país.
No Pará, a decisão do PL nacional pode ter impacto direto nos rumos do partido. Recentemente, mudanças no comando do diretório estadual levantaram a hipótese de que a troca tenha ocorrido por um simples rodízio entre os deputados federais da sigla. No entanto, nos bastidores, há quem enxergue outra motivação: o fato de que o deputado Éder Mauro estaria flertando politicamente com o projeto do pré-candidato ao governo, Dr. Daniel, do PSB — partido ligado a Geraldo Alckmin e Flávio Dino.
Entre os filiados do PL em diversas regiões do estado, cresce o apoio à pré-candidatura de Dr. Daniel, o que pode ter acelerado a reação da Executiva Nacional para conter movimentos considerados infiéis e garantir disciplina partidária.
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