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terça-feira, 28 de maio de 2013

Petista é cassado por compra de voto.


Deputado Carlos Puty(PT)
O deputado federal Carlos Puty (PT), teve o mandato cassado durante sessão de julgamento realizada na manhã desta terça-feira (28) no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA).

Os desembargadores do TRE decidiram, por 4 votos a 1, pela cassação do mandato de Deputado de Carlos Puty (PT).  Da decisão cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que já estaria sendo providenciados pelos advogados do deputado petista, que inclusive tentaram  conseguir uma liminar com efeito suspensivo para que o deputado Carlos Puty (PT) continue no cargo até decisão final.

Em Santarém a expectativa para o desenrolar do caso é grande uma vez que o irmão da ex-prefeita Maria do Carmo(PT), o ex-deputado estadual  Carlos Martins(PT),  é o suplente de Carlos Puty (PT) e com a saída deste o Santareno pode vir a assumir à vaga na Câmara Federal.

O deputado Carlos Puty (PT) foi alvo de uma ação do Ministério Público Eleitoral, que acusou o deputado de compra de voto e conduta vedada a agente público, pedindo a cassação de seu mandato além do pagamento de multa.  Além do deputado Carlos Puty (PT), respondem ao processo Aníbal Picanço, ex-secretário estadual de Meio Ambiente, e Cláudio Cunha ex-secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), na administração da governadora Ana Júlia(PT).

Vereador Silvio Amorim(PRTB)
Em Santarém o deputado Carlos Puty (PT) tem fortes ligações com os vereadores Silvio Amorim(PRTB) e Geovani Aguiar(PSC) que chegou a assumir cargo de confiança na SEMA durante o governo de Ana Júlia(PT).

O deputado Carlos Puty (PT) divulgou Nota Oficial sobre a sua cassação, vejam abaixo o inteiro teor:


Nota Oficial.

1. Hoje, 24.05, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará decidiu, por maioria, cassar o mandato de deputado federal, outorgado a mim por mais de 120.000 paraenses;

2. Respeito a decisão judicial, todavia dela discordo, por ter sido tomada em franca contradição com as provas colhidas no processo e tão logo esta seja publicada, recorrerei ao Tribunal Superior Eleitoral em Brasília;

3. A decisão foi baseada em um inquérito policial de 2010, no qual não fui indiciado pela Polícia Federal e não respondo a qualquer ação penal dele oriundo;

4. Nos autos do processo, hoje julgado pelo TRE, chega mesmo a constar declaração do delegado da PF que presidiu o inquérito, nos seguintes termos:

“ o advogado perguntou se em algum momento da investigação existe alguma conversa/mensagem interceptada onde o investigado ou alguém em seu nome solicita qualquer tipo de bem ou apoio político para aprovação de planos de manejo perante a SEMA. A TESTEMUNHA RESPONDEU QUE NÃO.”

5. Minha prestação de contas de campanha foi aprovada sem qualquer ressalva e nunca fui beneficiado com qualquer recurso decorrente de tráfico de influências junto à administração pública.

6. Continuarei a exercer meu mandato parlamentar até quando a Justiça permitir, na certeza de que minha inocência será plenamente esclarecida quando do Recurso perante o TSE.
Belém, 28 de maio de 2013

CLAÚDIO ALBERTO CASTELO BRANCO PUTY
Deputado Federal do Pará