segunda-feira, 11 de maio de 2015

Policia prende mulher acusada de mandar atear fogo em casa com família inteira dentro

Foi presa na manhã desta segunda-feira (11), Flávia da Cruz, principal suspeita de ter mandão incendiar uma residência no bairro do Amparo, em Santarém, Oeste do Pará e que resultou na morte de três pessoas: o garoto Edson Felipe, a adolescente Larissa Souza da Cunha e a senhora Raimunda Edileuza Souza.
A prisão de Flávia de Souza foi decretada pelo juiz Gerson Marra Gomes, na sexta-feira (08). Ela foi presa na Seccional de Polícia Civil, após ser chamada para prestar esclarecimento sobre o incêndio, ocasião em que recebeu voz de prisão do diretor da Seccional, delegado Nelson Silva.
Flávia da Cruz, após prestar depoimento na Seccional, foi encaminhada à Penitenciária de Cucurunã, onde ficará presa até ser julgada pela Justiça.
ENTENDA O CASO: O incêndio criminoso aconteceu no dia 22 de fevereiro deste ano, no bairro do Amparo, em Santarém, Oeste do Pará, e deixou cinco pessoas gravemente feridas, sendo que dessas cinco pessoas três foram a óbito. Primeiro foi a adolescente Jennifer Larissa Sousa da Cunha, de 14 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu na terça-feira, dia 24 de fevereiro, na UTI do Hospital Municipal de Santarém. Na madrugada de domingo, dia 1º de março, Raimunda Edileuza de Sousa Cunha, de 40 anos, que estava internada com queimaduras muito graves, em 70% da superfície corporal, evoluindo com sepse e falência múltipla dos órgãos, não resistiu e faleceu. Já no dia 26 de março, morreu no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Belém, o menino Edson Felipe Gonçalves da Cunha, de 4 anos. Outras duas vítimas: Breno Paulo Matos Maciel, 19 anos, continua em tratamento e, Davi Sousa Cunha, de 22 anos, que estava no Hospital Municipal de Santarém, recebeu alta.

Momento em que Flávia da Cruz embarca na viatura da Polícia para ser levada à Penitenciária de Cucurunã

PRISÃO DE ENVOLVIDOS NO INCÊNDIO: Na segunda-feira, dia 23/02, a Polícia Civil prendeu Flávia da Cruz e seu cunhado, Delson Rodrigues, ambos apontados por testemunhas como os principais suspeitos do crime. Flávia negou o crime, mas ainda assim foi levada ao presídio. Como a Polícia encontrou com Delson Rodrigues um revólver, ele foi preso também por posse ilegal de arma de fogo. Porém, no dia 24, a Justiça soltou Flávia da Cruz, fato que acusou revolta na população santarena.
ACUSADA JÁ HAVIA SIDO PRESA EM 2011: Em Nota enviada à redação, o CPR-1 de Santarém informou sobre a prisão de Flávia da Cruz, em julho de 2011, no município de Juruti, pelo crime de tráfico de drogas. Veja o texto enviado pelo CPR-1, que na época tinha como comandante o Coronel Eraldo Paulino:
“Uma equipe do Núcleo Regional de Inteligência do Comando de Policiamento Regional I e mais 19 policiais militares do destacamento de Juruti durante uma operação contra o tráfico de drogas na quarta-feira (01/06/20111) por volta das 22 horas prendeu em flagrante Flávia Cruz da Costa, de 32 anos.
A mulher e mais uma menor comercializava droga na Travessa Marcos Belixa, no bairro Bom Pastor e com elas foram encontrados 125 papelotes de pasta base de cocaína e uma pedra de crack de aproximadamente 200 gramas, além de R$ 200,00 em espécie e mais uma câmera filmadora. A acusada usava a menor para guardar a maior quantidade da droga, pois parte do entorpecente estava escondido em partes intimas da menor apreendida.
Flavia já estava sendo monitorada desde a cidade de Santarém, pois segundo levantamentos a droga saia de Juruti chegava a Santarém e depois de preparada para a venda voltava já embalada pronta para ser vendida em Juruti.
Segundo informações repassadas à Polícia Militar, a clientela de Flávia Cruz da Costa era muito grande, pois seu produto “era de primeira” na linguagem do tráfico. Flávia Cruz da Costa estaria dando continuidade ao trabalho de seu esposo Edinaldo dos Santos Rodrigues, vulgo “Naldo”, que foi preso também por tráfico em Juruti.
A operação foi comandada pelo tenente Helder da Silva Brandão Esquerdo, que ressaltou a importância da atuação do serviço de inteligência no Município, “Sem dúvida a atuação do serviço reservado é essencial para a luta da Policia contra o tráfico, pois o Município é pequeno e todos os policiais militares são conhecidos e isso dificulta os flagrantes, mas com o serviço reservado o trabalho tem maior êxito”, disse o tenente.
A acusada foi apresentada na delegacia da Polícia Civil do Município onde foi lavrado o flagrante por tráfico de drogas. No momento da prisão Flávia estava com um bebê que foi encaminhado para o Conselho Tutelar local.
O comandante do CPR-I, coronel Eraldo Paulino, afirma que as ações de inteligência devem continuar em todos os municípios no combate ao tráfico de drogas e demais crimes que incomodam a população.
Fonte: RG 15/O Impacto

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