Após a divulgação da lista de contemplados do Residencial Moaçara I e II, em Santarém, surgiram denúncias de que pessoas com alta renda, empresários e comerciantes teriam sido beneficiadas com apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, voltado para famílias de baixa renda.
O blogueiro JK do Povão publicou que moradores do município de Alenquer, há mais de 200 km de distância de Santarém haviam sido contemplados no programa Minha Casa Minha Vida em Santarém, acaba de publicar que algumas dessas famílias procuraram a Prefeitura para devolver voluntariamente os imóveis, reconhecendo que não se enquadravam nos critérios do programa. Há também denúncias de que pessoas ligadas à gestão municipal teriam vendido direitos de aquisição dos imóveis, o que está sendo apurado e pode configurar crime de apropriação indevida de benefício público.
Em meio a esse debate, o blogueiro Nelson Vinenci afirmou que o programa agora seria “para milionários”, ignorando ou distorcendo as regras oficiais. O Minha Casa, Minha Vida Faixa 1 é destinado a famílias com renda de até R$ 2.640, inscritas no CadÚnico, beneficiárias do Bolsa Família, mães desempregadas, pessoas com deficiência e aposentados. Os empreendimentos dessa faixa são construídos com recursos federais e municipais, via licitação, e entregues com apoio da prefeitura.
As faixas 2 e 3, por outro lado, atendem famílias com renda mais alta, que compram imóveis diretamente pela Caixa Econômica Federal, com recursos das próprias construtoras, sem intermediação da prefeitura. Portanto, não é correto afirmar que esses residenciais se destinam a empresários.
Diante disso, fica evidente que ou Nelson Vinenci desconhece as regras do programa, ou age com a intenção de disseminar desinformação. A dúvida que fica é: o que ele ganha com isso? Mesmo que não tenha ligação direta com a suposta máfia da venda de apartamentos, ao propagar uma narrativa distorcida, acaba contribuindo para confundir a população e desviar o foco das investigações que realmente importam — aquelas que buscam punir quem se beneficiou indevidamente de um programa social feito para quem mais precisa.
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