domingo, 14 de setembro de 2025

Chicão na corda bamba após operação policial agitar a política paraense



O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado estadual Francisco das Chagas Melo, o Chicão (MDB), virou alvo dos holofotes nos últimos dias. Uma operação deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, que mirou supostos esquemas de desvio de recursos na Casa, acabou respingando no gabinete dele. Durante as buscas, assessores foram detidos e documentos apreendidos.


A batida aconteceu logo depois de um movimento interno em que deputados da base de Helder Barbalho tentaram emplacar Chicão como nome para disputar o governo do Estado em 2026. O plano, porém, começou a desandar. Primeiro, Helder preferiu manter a vice-governadora Hana Ghassan como sua aposta para o Palácio do Governo. Depois, rumores fortes davam Chicão como praticamente certo para a segunda vaga ao Senado na chapa de Helder em 2026.


Com o escândalo, o tabuleiro mudou. Nos bastidores, quem surge com força para ocupar esse espaço é o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), que já conversa para se filiar ao MDB e compor a dobradinha com Helder.


Chicão já tinha enfrentado outras quedas de braço. Quando disputou a presidência da Alepa, foi preterido de última hora pelo então aliado Dr. Daniel, hoje adversário de Helder. Também viu seu nome ser deixado de lado na disputa pela prefeitura de Ananindeua, quando Helder escolheu outro candidato.


Agora, com a operação e os desdobramentos ainda em curso, Chicão vê o sonho do Senado — antes tratado como “favas contadas” — escorrer pelos dedos. Entre aliados, há quem aposte que a denúncia possa ter sido “fogo amigo” para tirá-lo do jogo.


Enquanto a investigação avança e ninguém sabe exatamente quem vai sobrar, o certo é que o episódio embaralhou de vez a corrida eleitoral no Pará.


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