Rio de Janeiro – Procuradores da República e agentes da Polícia Federal estão nas ruas, desde as primeiras horas desta manhã, para cumprir 22 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Dez destes mandados são contra deputados estaduais do Rio de Janeiro. Três deles já estão presos. A operação ‘Furna da Onça’ desbarata um esquema de compra de votos com dinheiro de propina e distribuição de cargos cujo início foi no primeiro governo de Sergio Cabral.
A reportagem do jornal O Globo informa que “um ano depois da Operação ‘Cadeia Velha’ , que prendeu o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani , e outros dois deputados, novas denúncias de corrupção envolvendo o Parlamento fluminense respaldam agora a Operação ‘Furna da Onça’, que expõe um esquema de compra de votos com dinheiro de propina e distribuição de cargos iniciado no primeiro governo de Sérgio Cabral, em 2007, e mantido até hoje, de acordo com as investigações. Em decisão histórica, cinco desembargadores da 1ª Seção Especializada do TRF-2 assinam os 22 mandados de prisão – o único a não assinar dos seis integrantes estava em licença médica”.
Segundo o jornal, a “operação foi batizada de Furna da Onça em alusão a uma pequena sala, nos fundos do plenário do Palácio Tiradentes, sede da Alerj, onde os deputados se reúnem para conversas reservadas antes e durante as votações”.
A matéria ainda destaca que “em sessão secreta no dia 25, os desembargadores aprovaram por unanimidade as prisões temporárias dos deputados André Corrêa (DEM), Coronel Jairo (Solidariedade), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcos Vinícius Vasconcelos Ferreira, o Neskau (PTB). Também foram aprovadas as prisões preventivas dos deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Mello, que já se encontram presos desde novembro do ano passado, por conta da operação anterior – Picciani vai continuar em prisão domiciliar, favorecido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O relator dos dois casos, desembargador Abel Gomes, nem sequer precisou ler o voto para ser acompanhado pelos demais colegas”.
Outra reportagem do mesmo jornal aponta ainda que “Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, atual secretário de Governo de Luiz Fernando Pezão, é um dos alvos da Operação ‘Furna da Onça’, da Polícia Federal, que tem como objetivo cumprir 22 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Dez deles contra deputados estaduais do Rio de Janeiro, sendo que três deles já estão presos. A ação, que aconteceu um ano após a Operação “Cadeia Velha” , que prendeu o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani , e outros dois deputados, xpõe um esquema de compra de votos com dinheiro de propina e distribuição de cargos iniciado no primeiro governo de Sérgio Cabral, em 2007, e mantido até hoje, de acordo com as investigações”.
Fonte: A Província do Pará