A boneca, o carrinho e a conversa com os pais parece que agora dá lugar à sensualidade, ao desrespeito a si mesmo, ao 'faço o que quiser' e ao sexo de forma banalizada. É comum, atualmente, observar adolescentes - de 12 a 16 anos, 'soltos' em festas como se o tempo e o mundo fosse só deles. E, acaba sendo. As meninas, com short curto e tops, os meninos - na 'caça' e ânsia de desfrutar da puberdade.
Esta sensação de 'a vida é minha' parece ser traduzida nos vídeos e fotos espalhados por um dos 'melhores amigos' dos jovens de hoje. A internet. "Por trás da internet há o bem e o mal. Mas, há uma exacerbação sexual em nossas novelas que têm um papel preponderante na formação destes adolescentes", avaliou o presidente do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) de Salvador, Valdemar Oliveira.
Segundo ele, que há mais de dez anos trabalha na área, o fato de crianças de 12 a 14 anos, ou mesmo as mais novas de 4 e 5 já usarem sapato com salto alto aflora a sexualidade e que pequenos atos são coniventes com os familares. "Isso é claramente visto dentro das casas. Já se generalizou. As mães perdem o controle", afirmou Oliveira, que tem 68 anos e é pai de três filhos.
O presidente do Cedeca foi procurado pela equipe de reportagem do Bocão News, na noite de quinta-feira (4), após receber um vídeo onde uma menina - que aparenta ter 16 anos no máximo, aparece transando com um rapaz, cuja fisionomia o coloca abaixo dos 18 anos. Mas, as imagens não revelam uma simples relação sexual e sim um ato filmado,
compartilhado e, porque não dizer, dirigido pelos personagens principais e 'câmeras' que concretizam a produção pornográfica.
O jovem casal, morador do bairro de Fazenda Grande do Retiro, na capital baiana, já está com a imagem da transa compartilhada por mais de três mil pessoas na rede social facebook. "Os pais não têm como controlar por conta do comodismo. Assim, os jovens se sentem livres e os pais não observam a vida do filho", disse Oliveira, alertando que mais de 90% dos pais não conversam sobre sexo com os filhos. "A maioria deles não conversam com os jovens sobre nada", ressaltou.
Já sobre as consequências que estes adolescentes podem sofrer diante de uma atitude como esta, o presidente do Cedeca explicou que "eles não têm esta concepção. Não pensam nisso. Não têm consciência do que estão expondo porque estão com a personalidade em formação".
Ainda segundo o entrevistado, as músicas também contribuem para este pensamento do adolescente voltado à exposição. "Seja pagode, funk ou mesmo música eletrônica. A maioria das músicas destes estilos contribue para a sexualidade - seja na roupa ou na dança feita para cada um", afirmou.
Gravidez na adolescência
Enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste comemoram uma redução absoluta, nos últimos 15 anos, do número de jovens grávidas com até 19 anos, Norte e Nordeste apresentam uma alta de 58% e 55% (bem acima do aumento populacional). Essa é a conclusão do DataSus, banco de dados do Sistema Único de Saúde, que acaba de ser divulgado.
O estudo mostra que no Nordeste, os casos de gravidez na adolescência aumentam ao mesmo tempo que a exploração sexual às margens das rodovias, em especial da BR-101.
Em 80% dos municípios cortados pela rodovia BR-101, o índice de gravidez na adolescência é maior do que a média dos Estados.
Na Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte existem cidades em que 30% das adolescentes ficaram grávidas. Na cidade de Teolândia, cortada pela BR-101 e BR-420 na Bahia, 35% das crianças ou adolescentes engravidaram.
"Eu posso tudo"
Quando questionado sobre qual a solução para que este tipo de comportamento praticado pelo casal possa ser evitado, o presidente do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente foi taxativo e alertou: "Há uma barreira invisível entre pais e filhos. Conversa é a base de tudo. A menina pode sofrer bullyng e logo será apelidada de "putinha", "vaca" e outros nomes impetrados pela sociedade. Família é o que há de mais importante para evitar isso", analisou.
No vídeo (assista abaixo) - a jovem, identificada na rede social por amigos e conhecidos que já comentaram o post, bem como o garoto, se mostram à vontade com as câmeras. Por sorte, nesta ocasião, foi utilizada a camisinha. Sem pudor, a menina 'mulher' e o menino 'homem' encenam como meros protagonistas uma adolescência disfarçada de 'gente grande'.
Esta sensação de 'a vida é minha' parece ser traduzida nos vídeos e fotos espalhados por um dos 'melhores amigos' dos jovens de hoje. A internet. "Por trás da internet há o bem e o mal. Mas, há uma exacerbação sexual em nossas novelas que têm um papel preponderante na formação destes adolescentes", avaliou o presidente do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) de Salvador, Valdemar Oliveira.
Segundo ele, que há mais de dez anos trabalha na área, o fato de crianças de 12 a 14 anos, ou mesmo as mais novas de 4 e 5 já usarem sapato com salto alto aflora a sexualidade e que pequenos atos são coniventes com os familares. "Isso é claramente visto dentro das casas. Já se generalizou. As mães perdem o controle", afirmou Oliveira, que tem 68 anos e é pai de três filhos.
O presidente do Cedeca foi procurado pela equipe de reportagem do Bocão News, na noite de quinta-feira (4), após receber um vídeo onde uma menina - que aparenta ter 16 anos no máximo, aparece transando com um rapaz, cuja fisionomia o coloca abaixo dos 18 anos. Mas, as imagens não revelam uma simples relação sexual e sim um ato filmado,
compartilhado e, porque não dizer, dirigido pelos personagens principais e 'câmeras' que concretizam a produção pornográfica.
O jovem casal, morador do bairro de Fazenda Grande do Retiro, na capital baiana, já está com a imagem da transa compartilhada por mais de três mil pessoas na rede social facebook. "Os pais não têm como controlar por conta do comodismo. Assim, os jovens se sentem livres e os pais não observam a vida do filho", disse Oliveira, alertando que mais de 90% dos pais não conversam sobre sexo com os filhos. "A maioria deles não conversam com os jovens sobre nada", ressaltou.
Já sobre as consequências que estes adolescentes podem sofrer diante de uma atitude como esta, o presidente do Cedeca explicou que "eles não têm esta concepção. Não pensam nisso. Não têm consciência do que estão expondo porque estão com a personalidade em formação".
Ainda segundo o entrevistado, as músicas também contribuem para este pensamento do adolescente voltado à exposição. "Seja pagode, funk ou mesmo música eletrônica. A maioria das músicas destes estilos contribue para a sexualidade - seja na roupa ou na dança feita para cada um", afirmou.
Gravidez na adolescência
Enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste comemoram uma redução absoluta, nos últimos 15 anos, do número de jovens grávidas com até 19 anos, Norte e Nordeste apresentam uma alta de 58% e 55% (bem acima do aumento populacional). Essa é a conclusão do DataSus, banco de dados do Sistema Único de Saúde, que acaba de ser divulgado.
O estudo mostra que no Nordeste, os casos de gravidez na adolescência aumentam ao mesmo tempo que a exploração sexual às margens das rodovias, em especial da BR-101.
Em 80% dos municípios cortados pela rodovia BR-101, o índice de gravidez na adolescência é maior do que a média dos Estados.
Na Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte existem cidades em que 30% das adolescentes ficaram grávidas. Na cidade de Teolândia, cortada pela BR-101 e BR-420 na Bahia, 35% das crianças ou adolescentes engravidaram.
"Eu posso tudo"
Quando questionado sobre qual a solução para que este tipo de comportamento praticado pelo casal possa ser evitado, o presidente do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente foi taxativo e alertou: "Há uma barreira invisível entre pais e filhos. Conversa é a base de tudo. A menina pode sofrer bullyng e logo será apelidada de "putinha", "vaca" e outros nomes impetrados pela sociedade. Família é o que há de mais importante para evitar isso", analisou.
No vídeo (assista abaixo) - a jovem, identificada na rede social por amigos e conhecidos que já comentaram o post, bem como o garoto, se mostram à vontade com as câmeras. Por sorte, nesta ocasião, foi utilizada a camisinha. Sem pudor, a menina 'mulher' e o menino 'homem' encenam como meros protagonistas uma adolescência disfarçada de 'gente grande'.
Fonte : girofeijo
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